domingo, janeiro 06, 2008

Má Narração de Navarrete

O labirinto dentro da floresta que sustenta a falsidade da história de Cristóvão Colon é imenso e para aqueles que não estiverem bem preparados para entrar nesta floresta ele torna-se num beco sem saída. Por 500 anos têm crescido os vários galhos desta floresta sem ninguém os poder pudar e foram-se acrescentado e formando uma embrulhada que tapa o Sol da verdade a muitos. Quem se fiar nas palavras de outro sem estar bem preparado para as decifrar se as tomar como verdadeiras sendo elas falsas jamais sairá desta confusão.
No meu livro eu provei que o Testamento de 1498 era 100% falso e inventado após o ano de 1573. No artigo anterior a este eu expliquei como Altolaguirre entrou no labirinto seguindo Navarrete e agora ponho aqui as páginas relativas do livro de Navarrete para que todos vejam que as provas que apoiavam o testamento falso caem por terra quando se olha para elas com a claridade merecida.


Colección de Viajes de don Martín Fernández de Navarrete, Tomo 1

Nas três páginas acima sobre um documento que Navarrete diz ter encontrado no Arquivo de Simancas mas que nem Altolaguirre nem jamais algum encontrou, Navarrete diz, (implica, presupõe ou mente de propósito), que este vem confirmar o Testamento falso de 1498 e que "fué en la muy noble cibdad de Sevilla, jueves, en viente y dos dias del mes de Febrero, año del nascimiento de nuestro Salvador Jesucristo, cabalmente el mismo dia que habia otorgado su testamento ante Martin Rodriguez..."
Isto é mentira.
E parece ser de propósito que Navarrete deixa fora o número do ano. Não mete 1497 nem 1498 porque é uma caldiação de dois documento. Este é mesmo um labirinto e Navarrete parece fazer-lo de propósito.

Quando digo que Navarrete parece andar a “brincar ás escondidas” com os documentos é porque meteu uma parte na Introdução apontando para o documento Número 126 que é composto pela transcrição da Cédula Real de 1497 e pelo Testamento falso de 1498.
Depois nesse Número 126 diz que está provado pelo outro da Introdução brincando com os dados e as datas dos dois documentos.

Na Introdução, página 140 do TOMO 1 escreve:
En el número 126 de la Colecion Diplomática insertamos el testamento que otorgó D. Cristóbal Colon en 22 de Febrero de 1498, en el cual contiene la institucion de su mayorazgo....
Depois vejam a imagem da página 141 da Introdução onde ele mete como descrição não o texto do Testemento de 1498 mas sim aquele da Cédula Real de 1497 que não tinha dia e mês dando-lhe agora um dia e mês mas deixa fora de propóstio o ano de 1497 quando aqui diz que era de 1498.
Porque o texto da Cédula Real é o que começa com “En la noble ciudad de Sevilla....”
Enquanto texto do Testamento falso começa “En el nombre de la Santísima Trinidad...”
Não são a mesma coisa.

Para começar Navarrete não mete os documentos juntos no mesmo Tomo. Meteu sim num Tomo aquilo que ele chama "Documento Diplomático" e com Número CXXVI que começa na página 259 assim:
Facultad al Almirante D. Cristóbal Colon para fundar uno ó mas Mayorazgos. (Copia legalizada por Alonso Lucas, Juan Fernandez y Martin Rodriguez, Escribanos de Sevilla, en veinte ocho de Mayo de mil quinientos uno, existente en el Archivo del Duque de Veraguasm, Regist. del Sello de Corte en Simancas) ; y Testamento, é institucion del mismo Mayorazgo hecha por el Almirante, (Copia de las que se presentaron en los autos y litigios seguidos de antiguo seguidos sobre la sucesion de esta Casa.)

1497 23 de Abril
En la muy noble Ciudad de Sevilla á ( em branco ) del mes de ( em branco ) año del Nacimiento de nuestro Salvador Jesucristo de mil y cuatrocientos y noventa y siete anõs, estando dentro de las casas donde posa el muy magnífico Sr. D. Cristóbal Colon, Almirante mayor del mar Océano, Visorey y Gobernador de las Indias y tierra-firme, por el Rey y la Reina nuestros Señores y su Capitán general del mar, que son en esta Ciudad, en la colacion de Santa María, estando ahí presente el dicho Señor Almirante, y en presencia de mí Martín Rodríguez, Escribano público de la dicha Ciudad y de los Escribanos de Sevilla que a ello fueron presentes; e luego el dicho Señor Almirante presentó ante nos los dichos Escribanos una carta de licencia para que pudiese facer Mayorazgo, del Rey y de la Reina nuestros Señores, escrita en papel [§] y firmada de sus Reales nombres, y sellada con su sello á las espaldas, y firmada del Señor Doctor Talavera, segun que por ella parece: su tenor de la cual, de verbo ad verbum, es este que se sigue:
Y asimismo este es traslado de una Carta de Mayorazgo
escrita en papel [§], y firmada del nombre de su Señoría del dicho Sr. D. Cristóbal Colon, segun que por ella parecía, su tenor de la cual de verbo ad verbum, es este que se sigue:
Don Fernando e Doña Isabel &c. Por cuanto vos, D. Cristóbal Colon .....
(segue assim a transcrição da autorização de Cédula Real para fazer Mayorazgo de 1497 que termina na página 264 com as seguintes assinaturas)
.... Dada ne la Ciudad de Búrgos á veinte y tres dias del mes de Abril, año del Nacimiento de nuestro Señor Jesucristo de mil cuatrocientos y noventa y siete años.=YO EL REY.=YO LA REINA.=Yo Fernand Alvarez de Toledo, Secretario del Rey y de la Reina nuestros Señores, la fice escribir por su mandado.=Rodericus, Doctor.=Registrada.=Alonso Perez.
(Continua logo a seguir assim a página 264 referindo ao Testamento falso de 1498 como)

Institucion de Mayorazgo
1498 22 de Febr.
En el nombre de la Santísima Trinidad, el cual nos puso en memoria y después llegó a perfeta inteligençia que podría navegar e ir a las Indias desde España pasando el mar Océano al Poniente, y assí lo notifiqué al Rey Don Fernando y a la Reina Doña Isabel Nuestros Señores, .....
(segue o texto completo do testamento falso de 1498 que termina na página 274 com)
....... Item mando a Don Diego, mi hijo, o a quien heredare el dicho Mayorazgo, que cada vez y cuantas veçes se obiere de confesar, que primero muestre este compromisso o el treslado d'él a su confesor, y le ruegue que le lea todo, porque tenga raçón de lo examinar sobre el cumplimiento d'él, y sea causa de mucho bien y descanso de su ánima.
Fecho en 22 de Febrero de 1498
.S.
.S.A.S.
XMY
El Almirante

Segue logo aqui a NOTA de Navarrete cuja imagem vai aqui em que fala das dúvidas deste testamento e apoia a sua veracidade dizendo que nos Arquivos de Simancas está a tal “nunca mais vista” confirmação que mesmo se ela existe eu mostro mais abaixo que ela é falsa.


Colección de Viajes de don Martín Fernández de Navarrete, Tomo 2

Navarrete mete estes dois documentos de tanta importância um para o outro em Volumes diferentes e atribui á transcrição da Cédula Real de Autorização de Mayorazgo uma data de dia e mês que não está lá e ajuntando á mesma data o Testameto falso de 1498. A um documento verdadeiro, mas sem dia e mês, com ano de 1497 dá-lhe o dia e mês de um documento falso mas não lhe dá o ano de 1498 que está no documento falso.
Parece que Navarrete está a tentar enganar-nos de propósito. Talvez pensasse que metendo tantas páginas entre os dois documentos já quando se lia de um não se lembrava dos pormenores do outro e assim passava em frente as duas datas baralhadas como uma tal e qual como a aceitou Altolaguirre.
Não devo de suspeitar Navarrete porque ele não teria nada a ganhar com isto mas acuso-o de não ser rigoroso neste caso e de dar mais valor ao documento de Simancas do que ele merece porque esse documento está claro que faz parte da falsificação pelo cabeçalho antes do nomes dos reis e pelo nome do Príncipe D. Juan e ainda por ser um pergaminho enquanto o Martin Rodriguez disse que era em papel.
Isto não é muito bem entendido sem ver a imagem da página 141 de Navarrete.


Mas o documento de Simancas se ele existia foi com toda a certeza metido lá por Baltasar Colombo ao mesmo tempo que as folhas dos Registos de Martin Rodriguez para Fevereiro de 1498 foram roubadas.
A falsificação aparenta-se no texto estranho que encabeça o documento com todos os seus Santos, celestiais, Pai, Filho e Espirito Santo etc. coisa que os Reys Católicos nunca usaram. Para confirmar que esta não era uma nova forma dos Reis Católicos começarem agora as suas cartas aponto para a página 318 do Tomo 2 em que a 16 de Setembro de 1501 um documento cujo original Navarrete diz estar no Arquivo dos Duques de Veragua e registado no mesmo Arquivo de Simancas começa "Don Fernando y Doña Isabel por la gracia de Dios, Rey Reina de Castilla...
Depois na página 348 do mesmo Tomo 2 aparece o documento de Naturaleza de D. Diego Colon irmano del Almirante ... registado no mesmo Arquivo de Simancas que começa "Don Fernando y Doña Isabel por la gracia de Dios ...

Assim prova-se que as palavras que foram metidas antes dos nomes do Rei e Rainha eram fora do normal para aqueles reis e deve-se de suspeitar logo deste documento e ler-lo com MUITA cautela porque é suspeito e sendo suspeito depois encontra-se logo a prova da falsificação quando se lê "...nuestra carta de licencia, firmada de nuestros nombres en ella inserta, escrita en pergamino[§], é fecha en esta guisa:--"En la muy noble cibdad de Sevilla, jueves en veinte y dos dias del mes de Febrero, año del nascimiento de nuestro Salvador Jesucristo de mil é cuatrocientos é noventa y ocho años, ....
Quem não apanhou até aqui a falsidade do pergaminho quando aquela de martin Rodriguez disz que era em papel, nem deu pelo falsidade da data que mete não somente um MÊS e DIA onde antes era em branco mas muda o ano de 1497 para 1498 pode também não apanhar a maior prova da falsidade que é onde lê-se na págiona 142 que
o “mandamos al príncipe D. Juan, nuestro muy caro é muy amado fijo” não sei como o filho dos Reis Católicos poderia estar ali sem ser em alma, o qual estava já morto 4 anos, sim QUATRO anos, antes desta data. Mas mesmo assim o Rey e a Reyna não tiveram nenhum problema em assinarem seus reais nomes? Que patetas.

Fica assim clarinho que tanto o texto florido dos Deuses e Santos adicionados antes dos nomes dos Reis Católicos e único exemplo de tal texto, as datas mixturadas com a nobre Cidade de Sevilha, o pergaminho e ainda a misteriosa reencarnação do Principe D. Juan em 1501 que o documento é falso e que os Reis nunca assinariam tal disparate.

É incrivel para mim encontrar tantas coisas que foram falsificadas em volta deste homem e que por séculos são apontadas como verdadeiras.
Não são verdadeiras.
Não era o Testamento de 1498 e também não o é o suposto documento de Simancas com data de 1501.
E desta forma cai por terra o apoio narrado de Navarrete ao Testamento falso e na mesma acçõa leva consigo lá do alto o Altolaguirre.

1 comentário:

  1. o Principe D. Juan aparece num documento de 1501 assinado pelo rei e rainha de Espanha e ninguém notou? .... ah, ah, ah, ah, ah, clap, clap, clap, é de cair a rir

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