Há muitos "peritos" que atacam a teoria do Cristóvão Colon Português usando os escritos de Rui de Pina e de Luis de Camões.
Tal como é conhecido, Rui de Pina disse Colonbo ytaliano o que trai a verdade conhecida. Pois, como explicou Manuel Rosa, nesses dias o Almirante era bem conhecido como Colon e nunca como Colombo. Isto fica evidente nos documentos de Castela como na carta de D. João II de 1488 exposta no livro O Mistério Colombo Revelado em que o nome escrito por D. João II não é Colombo nenhum.
O outro argumento que diz que Camões nunca exaltou Colon como um Português cai por terra no Canto Décimo dos Lusíadas. Após descrever todas as partes do Oriente que os Portugueses nevegavam Camões vira-se para a descoberta do Ocidente:
Eis aqui as novas partes do Oriente,
Que vós outros agora ao mundo dais,
Abrindo a porta ao vasto mar patente,
Que com tao forte peito navegais.
Mas he tambem razão, que no Ponente
D'hum Lusitano hum feito inda vejais,
Que de seu Rei mostrando-se agravado,
Caminho ha-de fazer nunca cuidado.
Esse Lusitano agravado era Cristóvão Colon que fugiu para Castela dizendo que estava agravado com D. João II:
"Por lo cual dicho monarca [D. João II], aconsejado del doctor Calzadilla, de quien mucho se fiaba, resolvió mandar una carabela secretamente, la cual intentase lo que el Almirante le había ofrecido... lo cual habiendo llegado a noticia del Almirante, y siéndole ya muerta su mujer, tomó tanto odio a aquella ciudad y nación, que acordó irse a Castilla con un niño que le dejó su mujer, llamado Diego Colón, que después de la muerte de su padre le sucedió en su estado." História del Almirante, Capítulo XI -Cómo el Almirante se indispuso con el Rey de Portugal con motivo del descubrimiento que le ofreció de las Indias.
Segundo Camões o caminho feito para o Poente foi por um Lusitano que se mostrou (ou fez a parte) estar agravado com o seu Rei D. João II.
Tudo bate certinho com a história de Cristóvão Colon ser um Lusitano.
Que mais provas são preciso?
Olhai que ledos vão, por várias vias,
Quais rompentes leões e bravos touros,
Dando os corpos a fomes e vigias,
A ferro, a fogo, a setas e pelouros,
A quentes regiões, a plagas frias,
A golpes de Idolatras e de Mouros,
A perigos incógnitos do mundo,
A naufrágios, a peixes, ao profundo.
Por vos servir, a tudo aparelhados;
De vós tão longe, sempre obedientes;
A quaisquer vossos àsperos mandados,
Sem dar resposta, prontos e contentes.
Só com saber que são de vós olhados,
Demónios infernais, negros e ardentes,
Cometerão convosco: e não duvido
Que vencedor vos façam, não vencido.
Não mais, Musa, não mais, que a Lira tenho
Destemperada e a voz enrouquecida,
E não do canto, mas de ver que venho
Cantar a gente surda e endurecida.... -Os Lusíadas, Canto Décimo.
domingo, novembro 02, 2008
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