sexta-feira, abril 24, 2009

Historiadora Dra. Fina d’Armada Apresenta Colombo Português - Novas Revelações



"...Como Portuguesa e Historiadora, muito obrigado ao Manuel Rosa.
O trabalho que aqui demonstra devia ter sido feito pelas nossas Universidades.
Acontece que as nossas Universidades são conservadoras e para perseguimento
de carreiras os mais novos são seguidistas dos mais velhos...
Vai dar muito trabalho aos historiadores daqui para a frente continuarem
a afirmar que era um tecelão genovês sem demostrarem má fé ou ignorância ... (continue a leitura aqui)"

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A Ésquilo edições e m ultimédia tem o prazer de convidar V. Ex.ª para assistir ao lançamento do livro «COLOMBO PORTUGUÊS - NOVAS REVELAÇÕES» da autoria de Manuel da Silva Rosa, que terá lugar no Espaço D. Dinis, sito na avenida António Augusto de Aguiar, 17 - 4º esq., em Lisboa, quinta-feira, dia 30 de Abril, às 18h30. A apresentação estará a cargo do Eng. Carlos Calado, presidente da direcção da Associação Cristóvão Colon.

Debate na Rádio RDS 87.6 FM , no dia 30 de Maio, quinta-feira, a partir das 15:00 com Eng. Carlos Calado, o Historiador Manuel Rosa e Pedro Laranjeira, moderado por Carlos Pinto Costa, Director de Programas. O público poderá participar por telefone, para colocar perguntas. http://www.rds.pt/


Manuel Rosa estará também na Ovibeja, dia 1 de Maio de 2009:
● 1 de Maio, 14,30h - BEJAAuditório da Ovibeja: Antecedendo o Colóquio sobre Cristóvão Colon, será apresentado o livro do Membro Fundador Pedro Laranjeira “O Alentejano que descobriu a América”. A apresentação do tema estará a cargo do historiador Manuel da Silva Rosa, Membro Fundador da Associação Cristóvão Colon.

● 1 de Maio, 15,00h – BEJA
Auditório da Ovibeja: Organizado pela Real Associação de Beja e promovido pelo Membro Fundador José Gaspar, também membro daquela associação, coadjuvado pelo Membro Fundador António Lorena, tem lugar o Colóquio “Cristóvão Colon, um nobre Alentejano” integrado no âmbito da Ovibeja - a grande Feira do Alentejo.
Com colaboração da Associação Cristóvão Colon participarão com curtas palestras os seguintes Membros Fundadores: Carlos Calado, Paulo Alexandre Loução, Brandão Ferreira, Manuel Rosa, Pedro Laranjeira e Abel Cardoso. Segue-se um período de debate.

No domingo seguinte, dia 3 de Maio, às 15h30, a apresentação terá lugar no Ateneu Comercial do Porto, sito na rua Passos Manuel, 44, Porto. A apresentação estará a cargo da escritora e historiadora Dra. Fina d’Armada.Este livro transmite a informação mais actualizada no estudo da enigmática personagem que foi Cristóvão Colon e da sua relação com a estratégia genial D. João II nos Descobrimentos Portugueses.
Virgínia Veiga (Presidente do Ateneu), Fina D´Armada (Historiadora e Autora), Manuel Rosa (Historiador e Autor) e Paulo Loução (Autor e Editor da Ésquilo) no Ateneu Comercial do Porto, 3 de Maio, 2009.


Foi para mim uma honra ser convidada para apresentar este livro : “Colombo Português”, de Manuel Rosa. O livro anterior deste autor, “O Mistério Colombo Revelado”, publicado pela Ésquilo em 2006, já influenciou outros investigadores, incluindo a mim. Foi com base em alguns dados investigados por Manuel Rosa que escrevi o romance histórico “O Segredo da Rainha Velha”.
Creio que, após as investigações de Manuel Rosa, a história de Cristó-
vão Colon, que conhecemos por Colombo, não será a mesma. Nada ficará como dantes. Ninguém como Manuel Rosa demonstra que o descobridor oficial da América era um nobre português e foi um espi-
ão de D. João II, em Castela. A sua nobreza ficou profundamente pro-
vada após o seu intenso trabalho na busca da genealogia da esposa Filipa Moniz. Nunca um plebeu genovês podia consociar-se com uma nobre portuguesa, pois enquanto durou a Monarquia, início do séc. XX, os casamentos eram arranjados entre classes sociais idênticas.
O que mais se admira neste livro, que hoje estamos aqui a lançar, é a investigação que está por detrás. As imensas leituras, viagens, deslo-
cações, a interpretação das línguas. O que Manuel Rosa teve de estu-
dar ou pedir apoio para interpretar documentos de línguas estrangei-
ras ainda por cima com letra de difícil leitura, mesmo redigidos na nossa língua mãe. Já para não falar na imensa verba gasta nessa busca que dificilmente será reposta pela publicação dos livros. Eu sei o que custa a entrada em certos arquivos, o tempo que se sacrifica, os prejuízos pessoais da nossa vida para nos dedicarmos a uma causa.
   Como portuguesa e historiadora, muito obrigada, Manuel Rosa. O trabalho que aqui demonstra devia ter sido feito pelas nossas universidades e por autores de  crédito oficial. Acontece que as nossas universidades são conservadoras e para prosseguimento de carreiras, os mais novos são seguidistas dos mais velhos. Repare-se que Joaquim Veríssimo Serrão aceitou prefaciar este livro mas está jubilado. Será que aceitaria se estivesse no princípio de carreira? E assim aconteceu o que diz Goebbels: “uma mentira várias vezes repetida transforma-se numa verdade”. E um tecelão genovês transformou-se num nobre que se sentava à mesa de reis.
Pois é. Mas apareceram vários autores, desde a década de vinte do século XX, que começaram a pôr em causa um Colombo genovês. A ideia foi difícil de pegar. Mascarenhas Barreto foi muito insultado. Até que chegou Manuel Rosa (também por vezes insultado na internet) e deu outro fôlego às investigações.
   Outra característica deste autor é que não se agarra a uma ideia e faz dela a sua dama, contra ventos e marés. Investiga por um lado, seguindo uma pista, investiga por outro, o que demonstra a sua seriedade em busca da verdade.
Manuel Rosa dividiu em três partes este seu livro “Colombo Português”.  Sintetiza alguns dos dados já expostos na extensa obra “O Mistério de Colombo Revelado” e expõe três possíveis origens portuguesas para Cristóvão Colombo:
   1º - Como sendo filho do Infante D. Fernando, Duque de Beja, e de uma filha ou neta de João Gonçalves Zarco.
   2º - Como sendo D. Diogo, Duque de Viseu e de Beja, o “Último Templário”.
   3º - Como sendo Segismundo Henriques, filho de Henrique Alemão, um desterrado rei da Polónia, refugiado em Portugal, dando ênfase a este último.
 Ora, a 2ª hipótese, como sendo o D. Diogo, Duque de Viseu e Beja, para mim é um absurdo, pois Rui de Pina dedica-lhe várias páginas e não podemos substituir as fontes por conjecturas. Aliás, Manuel Rosa também não acredita lá muito nesta hipótese, pois sendo tão meticuloso na sua investigação, não investigou o que este rapaz mal acabado fez até aos 22 anos, quando foi morto justificadamente. Aliás, só dirigiu durante um ano, após os 21 anos, a Ordem de Cristo e a Casa de Viseu.
  Restam portanto, as hipóteses de ser filho do Duque de Beja, filho adoptivo do Infante D. Henrique, ou de ser filho do rei da Polónia, Henrique Alemão. Somos levados aos Henriques porque alguém escreveu que o descobridor da América era o “último rebento de Henrique”. Mas eis aqui uma das muitas dificuldades desta inves-
tigação. Seja que Henrique for, Colombo nunca foi o “último rebento”, porque teve filhos e os últimos rebentos chegaram ao nosso século.
Devo dizer que li duas vezes o capítulo dedicado a Henrique Alemão e reconheço que a hipótese tem muita força. Mas, curiosamente, as duas teses tocam-se ligeiramente. Assim, o Paço onde casou o Duque de Beja, Paço que foi escolhido pela Infanta D. Beatriz, viúva do Duque, em 1479, para a assinatura do tratado de Alcáçovas, passou depois para a mão dos descendentes de Henrique Alemão e ainda hoje é conhecido como o Paço dos Henriques. Além disso, a âncora, brasão dos Henriques, foi concedida a Colombo mas multiplicada por cinco e dispostas como as quinas do brasão real e do brasão do Duque de Beja.
 Por aqui se vê como é difícil esta investigação sobre Colombo. Qual o segredo que envolveu o seu nascimento para se manter mesmo depois da morte do descobridor e durante quinhentos anos? E ainda hoje ser um quebras-cabeças?
No “Segredo da Rainha Velha”, também eu apresento uma teoria. Eu acho difícil Colombo nada ter a ver com os Judeus. E se as armas da Polónia são uma águia, as armas dos nobres judeus, de nome Abravanel, também se assemelham a uma ave. E têm sangue real de Jerusalém, como o filho de Colombo escreveu que seu pai tinha, pois eram descendentes do rei David.
 Enfim, de qualquer forma, tanto eu como Manuel Rosa não fazemos finca-pé  numa teoria. Se surgirem documentos com dados diferentes, estamos prontos a analisá-los. Tal como diz este autor, “o que interessa é a verdade”.
 Todavia, depois de se lerem e assimilarem as suas investigações, será difícil provar  que Cristóvão Colon ou Colombo não era português. Vai dar muito trabalho aos historiadores, daqui para a frente, continuarem a afirmar que era um tecelão genovês, sem demonstrarem má fé ou ignorância. Aliás, ele até pode ter alguma ligação com Génova e não deixar de ser português. Vamos supor, por exemplo, que ele fosse filho do Duque de Beja, quando este fugiu de Portugal. Colombo até podia ter nascido no Mediterrâneo, dentro dum barco dum corsário italiano, de nome Peroso, como sugere Rui de Pina. E se o corsário fosse genovês, isso não significaria que ele não era português. É como naqueles casos em que uma mãe, que vive em determinada terra, vai ter um filho a uma maternidade que fica numa cidade e depois há a dúvida de se saber se é natural da terra onde foi gerado ou onde acidentalmente veio a este mundo. A questão da nacionalidade pode não ser uma questão linear. 
 As investigações de Manuel Rosa estendem-se a demonstrar como Colombo descobriu a América, ao serviço secreto de D. João II, pois as Antilhas já eram conhecidas dos Portugueses, mas não nos interessavam. Expõe bem a genialidade de D. João II que, infelizmente, não consta do Padrão dos Descobrimentos.
 Outro ponto importante que o autor expressa neste livro é o recurso aos exames de ADN. Felicito-o por essa ideia, pois podemos chegar realmente por aí onde não chegam os documentos. Mas, parece-me que temos de ter cuidado. Segundo li, só dá certo quanto à progenitura masculina (não admira que a ciência só cuidasse do género masculino, é o costume).  Por isso, nos nossos dias, não há nenhum descendente desses tempos que não tenha uma ascendente feminina pelo meio. Por outro lado, não se pode pensar que em séculos as mulheres foram sempre fieis aos maridos.
Gostaria de realçar também a humildade de Manuel Rosa que é sempre muito salutar num autor que procura a verdade. Manuel Rosa até colocou neste livro, p. 360, o seu site para quem esteja interessado “em compartilhar dados, apontar erros e partilhar novas descobertas sobre o Almirante”. Só espero que não perca tempo com quem não o merece e deixe de investigar com o rigor que o caracteriza.
“Colombo Português” é um bom livro de cabeceira. Está muito bem escrito, de linguagem acessível, explicando tudo muito bem, despertando em nós o interesse por querer saber mais, correr até ao fim. Após a sua leitura, ninguém dará o tempo por mal empregado.
Dizia Newton que “o que conhecemos é uma gota, o que desconhecemos é um oceano”.  As investigações de Manuel Rosa, sobre Colombo, já nos colocaram para lá do meio do oceano. E parece seguir o rumo dos versos de Manuel Alegre:
Eu que fiz Portugal e que o perdi
em cada porto onde plantei o meu sinal.
Eu que fui descobridor e nunca descobri
que o porto por achar ficava em Portugal.
Fina d'Armada

7 comentários:

  1. Acabado de ler o livro “Colombo Português”, devo dizer que está é uma obra, que em muito vem contribuir para a História sobre vários aspectos.
    Sendo um livro mais leve que o “Mistério de Colombo Revelado”, revela-se de fácil leitura. Os conteúdos apresentam-se bastante bem organizados sob o ponto de vista do entendimento das ideias e teses que se pretendem esclarecer e tornar públicas. Torna-se bastante claro que quando estudamos a vida, os feitos, as relações de Colom(bo) estamos a estudar , também, a história de Potugal.
    São muitas as coincidências entre pontos-chave da vida de Colon e dos aspectos históricos da história de Portugal.
    O primeiro ponto importante esclarecido neste livro, são as análises exaustivas aos documentos onde se diz que Colon é Genovês e Italiano, a origem e o enquadramento desses documentos. Parece comprovado que esses documentos, nos dias de hoje, não são legítimos! Complementado aos teste de ADN, entre a família Colon e os Colombos existentes em Itália actualmente, e dando esses testes “negativo”, só resta uma coisa a fazer pela Comunidade Internacional de História; convencionar, a partir de agora, que a origem de Cristóvão Colombo é indefinida!
    Outro ponto importante apresentado neste livro, são várias referências apresentadas por Colon, e outras figuras portuguesas e internacionais (incluindo Castelhanas), de que Portugal já conhecia as terras a ocidente. Este ponto já deveria constar nos livros de história em geral!
    Quanto às possíveis identidades de Colon apresentadas, devo dizer que qualquer uma delas se enquadra mais naquele homem, que qualquer italiano…Falta a prova final.
    Parabéns!

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  2. Professor Manuel Rosa,
    Embora o novo livro está muito melhor escrito, organizado e lucido a muita informação que vinha no Mistério Colombo Revelado e que ficou fora do Colombo Português - Novas Revelações faz falta a quem quer aprofundar melhor o tema no que toca à missão religiosa da Ordem de Cristo e de Colombo.
    Tendo dito isto, dou-lhe os parabéns por ter sintetizado tão bem em 300 páginas o que vinha nas 600 do seu primeiro livro.
    Concordo com os outros leitores que jamais será este homem visto como outra coisa que um nobre português. (Alda Leal)

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  3. Ando de volta do livro e isto vai ao rubro. A aclaração que é feita em volta do retorno da primeira viagem está excelente..
    Muitas das hipóteses que deixa no ar parecem roçar a verdade.

    Em relação às notas de rodapé, se fosse possível rever a sua construção - algo desordenada, muitas delas sem referencias ao número de página, tendo apenas o nome dos autores ou cronistas - e acrescentar mais algumas,numa próxima impressão, traria melhores resultados na perspectiva do leitor confirmar certos dados.

    Continuação de bom trabalho

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  4. Ao Anónimo da Terça-feira, Maio 12, 2009 6:24:00 PM

    Agradeço os bons votos. Há-de-se tentar fazer melhor.. pois também já notei que as imagens do caderno a cores estão mal númeradas.
    Mas qualquer dúvida que queira confirmar sobre as notas de Rodapé basta somente me enviar um email e apontar-lhe-ei a página.
    Manuel Rosa

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  5. Este livro é uma valiosa adição à bibliografia de Colombo e vem cheio de valiosa informação para a nossa história portuguesa. Acho que em breve os livros da chamada história oficial começaram a ser modificados para incluir estas suas novas revelações. Não consigo entender toda a oposição que lhe fazem. Será que deveras leram o seu livro ou estão empenhados em manter uma impostura?
    Os Meus Cumprimentos, Nuno Gonçalves

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  6. Estimado Drº Manuel Rosa,
    Os meus parabéns por um trabalho muitíssimo bem feito. A curiosidade sobre este assunto foi resultado da continua discussão no Fórum da GeneAll e levou-me a ler o seu livro que é uma espantosa obra que vai abrir os olhos ao mundo. Recomendo que seja lido em todas as nossas escolas e não consigo entender tanta oposição que lhe fazem.
    Talvez deveriam primeiro de ler o livro.
    José Goulart Faria (S. Miguel, Açores)

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  7. What a revelation. Continue to do good in your job.

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