domingo, dezembro 30, 2007

Mais um Ano - Pensamentos e Poesia

Com o fim do ano vêm sempre pensamentos e reflexões sobre os tempos passados e futuros. O passado não existe. Já existiu mas é só memória. O futuro náo existe. Vai existir mas é somente uma esperança. O presente também é afinal um estado do tempo que não existe. Pois assim que se entra no presente ele desaparece para o passado. O que é a vida afinal? É um simples plano de pisadela contínua composta de segundos em que se corre em frente para não ficar atrás.
Por vezes penso se valeu a pena o esforço da minha investigação e se vale a pena continuar a esforçar-me para chegar a uma verdade absoluta ou se será melhor deixar tudo como está.
Afinal de contas encontrando a verdade de quem foi Cristóvão Colon não vai mudar o passado.
Mas por outro lado se podemos deveras conseguir a verdade porque não devemos de nos esforçar para a encontrar?

São decisões que merecem reflexão. Imerso neste vaivém de esperança e desespero visitam-me as musas para me atormentar ainda mais com seus risos e suas rimas.
SONETO PRETO
Lágrimas escorrem por lábios a sorrir
de toda a emoção é o ser necessário
são as almas feitas tão ao contrário
que nem a dormir se consegue dormir

Contém a mente tanto pensamento
coisas quais não me posso ver livre
deve de ser igual para qual que vive
para se sentir vivo a cada momento

Em descansar não existe descanso
mesmo parados seguem em avanço
até para descansar é uma trabalheira

São os imensos pesadelos na vida
que a tornam larga mas não comprida
esmagando quem chega ao fim em primeira
-Manuel Rosa, 2007



REVOLTAS
Quais as razões para tudo isto?
Decidi não procurar
e rendi-me a aceitar
que está tudo já mais que visto.

Desde oceanos a céus estrelados
Não há nada novo
até o próprio povo
São seres com sonhos reciclados

Tanto as ideias como os pensamentos
já em tempos passados

foram apreços pensados
Pelos sábios daqueles momentos

Por isso não te sintas nobilitado
ou de uma especial raíz
pois mãe em qualquer país

tem sempre o mesmo significado

Não há nada de novo no mundo

vem tudo repetindo
as novas hoje subindo
são velhas que estavam no fundo

Até um poema destes e neste teor
soando como inspiração

é um simples borrão
de outro já á tempos escrito e melhor
-- Manuel Rosa, 2007

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