domingo, dezembro 30, 2007

Mais um Ano - Pensamentos e Poesia

Com o fim do ano vêm sempre pensamentos e reflexões sobre os tempos passados e futuros. O passado não existe. Já existiu mas é só memória. O futuro náo existe. Vai existir mas é somente uma esperança. O presente também é afinal um estado do tempo que não existe. Pois assim que se entra no presente ele desaparece para o passado. O que é a vida afinal? É um simples plano de pisadela contínua composta de segundos em que se corre em frente para não ficar atrás.
Por vezes penso se valeu a pena o esforço da minha investigação e se vale a pena continuar a esforçar-me para chegar a uma verdade absoluta ou se será melhor deixar tudo como está.
Afinal de contas encontrando a verdade de quem foi Cristóvão Colon não vai mudar o passado.
Mas por outro lado se podemos deveras conseguir a verdade porque não devemos de nos esforçar para a encontrar?

São decisões que merecem reflexão. Imerso neste vaivém de esperança e desespero visitam-me as musas para me atormentar ainda mais com seus risos e suas rimas.
SONETO PRETO
Lágrimas escorrem por lábios a sorrir
de toda a emoção é o ser necessário
são as almas feitas tão ao contrário
que nem a dormir se consegue dormir

Contém a mente tanto pensamento
coisas quais não me posso ver livre
deve de ser igual para qual que vive
para se sentir vivo a cada momento

Em descansar não existe descanso
mesmo parados seguem em avanço
até para descansar é uma trabalheira

São os imensos pesadelos na vida
que a tornam larga mas não comprida
esmagando quem chega ao fim em primeira
-Manuel Rosa, 2007



REVOLTAS
Quais as razões para tudo isto?
Decidi não procurar
e rendi-me a aceitar
que está tudo já mais que visto.

Desde oceanos a céus estrelados
Não há nada novo
até o próprio povo
São seres com sonhos reciclados

Tanto as ideias como os pensamentos
já em tempos passados

foram apreços pensados
Pelos sábios daqueles momentos

Por isso não te sintas nobilitado
ou de uma especial raíz
pois mãe em qualquer país

tem sempre o mesmo significado

Não há nada de novo no mundo

vem tudo repetindo
as novas hoje subindo
são velhas que estavam no fundo

Até um poema destes e neste teor
soando como inspiração

é um simples borrão
de outro já á tempos escrito e melhor
-- Manuel Rosa, 2007

terça-feira, dezembro 25, 2007

Um Saudoso Adeus á Primeira Edição

Chegando ao fim do ano de 2007 chega também o fim da Primeira Edição que está a esgotar (apenas 1 ano após o seu lançamento). O armanzém setá vazio restam agora somente alguns exemplares ainda em livrarias como a FNAC e Bertrand e lojas online como a Livraria Guarda-Mor.

Num só ano fizemos coisas que pareciam, a 27 de Outubro de 2006, ser impossiveis, (quando na Universidade Lusófona revelava-se pela primeira vez ao mundo o livro que é o resultado dos meus 15 anos de investigação). Pareciam impossivel por ser este um tema nada aceite em Portugal, por ser eu nada conhecido e por ser o livro um monstro de 640 páginas cheias de informação pormenorizada e por vezes só entendida as relações dessa informação com uma segunda leitura,

No dia seguinte como por intervenção Divina e sem coloboração nenhuma da nossa parte é inaugurada a Estátua de Cristóvão Colon na Vila de Cuba (28 de Outubro de 2006), primeira e única estátua do navegador no Continente Português .
A 26 de Fevereiro apresenta-se a "Portugalidade de Colombo" na Sociedade de Geografia de História em Lisboa pelo gentil convite do Sr. Presidente daquela organização com a participação do Sr. Prof. Francisco Contente Domingues.
No Verão filmou-se para a TV de Andalucia, para a VRT de Bélgica e para o Discovery Channel.
Durante o ano o livro é apresentado a várias pessoas incluíndo José Hermano Saraiva, Joaquim Veríssimo Serrão, Marcelo Rebelo de Sousa, Anibal Cavaco Silva, Carlos César e Manoel de Oliveira.
O assunto de Colon vem despertar o interesse de Manoel de Oliveira que na Primavera começa a rodagem para o filme "Cristóvão Colombo - O Enigma" que vem a receber vários prémios e considerações.

Em Setembro uma carta é recebida de Joaquim Veríssimo Serrão dizendo "concordar 99% com as factos apresentados pelo livro aos leitores".

Como era já previsto e esperado apareceram várias pessoas a atacar o livro abrindo blogs e participando em Fórums (P-H Colombina, Lusotopia, e GeneAll.pt, Cristoval Kolon) e discutindo o assunto (embora muitas vezes sem lerem o livro). Estas discussões são necessárias para apurar o que é verdade e o que é mítico na já muito antiga e deturpada história do descobridor das Américas.
Em muitas destas discussões tenho tomado parte para manter o leme da discussão e apontar a diferênica entre aquilo que são os factos provados e boatos inventados. Muitas pessoas que leram o livro estão já preparadas para defenderem a verdade sobre a Hisória de D. João II e Cristóvão Colon e muitos entraram já nestas discussões.

Mas tudo isto é somente o início da jornada.

O trabalho que resta fazer para chegar á verdadeira pessoa que foi Cristóvão Colon em Portugal é tão grande como aquele já feito até hoje mas nos tempos em que vivemos será muito mais facil e deve de levar menos tempo a chegar lá. A investigação continua.

Agradecemos o apoio de todos os leitores e esperamos que a Segunda Edição e a Edição Espanhola sejam mais acessiveis tanto em preço como em esclarecimentos porque a verdade merece chegar ás mãos de muitos mais leitores. E essa verdade dá o crédito e a sabedoria não somente a Cristóvão Colon mas ao grande Rei D. João II de Portugal e os seus peritos da Junta dos Matemáticos.
Esses Grandes Homens Merecem Grandes Honras.
O Espírito Santo em Tomar no ano de 2007

Embora o Culto do Espírito Santo é praticado nos quatro cantos do mundo onde existem
Portugueses e os Estandartes do E.S. passeiam nas ruas em procissões nesses locais
são poucos os lugares em Portugal Continental que o fazem. Tomar é um desses locais.
Nesta foto pode-se ver ao fundo o Convento de Cristo sé da Ordem de Cristo em Portugal.
(Foto de Manuel Rosa 2007)

"Digo que el Espíritu Santo obra en cristianos, judios, moros y en todos otros de toda seta, y no solamente en los sabios, más en los inorantes; que en mi tiempo yo he visto aldeano que da cuenta del çielo y estrellas y del curso d'ellas mejor que otros que gastaron dineros en ello; y digo que no solamente el Espíritu Santo rebela las cosas de por venir a las criaturas racionales, mas nos las amuestra por señales del çielo, del aire y de las bestias cuando le aplaz." --- Palavras do Almirante Cristóvão Colon

segunda-feira, dezembro 17, 2007

Filme "Cristóvão Colombo - o enigma"

Link
No passado dia 12 de Dezembro efectuou-se na Fundação Gulbenkian a ante-estreia do filme "Cristóvão Colombo - O Enigma" realizado por Mestre Manoel de Oliveira.
Inspirado no livro "Cristóvão Colon (Colombo) era Português" de Manuel Luciano da Silva e Sílvia Jorge da Silva, o Mestre Manoel de Oliveira baseou-se no relato da vida de Manuel Luciano para abordar o tema da nacionalidade portuguesa de Cristóvão Colon, pseudónimo do nobre Salvador Fernandes Zarco, nascido em Cuba, no Alentejo.
O filme não é uma abordagem histórica sobre o Descobridor das Américas, mas sim uma visão sobre a sua possível e provável nacionalidade portuguesa, transmitida através do périplo de Manuel Luciano, ao longo da sua vida, pelos locais onde procurou encontrar indícios que confirmem quais as origens do célebre navegador.

O filme entra em circuito comercial no dia 10 de Janeiro, mas antes vai haver uma pré-estreia na vila de Cuba, dia 5 de Janeiro, onde esperamos contar com a presença de Mestre Manoel de Oliveira e de alguns actores do filme.

sábado, dezembro 15, 2007

Dighton Rock e Miguel CorteReal

Carregue nas imagens para aumentar-las
Foto da pedra no seu local com a maré cheia

Uma pintura em óleo de 1807

O fotógrafo Seth Eastman fotografou a pedra em 1853 as inscrições
foram pintadas a giz para se ver melhor.
(Tinha-se já inventado fotografia em 1853!!!!!!!)

Outro ângulo da pedra com a maré seca.

Envolvido neste tema de Colon está a Pedra de Dighton por ser realacionada ao navegador Miguel CorteReal. Esta pedra tem uma longa história e não vamos descrever-la toda aqui por ser já tratada tanto no nosso livro como no do Dr. Luciano da Silva, Mascarenhas Barreto e outros.
O significado da pedra é tão abrangente como provas das navegações portuguesas á Nova Inglaterra e provas da politica do sigilo.
Metemos aqui as fotos e o que é tido como a primeira noticia da Pedra:
The Reverend John Danforth made a sketch of the marks engraved in the rock in October 1680. This sketch has been preserved in the British Museum.
A.D. 1690, the Reverend Cotton Mather, of witchcraft and brimstone fame, described it and the curious message engraved on its weathered, red-brown sandstone face.
Among the other Curiosities of New-England,” Mather wrote 268 years ago in The Wonderful Works of God Commemorated, “One is that of a mighty Rock, on a perpendicular side whereof by a River, which at High Tide covers part of it, there are very deeply Engraved, no man alive knows How or When about half a score Lines, near Ten Foot Long, and a foot and half broad, filled with strange Characters: which would suggest as odd Thoughts about them that were here before us, as there are odd Shapes in that Elaborate Monument.…”

......the Viking theory of the rock was completely demolished in 1916 by the late Professor Edmund B. Delabarre of Brown University. Dehtbarre, a psychologist as well as a literary detective,....Looking once more, very intently, at an eleven-yearold photograph of the rock on his desk, Delabarr made a most curious and unexpected discovery.

It may well be imagined,” he later wrote, “with what astonishment, on examining the photograph for the hundredth time … I saw in it clearly and unmistakably the date 1511. No one had ever seen it before, on rock or photograph; yet once seen, its genuine presence on the rock cannot be doubted.”

Further study thereafter enabled Delabarre to decipher, along with the date, the emblazoned shield, or quinas, of the Kingdom of Portugal, and these graven letters:

MIGUEL CORTEREAL
V. DEI HIC DUX IND.
Even a first-year Latin student could puzzle out the meaning:
Miguel Cortereal, by the will of God, here leader of the Indians.”

( http://www.americanheritage.com/articles/magazine/ah/1958/4/1958_4_62.shtml )




quinta-feira, dezembro 13, 2007

Pesudo-Histórias en vérité

No excelente Blog que escreve pseudo-critica á pseudo-história Colombina o senhor J. C. S. J. escreve um pequeno anuncio sobre um livro da Bibliografia de Avelino Teixeira da Mota dizendo: “...quase todos os seus trabalhos acabam por, de uma forma ou de outra, abordar os assuntos que as pseudo-histórias do Almirante das Índias tentam a todo o custo confundir e deturpar. Na temática colombina de sentido restrito escreveu «Columbus and the Portuguese», The Journal of the American Portuguese Cultural Society, Nova Iorque, I, n.º 1-3, pp. 1-22, um artigo que ainda hoje continua a ser uma referência e que mereceu traduções em português, castelhano e francês. Contudo, toda a sua obra tem de ser levada em conta quando se quer fazer qualquer trabalho com um mínimo de profundidade sobre o descobridor do Novo Mundo.”
http://ph-colombina.blogspot.com/2007/12/avelino-teixeira-da-mota-biobliografia.html

Appoiando-se na forma do costume nos defensores da "Estória Oficial" e derrubadores das "pseudo-histórias do Almirante das Índias". Mas o louvor ao Vice Almirante Avelino Teixeira da Mota não é merecido neste caso.

São estes tipos de afirmações falsas feitas pelo
J. C. S. J. que induzem os leitores a crer que grandes Portuguese já lidaram com o tema de Colon e já o investigaram e rejeitaram ser um Português. Não tenho nada contra o Avelino Teixeira da Mota e não venho aqui tirar mérito a ele em outros temas mas no que tem a ver com o Almirante das Índias, Cristóvão Colon, o artigo «Columbus and the Portuguese» vale muito pouco.
O sehor Vice Almirante Avelino Teixeira da Mota re-editou "Colombo e os Portugueses" em 1975 aceitando as fantasias da história do Colombo e igual aos outros ilustres Doutores Papagaios "crentes" do “genovês” não vale nada para esclarecer a verdade histórica e somente vale para manter a escuridão. Embora o Vice Almirante Avelino Teixeira da Mota enaltece os Portugueses nesse seu pequeno trabalho (apenas 23 páginas) não dá uma certa no que tem a ver com a vida do Almirante Colon. Aplaudo a forma como ele arrasa várias vezes as fantasias do Eliot Morison mas infelizmente para a nossa história de Portugal relativo á vida de Colon o trabalho do Avelino Teixeira da Mota nada vale.
É mais uma daquelas já conhecidas e repetidas.

Aconselho a leitura do mesmo no valor que tem em louvor dos Portugueses e que mesmo estando cheio de presupostos e erros sobre a vida de Colon enaltece D. João II e as ciências Portuguesas da náutca da época.
Entretanto não deixo de fazer aqui umas críticas para que se entenda o que estou a dizer sobre o que o
J. C. S. J. não vê.

Avelino Teixeira
: "Fue en 1476, contando apenas 25 años de edad, cuando Colón llegó a Portugal, a nado, como superviviente de un combate naval atrabado frente a las costas del Algarve, entre navíos portugueses y franceses de un lado, y genoveses de otro."
>> Aceitação da lenda sem uma só base de facto e estranho ler que o ataque foi entre "portugueses e franceses."
--- Se o Sr. Mota conseguiu provar isto, (o que eu dúvido), então temos mais uma prova que o MCR estava correcto ao dizer que a guerra em que C. Colon estaria envolvido seria aquela mesma em que seu parente Pedro de Ataíde "o Inferno" também esteve. Faltam as provas para tudo o que ali está escrito.

Avelino Teixeira:
"...viajó hasta la remota Islandia, segúl él mismo"

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Segundo "esse mesmo" Almirante Colon ele não navegou para a Islãndia, porque navegou muito longe da linha de Ptolomeu para o Ocidente o que NEGA ser a Islânida e navegou sim para além da Gronelãndia como está provado no MCR.
Avelino Teixeira:
"... Los escritos y cartas náuticas de Bartolomé Perestrelo hubieron de pasar de manos de su viuda a su yerno Cristóbal Colón..."

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Para além de ser escrito sem base nenhuma de facto esta "ideia" foi aceite por todos os "peritos" da "Comunidade Cientifica Mundial" sem pensarem no que diziam. Como expliquei no MCR quaisquer "cartas e mapas" que a viúva de Bartolomeu Perestrelo tivesse teriam sido dadas ao Herdeiro, Bartolomeu Perestrelo II muito antes do casamento de C. Colon com Filipa Moniz. Lembrem-se que o Bartolomeu Perestrelo II recuperou a Capitania de Porto Santo em 1473 sendo assim que sua mãe se tivesse algumas coisas ainda de seu pai seriam do filho herdeiro e não guardadas para um genro que nem sequer sabia que ía ter em 1479. E se as ía dar a um genro então teriam sido dadas ao Pedro Correia, 2º Capitão de Porto Santo em 1457 quando o marido morreu. Ainda mais, as cartas de navegação de 1450 pouco valiam em 1479 porque seriam já ultrapassadas por tantas novas descobertas.
Avelino Teixeira: Os escritos de Colon "...redactados en los últimos años, inmediatos a su fallecimiento, después de tantos años de vivir entre los españoles, estén llenos de lusitanismos.."
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Aceita a verdadeira evidência que o Almirante Colon escrevia com lusitanismos nas suas cartas até morrer o que mostra que Colon assimilou a lingua portuguesa como a sua. Mas ao mesmo tempo aceita que esse homem que teria vivido em Portugal somente 8 anos e, ainda pior, que chegou a Portugal com 25 anos esqueceu logo o seu "ytaliano" para trocar–lo por Português que nunca mais conseguiu esquecer!!!!!!!
Avelino Teixeira:
"Tan poderosa era la leyenda colombina, que presentaba al navegante genovés como una especie de supermarinero, desligado de los esperimentados medios náuticos portugueses..."

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De total acordo estou eu. Eu concordo porque nunca se deveria de ter escrito a história desligando-o de Portugal, ao contrário do Sr. Mota que diz isto por pensar que o Almirante era mesmo um “genovés” e um “ignorante” porque o Sr. Mota não viu que C. Colon era mesmo um Super-marinheiro que sabia a toda a hora do dia onde se localizava e que só poderia ter sido um perito português.
Avelino Teixeira:
"...pues [Colón] creía que la distancia que había de recorrer no excedía de unos 4.000 kilómetros (mientras que la distancia real es de 17.000 kilómetros...)

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Aqui o Sr. Mota escreve baseado nos mesmos presupostos do "ignorante" que os mal-informados historiadores do mundo ainda hoje tentam impingir mas que não é a verdade. Quem segue as viagens que C. Colon efectuou e as cartas que escreveu entende que o Almirante Colon sabia muito bem o tamanho da terra tal como as mentiras que escrevia sobre o tamanho da terra.
Avelino Teixeira: "...ni la idea era nueva, ni Colón se había hasta entonces acreditado como un experto capitán de enbarcaciones..."
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Isto é negada por uma nota de C. Colon o qual diz que "deixou uma caravela em Porto Santo a fazer algo por um dia enquanto ele seguiu para Lisboa e que essa chegou semanas mais tarde por ter encontrado ventos contrários" mostrando assim que, pelo que parece, C. Colon já durante a sua vida em Portugal estava a capitanear caravelas.
Avelino Teixeira:
"...En los escritos de Colón aparecen algunos detalles que revelan que al salir de Portugal se practicaba entre los marineros lusos el método de navegación por diferencia de alturas y que, en torno de 1485, se estaba iniciando el método de determinación de la latitud por altura merediana del sol..... [marinheiros] como Colón no sabían determinar las latitudes en la mar."

---
Esta é mesmo de louvar! O Sr. Mota diz que C. Colon tinha aponatamentos sobre como se faziam as navegações em Portugal mas que ao mesmo tempo não sabia nada dessas mesmas navegações!!!!! E notem que o Avelino Teixeira aceita que não se sabia medir ou determinar “Latitude” em 1485. Isto tem que ser um erro do Avelino Teixeira porque não posso crer que ele acreditasse que a Latitude- que era tão bem medida já desde Ptolomeu em 150 - era ao mesmo tempo impossivel de medir em 1485.**

Assim pode-se ver que as palavras do senhor J. C. S. J., auto-proclamado matador de pseudo-histórias colombinas seleciona aquelas que quer criticar pelo valor das pessoas que as escreveram. Se era um Luis de Albuquerque, um Graça Moura ou um Vice Almirante Avelino Teixeira da Mota tudo o que escreveram é dourado. Somente aqueles que não têm nome é que merecem de ser abatidos.
Para o senhor J. C. S. J., se aquilo que eles escreveram era lixo não importa porque o valor da pessoa ultrapassa o lixo que escreveu por isso não se pode olhar para eles como pseudo-historiadores colombinos e:

"... um homem que, como poucos, escreveu com qualidade superior sobre um passado tão frequentemente mitificado.”

Triste é ver que todos estes grandes homens (e até o
J. C. S. J.) cairam em erro por aceitarem aquilo que os estrangeiros lhes venderam. Espero que os futuros grandes "peritos" da Comunidade Cientifica" em Portugal livrem-se de estrangeiros.

É tudo muito lindo e muito bem empacotado e ainda acreditado para quem ainda não teve o Mistério Colombo Revelado.

**ADDENDUM:
O
J. C. S. J. responde a esta minha critica dizendo
"Teixeira da Mota refere-se à passagem da navegação por alturas para a navegação por latitudes. Quem não perceber na navegação astronómica a diferença conceptual entre uma e outra fase não pode continuar a perorar sobre História da Marinha sob risco de enganar os incautos e pena de cair no ridículo."

Nisto tudo o
J. C. S. J. aparenta uma grande incapacidade em não poder criticar as pessoas quem ele pensa que estão acima de critica e que para ele estão correctos em todos os seus erros. Mostra ainda que o J. C. S. J. nem sequer deve de estar a ler aqueles autores mas simplesmente tirando os seus nomes de alguma lista que os seus Professores de História lhe entregaram nalguma classe e que o J. C. S. J. aceitou como um bom e obediente aluno.
Admito que induzi o
J. C. S. J. em erro quando deixei fora uma página do artigo entre merediana del sol... e .. [marinheiros] como Colón.

Vamos lá a ver se nos entendemos:
Em
"
Portugal se practicaba entre los marineros lusos el método de navegación por diferencia de alturas"
Isto seria então alturas da
Estrela Polar e depois em 1485 também se começou a usar o Sol para fazer essas medida da Latitude plea "altura merediana del sol".
Isto com os estudos de José Vizinho e Martim da Bohémia.
Assim aceita-se que desde 1485 podia-se calcular a latitude tanto de noite como de dia.
Calcular latitudes é muito antigo e não era nada de novo mas em Portugal foi-se aperfeiçoando por necessidade de navegar no Alto Mar e por em Portugal ter-se acesso ao mar no Equador e assim acesso a uma medida mais exacta do tamanho do Grau da Terra.
Assim C. Colon
(porque esteve presente com José Vizinho e com D. João II nessas discussões) ao saber o que sabiam os portugueses estava ao mesmo nivel deles em navegação e assim se pode localizar no Alto Atlântico na Rota de Regresso.
Cristóvão Colon escreveu que "hoje a Estrela Polar está na mesma altura do Cabo de S. Vicente em Portugal" quando estava já dias e dias no mar e milhares de milhas longe de terra sabia a que Latitude estava.
O disparate do Sr. Mota foi em dizer que "
Colón no sabía determinar las latitudes en la mar."

Claro que Colon sabia determinar a Latitude como o sabiam marinheiros já por muitas décadas.
Por isso eu dei a dúvida ao Sr. Mota se por acaso ele não queria dizer Longitude em vez de Latitude.
Ainda pouco sentido faz o
J.C.S.J. dizendo "passagem da navegação por alturas para a navegação por latitudes" [A não ser que o J.C.S.J. queria dizer o contrário que a passagem era da "navegação por latitudes" (que se praticava anteriormente seguindo rumo N-S até ao paralelo (Latitude) desejada e navegando por esse paralelo E-O) para uma "navegação por alturas" que se podia já fazer de noite e de dia com a Tabelas da Portuguesas da Declinação do Sol] as "alturas" dos astros eram e são usadas para dar a "Latitude" e com as medidas da observação da altura meridiana do Sol ou de certas estrelas também se podia fazer cálculos para Longitude mas a distância navegada tinha que ser medida com muita precisão .

terça-feira, dezembro 04, 2007

Almirante Colon - membro de Santiago ?

ALMIRANTE COLÓN - MEMBRO DE SANTIAGO ?


Na sala dos Almirantes do Alcazar de Sevilha encontra-se uma pintura de Alejo Fernandez, intitulada "A Virgem dos Navegantes", onde está representado o Almirante Don Cristobal Colón.

O manto do Almirante está decorado com motivos de três romãs abertas, cuja possível relação com o Paço dos Duques de Beja, do qual só resta o Portal na vila de Cuba, já abordamos anteriormente na página "Amigos da Cuba".

Mas por entre as ramagens do padrão do manto, encontram-se outros símbolos talvez intrigantes, até pelo facto de estarem meio ocultados.

Aqui mostramos dois recortes do manto do Almirante, onde se podem ver esses símbolos.





No recorte efectuado na manga do manto, junto ao cajado da figura de barba branca, vê-se a metade esquerda de uma coroa.
No recorte efectuado junto à gola vê-se a parte inferior duma coroa, pela qual entram dois troncos com a forma de "Y".
Cá está, dirão alguns: é daqui que vem o Colombo y taliano !

Pela nossa parte, estamos mais inclinados para associar estas coroas à origem nobre de Don Cristóbal Colón, até porque o desenho da coroa é muito idêntico a outro que já vimos no Rei D. João II. Certamente não passará de mais uma coincidência...

Quanto aos dois troncos entrando pela base da coroa, também os vimos noutro local, de que aqui reproduzimos imagens (nota: devido à má qualidade, efectuamos também uma reconstrução de uma das fotos)














Precisamente numa foto da capa do livro "Regra e Statutos da Ordem de Santiago", correspondente ao período em que o respectivo Mestre era D. Jorge de Lancastre, filho do Rei D. João II com D. Ana de Mendonça.

Provavelmente será Lancastre o significado do "L" bem visível, entre os dois troncos que entram na coroa.

Dois troncos entrando na coroa, tal como no manto do Almirante Don Cristobal Colón.

Seria ele um Membro da Ordem de Santiago ???


4 Dez, 2007 - Carlos Calado