domingo, janeiro 27, 2008

O naufrágio do Colombo

No passado dia 22 de Janeiro, a RTP 2 dedicou a edição do seu programa “Sociedade Civil” ao tema “Cristóvão Colombo era Português?”.
Apresentado por Fernanda Freitas, teve como convidados o Ten-Cor Brandão Ferreira, o Prof. José Manuel Garcia e o escritor José Rodrigues dos Santos.
O trabalho jornalístico de Tânia Madeira incluiu ainda extractos do documentário “Enigma Colombo” (apresentado pela primeira vez no canal Discovery em Outubro de 2005 e depois repetido na RTP 2), reportagens na Vila de Cuba e entrevistas com Mascarenhas Barreto - autor de livros defendendo a nacionalidade portuguesa de CC, Prof. José Hermano Saraiva – historiador, Carlos Calado – do Núcleo de Amigos da Cuba e Drª Isabel Pires de Lima – Ministra da Cultura.

O vídeo do debate está disponível na página Internet do programa Sociedade Civil (referente ao dia 22 de Outubro de 2008) http://ww1.rtp.pt/multimedia/index.php?tvprog=20544 (Também no fim desta página pode-se ver alguns segementos no You Tube)

Tendo sido já amplamente divulgados e desenvolvidos neste blog os vários aspectos que apontam para a nacionalidade portuguesa do Almirante Cristóvão Colon, vamos apenas destacar neste artigo os aspectos mais marcantes das intervenções do Prof. José Hermano Saraiva (entrevista gravada) e do Prof. José Manuel Garcia (debate em directo).

O Prof. José Hermano Saraiva afirmou peremptoriamente que Colombo era Italiano, Genovês, filho de um cardador de lãs, e que há muita documentação sobre isso. Os argumentos daqueles que defendem uma possível origem portuguesa nem chegam a ser argumentos, pois não há nenhum Historiador Profissional que ponha em dúvida que Colombo era genovês.
Quem defende a origem portuguesa são meros curiosos portugueses, com argumentos de pura fantasia…
Para explicar porque é que o Almirante fazia mistério em torno das suas origens, nunca as tendo mencionado, o Prof. José Hermano Saraiva afirmou que Colombo não gostava de falar do seu passado, e que para isso só há uma explicação lógica: é que Colombo era de raça judaica e os judeus já eram perseguidos, precisamente pelos Reis Católicos. Se soubessem que ele era judeu nunca o nomeariam Almirante….

Sobre o argumento do Almirante não saber italiano, o prof. José Hermano Saraiva disse que Colombo nunca escreveu uma linha em português, ele não sabia português. Que Português seria este que não sabia português? Logo afirmando novamente que nunca ninguém pôs a hipótese do Almirante ser Português senão alguns curiosos, amadores, fantasistas…
Ele diz claramente, um filho dele escreveu sobre a vida dele.
A propósito do casamento de CC com Filipa Moniz Perestrelo, e do argumento que o navegador deveria ser um nobre para poder casar com Filipa Perestrelo, o Prof. José Hermano Saraiva afirmou que Colombo não era de alta nobreza e que um nobre nunca ia descobrir terras, isso era para os aventureiros, povo, que eram nobilitados depois de prestar serviços à Coroa. Um nobre não se metia num barco, um local duro, onde se passava fome.

Para o Prof. José Manuel Garcia, Colombo era Genovês. Não consegue visualizar nenhum documento, nenhuma fonte que indique que pudesse ter outra nacionalidade

"Não tenho dúvidas. No dia 25 de Agosto de 1479, Colombo (não faço finca-pé no nome, pois não havia uma forma única de escrever e o próprio cronista António Galvão o escreveu no mesmo documento com três grafias diferentes). O único português que conheceu Colombo, ao vivo foi Ruy de Pina, o grande cronista Ruy de Pina, que escreveu em 1504: Colonbo ytaliano. Depois o cronista seguinte, o grande historiador João de Barros, chamou-lhe Colon e disse que era genovês.
Pois em 25 de Agosto de 1479, Colombo apresenta-se num cartório notarial em Génova onde declara que tem 27 anos e vai partir no dia seguinte para Lisboa, por causa de um negócio de açúcar. Naquela época havia italianos, que tinham negócios de açúcar na Madeira. Ele trabalhava para a firma de Paolo di Negro. Este documento é verdadeiro, não apresenta quaisquer dúvidas" (Nota – Documento Asseretto)
Sobre a origem, o Prof. José Manuel Garcia afirmou que a origem seria humilde, embora isso possa ser discutível.
Sobre a possibilidade de alguém de baixa classe poder chegar até à Corte, o Prof. José Manuel Garcia referiu outros estrangeiros como o alemão Behaim e o flamengo Dulmo, admitindo que não seriam de tão baixa classe quanto Colombo, o qual seria caso único. Os próprios Perestrelos eram de origem italiana. Ascenderam à nobreza mas não à nobreza mais alta.
"Colombo aparece cá em Portugal, por volta de 1476, não se sabe bem em que circunstancias, não se sabe se foi numa batalha naval.
Chegou cá numa má altura, não havia descobrimentos, porque Portugal estava em guerra. Portugal atacava os espanhóis que queriam ir à Guiné. Colombo vai-se dedicar a negócios e casa com a Filipa Perestrelo.
Colombo apresentou a ideia ao Rei D. João II, mas não foi Colombo que a descobriu. Foi Toscanelli, outro italiano que, em 1474 apresentou a teoria ao Rei D. Afonso V, mas este não se interessava por isso e quem se interessou foi o seu filho, o príncipe D. João (Nota: depois Rei D. João II).
D. João perguntou aos seus sábios qual seria o melhor caminho para chegar à Índia, e os sábios disseram que era pelo Oriente, contornando a África.
Depois, não se sabe como, Colombo descobriu a teoria de Toscanelli e veio apresentá-la a D. João II, que a recusou, e então ele foi oferecê-la aos Reis Católicos. Sabemos de Toscanelli porque Colombo copiou a carta de Toscanelli."
As provas que permitem estabelecer a ligação entre o genovês Colombo e o Almirante Colon são o documento Asseretto, o testamento de 1498 e a crónica de Ruy de Pina.

Colocado perante a divergência entre a data de nascimento de Colombo deduzida a partir do documento Asseretto e dois escritos do próprio Almirante, o Prof. José Manuel Garcia disse que quando o Almirante se queixou ao Rei D. Fernando, o Católico, que tinha estado 14 anos a tentar convencer o Rei português (Nota: o que pressupunha que estava em Portugal em 1470), poderia estar a mentir, porque isso não bate certo com coisa nenhuma…
"Tenho por bom o documento Asseretto, que é da época e não é viciado." (Nota: curiosamente não tem selo notarial, não foi assinado, não há testemunhas, não se identifica o declarante com os nomes dos pais, etc, etc)
"Colombo, quando veio para Portugal tinha pouca formação. Não sabia escrever italiano. Começou a aprender cá, português e castelhano. Em Castela era conhecido por Português porque tinha vivido cá.
Ele escrevia castelhano com muitas palavras portuguesas, mas não usou o infinito flexionado, que só os portugueses usam."
Ainda sobre a ascensão social de Colombo o prof. José Manuel Garcia afirmou que também ascendeu socialmente em Portugal um seu concorrente que esteve quase para descobrir a América: Martin Behaim, e que Colombo ascendeu porque descobriu a América, senão não tinha ascendido.

Confrontado com vários dos problemas encontrados no testamento de 1498, o prof. José Manuel Garcia disse que, embora continuasse a achar que era verdadeiro, dava de barato o testamento, pois não tinha aprofundado o seu estudo. O documento Asseretto era então mais seguro.

Confrontado então com os problemas do documento Asseretto, o prof. José Manuel Garcia agarrou-se à crónica de Ruy de Pina, dizendo que havia mais cronistas… que copiaram Ruy de Pina, limitaram-se a repetir o que ele escreveu, segundo os contra-argumentos.

Mas Ruy de Pina não escreveria o que fosse mais conveniente para o seu Rei de Portugal?

"Sem dúvida que a história nunca acaba e está em permanente reconstrução. Convém, no entanto, não pôr tudo em causa senão ninguém se entende. Nada obsta a que Colombo seja italiano. Seria um italiano de origem humilde que ascendeu socialmente. Por exemplo Diogo Cão só ascendeu depois de realizar os seus feitos, Bartolomeu Dias nunca passou de simples escudeiro, ao contrário Vasco da Gama era já um fidalgo, filho do Alcaide de Sines, assim como Pedro Álvares Cabral, que era filho do Alcaide de Belmonte."

Nota final:
O Prof. José Manuel Garcia afirmou que Colombo tinha chegado a Portugal por volta de 1476, não se sabe bem em que circunstâncias.
Eu creio que se sabe muito bem em que circunstâncias: foi num naufrágio. O naufrágio do Colombo genovês. Um eterno náufrago.

27 Jan 2008
Carlos Calado

sexta-feira, janeiro 25, 2008

Como se atraía espiões para o serviço do Rei

Carta do Ministro Português João de Mendes de Vasconcelos desde Logronho ao Rei D. Manuel I. (Torre do Tombo, Gav. 15, maço 10, número 36, Transcrita por Navarrete no Tomo 3 pg. 140)

Senhor,
João Diz de Solis, o piloto, que me Voss’ Alteza escreveo que lhe diserão que hia a Malaca, está aqui; e mandeio muitas veze puscar, e oje falei co ele, e veo co ele hu seu irmão, que diz que foi a India, e que tem na casa da India mais de trezentos ducados. E o que tomei de Joaõ Diz he, que had d’ir como vier h’Abril cõ tres navios; a saber, hu de cento e setenta, e outro d’oitenta, e outro de quarenta tonés : diz que ha d’ir ver e demarcar o de Castela : e a pratica foi muito larga ; e o que d’ele nela pude tirar he, que aa ele lhe parece que Malaca caee na demarcacao do de Castela : é eu lhe disse tudo o que me pareceo que compria a voso serviço ; e ele se me fez muito agravado de Voss’ Alteza, e o principal agravo he não lhe pagarem o que se lhe deve, e diz que tem tres alvaraes de Voss’ Alteza para que se lhe page o que se lhe deve na casa da India, e que nem por eles, nem por servir, nem por nada, nunca lhe pagarão hu soo real d’ oitocentos cruzados que diz que tem na casa da Índia ; á qual cousa lhe não crî, porque ainda que não fora senão por descargo da conciencia de Voss’ Alteza se deverá de fazer, canto mais as táes pesoas, se bem servem, e que não tem outra cousa de que viver : e diz que desesperado de se lhe não pagar, se veo qua. Eu não sei nada do mar, e com tudo digo, que me parece que ele fala no mar, como quem sabe o que fala : e diseme, que lhe screverão de Malaca hua carta de três folhas de papel, das demarcações e grados e linhas, por os quaes ele cuida que Malaca he do de qua ; é diz que tãobem lhe screverão que Alfonso d’ Albuquerque fizera hua armada pêra o chis, que são mais de quatrocentos legoas dentro da demarcação de Castela, e que de Lisboa partirá outra a parte das Antilhas, que muito craramente he de Castela. Aqui está hu Ourives, a que chamao João Anriques, o qual esteve na Índia ; e também se me fez agravado, e Voss’ Alteza lhe deve certo denheiro ; este me dise que armavão os três navios em Lepe, e que o Joaõ Diz hia por capitão principal, e que ele hia em hu dos nacios poer xaputao e qe avião de paartir em Marco e que ele sabe mais das alturas que Hão DIZ e asi hu filho seu e que mostrara que Malaca está na demarcação de Castela. Pergunteilhe o que lhe davão e diseme que agora asentara cô el Rey e que lhe davão cando servise vinte e cinco mil e cando não vinte mil. Eu dise a hu e a outro a cada hu por si, como se qua pagavão estes asentos e tudo o mais que a esta matéria compria ; e pareceme que se Vossa Alteza dese a este Joaõ Anriques doze ou quinze mil reis cad’ anno que se iria pera Portugal a servivos e que levara seu filho que diz que sabe tanto com’ ele. O Joaõ DIZ de Solís diz que lhe dão qua duzentos cruzados cad’ anno e que lhos pagão a os terços em Sevilha na casa das Antilhas e mais que he piloto mor e outros ventos : este não sei se se poderia así arancar por diz que se lhe não guardarão jaa por duas vezes os vossos alvaraes ; mas con tudo ! boo penhor, hé ter ele la oitozentos cruzados e o irmão trezentos! Mas o Anriques pareceme que logo se iria porque ele e a molher são portugueses e fez-se-me tão prove que foi necesareo darlhe dinheiro por saber dele o que pasava e ele me dise que de Sivilha screvera ja a Vos’ Alteza desta armada que se fazia e que escrevera a Vosa Alteza que mandase a ele algu piloto ou quem soubese do mar pêra lhe dar algus avisos que comprião á vosso serviço. Destes homes não conheço nada e eles me dizem que cuidão que estarão aqui pouco e que se irão pêra suas casas que são em Sevilha a d ‘Anriques e em Lepe a do Solis ; mas por o que deles me parece folgaria muito por o remdiar isto de maneira que vos não façao tal desserviço que seja maao de remediar porque tode las cosas tem começo, Nosso Senhor goarde e acrecente a vida e muito real estado de Vossa Alteza e lhe de todo o que deseja, de Logronho a 30 de Agosto 1512.

quinta-feira, janeiro 24, 2008

Armas Colombinas

HERÁLDICA COLOMBINA:
Um brasão poderá solucionar a identidade de Cristóvão Colombo?


Pressupostos:
1-Na época dos Descobrimentos, nos Reinos Peninsulares, incluindo Portugal, pelo facto de existir política de sigilo, era possível a um homem entrar num outro país com um nome falso ou adoptado. Porém o uso de armas era averiguado pelos oficiais de armas (mesmo, nos casos de Portugal e territórios da actual Itália, em que se conhece a existência de armas plebeias), para evitar a usurpação de armas, a fraude e a univocidade das mesmas (a cada possuidor suas armas).


2-Cristóvão Colombo usava armas antes de 1493, tendo-lhe sido concedido um acrescentamento honroso pelos Reis Católicos aquando da descoberta do Novo Mundo.
3-As armas anteriores a 1493 não seriam plebeias, uma vez que Colombo utilizava antes dessa data (a designação aparece logo no texto das Capitulações de Santa Fé), o tratamento de Don, o que significa que, ....(Ler o resto deste artigo do David Silva aqui)

quarta-feira, janeiro 23, 2008

Comentários fora do Comum

Caros participantes.
Como sabem aqui não se acredita em censura. Não queremos ser responsáveis pelo que os outros escrevem nos seus comentários uns com os outros mas também devem escrever responsávelmente. Vi-me obrigado a remover o comentário de:
Anónimo Ultramar disse...
Terça-feira, Janeiro 22, 2008 4:04:00 AM
Pelo conteúdo de palavras que nunca se deve usar em público. Como já no passado o Manuel Rosa disse podem discordar tanto quanto quizerem só não usem palavras que crianças não devem ver. Este não é um blog só para adultos. Censurem-se a si próprios e não nos forcem a ter que moderar os comentários como acontece com o blog dos nossos contrários na Pseudo-História Clombina.
Muito Obrigado

segunda-feira, janeiro 21, 2008

Outro Testamento Falso nos Arquivos de Espanha

Customa-se dizer nos EUA "Where there is smoke there is fire" e no caso das falsidades envolventes do Mistério de Colon hesiste muito fumo. Tendo já provado a falsidade do Testamento de 1498 resolvi investigar mais a fundo os documentos relacionados com o Almirante Colon escondidos nos Arquivos de Espanha. É incrivel para mim ver como documentos claramente falsos são mantidos nos arquivos e ainda por cima não terem junto a eles nenhuma nota que o documento é falso ou pelo menos duvidoso. Um caso patente é o Codicilho Militar que embora esteja provado que é falso em todos os sentidos é guardado nos arquivos de Espanha como um documento verdadeiro.
Igualmente é o caso do Testamento falso de 1498 e agora temos mais um e esse é o Testamento de 1449 de Domenico Colombo transcrito em 1586.
Falsidade mais patente não poderia hesistir e não sei como os historiadores e invetsigadores não notam estas falsidades.
O documento, um suposto testamento de Domingo Colombo de Cogoleto feito em 1449 aparece no Archivo Histórico Nacional debaixo da classificação: DIVERSOS-COLECCIONES,41,N.15
Aqui vão três imagens para não meter o documento inteiro, notem que este foi também escrito em 1586 durante o Pleito para a herança e é outro dos documentos claramente apresentados por Baltasar Colombo. Não vou dar muitas explicações porque não o merece. Somente aponto para a data do Testamento 1449 e que já eram vivos os três Colombos Cristóvão , Bartolomeu e o Jacome. Como se vê os falsos herdeiros Colombos não paravam e a eles devemos hoje muita da confusão sobre o Alimrante.






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segunda-feira, janeiro 14, 2008

O Testamento Falso de 1498

Para melhor se entender o testamento falso de 1498 meto aqui a primeira e a última página.
Notem que o documento não começa nem com o local onde foi feito nem com uma
data e termina com uma data sem local e sem algum notário ou testemunhas.

Notem também que termina com "y sea causa de mucho bien y descanso de su ánima.
Fecho en 22 de Febrero de 1498" sem local algum e como a sigla e a data foram
corrigidas e que o documento não está na letra de C. Colon.

quinta-feira, janeiro 10, 2008

Prémio de Navarrete para Manuel Rosa

Após tantas vezes de eu apontar o dedo aos erros dos outros chegou a o ponto de apontar os meus.
Graças ao Sr. Coelho, que não aceita que a história de Colon foi mal contada e que anda empenhado em provar que o MCR não mostra que a história estava errada, temos que revisar o que está escrito sobre os Juros do Banco de S. Jorge nos anos de 1498 e de 1573 no MCR.

No Mistério Colombo Revelado dissemos que o juro de 1573 era de 6% segundo o estudo do Prof. Fratianni e que o juro em 1498 era de 2.8 por cento segundo Carlo Cuneo. Agora, depois do esclarecimento feito pelo Sr. Coelho parece que o MCR está errado 100% nestes dois pontos.
No meu atento a esclarcer o que se passou com esta confusão do nosso lado vou pegar primeiro pelo erro de dizer que Carlo Cuneo deu o juro de 2.8% para 1498. No artigo o Prof. Fratianni disse na página 6 que:
"Each compera, or debt issue, was divided in units called luoghi with a nominal value of lire 100."
Cada Logo era 100 lire. Nós fizemos aquilo que acusamos os outros de fazer "presumimos" que os logos eram de 100 lire para todos os anos e que quando Carlos Cuneo dá 2.8 lire que era assim 2.8%. Nem eu nem o Eric Steele demos pelo nosso erro como é evidente o Sr. Coelho deu pelo erro e fez-nos um grande serviço em apontar esse erro.

Este dos 2.8% é um erro mas não é tanto grande como aquele que cometi com os 6% de juro em 1573. Garanto que tenho andado ás voltas nos últimos dias em busca de como cometi esse erro. Eu sei que vi 6% e 1573 num artigo de Fratianni em 2004 mas por mais voltas que dei no meu Computador em busca desse artigo não dou com ele. Assim não posso explicar como errei nos 6% em 1573.
Quando estávamos na última fase do livro a fazer correções e a averiguar os nossos dados decidimos confirmar os nossos factos com o Prof. Fratianni.
Eu escrevi ao Prof. Fratianni para averiguar se houve mais algum ano em que o juro foi 6% para além de 1573. Não sei como ele também não deu pelo facto que eu estava a dar 6% de juro para o ano de 1573.
Durante este processo nós não nos esclarecemos muito com o Prof. Fratianni por isso não posso culpar-lo de forma alguma. O erro foi nosso.

O juro em 1573 não era afinal os 6% que eu disse no MCR mas 4.11%. Depois fui á biblioteca da Universidade onde consultei o livro de Carlo Cuneo em busca de mais alguma informação sobre 1498 mas nada para além do que meti no livro. Depois consultei o livro de Carlo Cipolla também referenciado por Fratianni e consegui confirmar o juro de 4.11% para 1573 numa tabela dos anos 1522 a 1625 e também vi que nenhum desses anos tem um juro de 6%. (Espero de um dia poder entender como e onde fui buscar os 6% em 2004). Infelizmente Cipolla não mostra dados para anos anteriores a 1509.
Lá vou eu para o Google onde encontrei o seguinte livro Economic and Social History of Europe in the Later Middle Ages (1300-1530) cujas imagens estão abaixo onde se lê que o juro de 1498 era de 4%.


Reforçamos assim dois pontos:
1- o juro em 1498 não era "seis por cento" como diz o Testamento de 1498 "

2- Ninguém poderia entrar em novos negócios com o banco entre 1445 e 1530 porque o banco estava fechado a todos que não eram já donos de Logos, colectores de taxas ou parte do Governo da Génova.
"The bank was closed to the outsiders –that is, those who were neither luogatari, nor tax farmers, nor government—from 1445 to 1530." - Fratianni
Ficando assim de novo as provas que as seguinte frases não foram escritas por C. Colon sobre um banco que estava fechado, que fechou em 1445 por ter o seu futuro incerto e que estava a apagar só 4 por cento de juro em 1498 e não 6 por cento:

....y asimismo lo suplico al Rey y a la Reina Nuestros Señores y al príncipe D. Juan, su primogénito Nuestro Señor, y a los que le sucedieren, por los servicios que yo les he fecho: e, por ser justo, que les plega y no consientan ni consienta que se disforme este mi compromiso de mayorazgo e de testamento, salvo que quede y esté así y por la guisa y forma que yo le ordené para siempre jamás, porque sea servicio de Dios Todopoderoso y raíz y pie de mi linaje y memoria de los servicios que a Sus Altezas he hecho, que, siendo yo nacido en Génova, les viene a servir aquí en Castilla y les descubrí al Poniente de tierra firme las Indias y las dichas islas sobredichas. .....

Item mando al dicho Don Diego mi hijo, o a la persona que heredare el dicho Mayorazgo, que tenga e sostenga siempre en la ciudad de Génoba una persona de nuestro linaje, que tenga allí cassa y mujer, e le ordene renta con que se pueda bibir honestamente, corno persona llegada a nuestro linaje, y haga pie e raíz en la dicha ciudad como d'ella, porque podrá aver de la dicha ciudad ayuda e favor en las cosas de menester suyo, pues de aí salí y en ella nazí.

Item que el dicho Don Diego, o quien heredare el dicho Mayorazgo, enbíe por vía de cambios o por cualquiera manera que él pudiere todo el dinero de la renta que él ahorrare del dicho Mayorazgo, e haga comprar d'ellas en su nombre e de su heredero unas compras que dicen logos, que tiene el oficio de San Jorge, las cuales agora rentan seis por ciento y son dineros muy seguros, y esto sea por lo que yo diré aquí.

Item porque a persona de estado y de renta conviene por servicio de Dios y por bien de su honra que se aperciba de hacer por sí y se poder baler con su hacienda, allí en San Jorge está cualquier dinero muy seguro, y Génoa es ciudad noble y poderosa por la mar ... y se no tuviere para conquistar, le darán a lo menos para parte d'ello, y ansí que ayente y haga caudal de su tesoro en los logos de San Jorge en Génoa, y aí multiplique fasta que él tenga cantidad que le parecerá y sepa que podrá hacer alguna buena ....

Item mando al dicho Don Diego, o a quien poseyere el dicho Mayorazgo, que procure y se trabaje siempre por la onra y bien y acrecentamiento de la ciudad de Génoa, y ponga todas sus fuerças e bienes en defender y aumentar el bien. e honra de la República d'ella, no yendo contra el servicio de la Iglesia de Dios e alto estado del Rey o de la Reina, Nuestros Señores, e de sus sucesores.

Ai meu Deus tanta Génova tanta Génova num Testamento em 1498 mas no Novo Mundo não se lembrava de dar um só nome da sua querida Génova nas duas últimas viagens para ter lugar de usar os nomes Portugueses que usou!

segunda-feira, janeiro 07, 2008

Quem Atira Pedras Tem Que Estar Pronto Para Se Agachar

Ou Frustrado Com Fratianni.
Na minha busca da verdade e de factos verdaderiros em torno da vida de C. Colon por mais de 16 anos eu tenho tentado provar ou negar cientificamente uma multitude de pedacinhos da história. Para quem leu o livro sabe que muita coisa tinha sido inventada sem provas, que havia muita falsificação e que havia muita invenção. No meu modo de provar ou desprovar as coisas cientificamente apoiei-me en peritos de diferentes matérias.
Assim fui bater á porta do Professor Fratianni que tinha investigado o Banco de S. Jorge da Génova durante a época de C. Colon e encontrei que o juro de 6% era apontado só para o ano de 1573.
Tentei apurar ainda melhor com esse Professor (sempre com cuidado de não lhe deixar saber o que eu estava a investigar) se o juro de 6% era também atribuido a outros anos e se quando ele dizia que o banco estava fechado se havia alguma possibilidade de entrarem novos sócios para comprar os logos.
Escrevi o meu livro apontando os "factos" que eu tinha apurado de que o juro de 6% era só para 1573. Hoje o Sr. Coelho conseguiu revistar o artigo do Prof. Fratianni não encontrando lá a tal tabela de 6% para 1573. Não acreditanto o que lia fiz logo uma busca na Internet e encontrei exactamente aquilo que o Sr. Coelho encontrou.
Era inacreditável mas era verdade.

Rebusquei nos meus emails e embora não tenho os emails do meu co-autor trocados com o Prof. Fratianni tenho uns meus em que posso ler uma troca não muito especifica sobre o juro de 6%. Como eu não queria dar muita informação ao professor limitei-me a falar em termos gerais e como eu tinha visto o juro de 6% não achei necessário guardar esse artigo. Achei que era suficiente ter-lo lido e mais tarde para usar-lo como referência quando apontava esses factos fiz outra busca na Internet em busca do artigo e meti a informação na nota do meu livro sem sequer notar que este artigo era diferente até mesmo na data publicado, apontei:
DID GENOA AND VENICE KICK A FINANCIAL REVOLUTION IN THE QUATTROCENTO?
by
Michele Fratianni* and Franco Spinelli**
Second draft: September, 2005

Como já disse, hoje com a mensagem do Sr. Coelho na Genea fui logo em busca na Internet e encontrei um artigo que não menciona os 6% de juro para o ano de 1573. Não, eu não pensei logo que tinha perdido o juízo mas fiquei deveras perturbado. Pois não era só o facto do juro ser 6% mas de ter sido mesmo no ano de 1573 que me dava jeito a provar a data da falsificação e que essa era após a morte do 3º Almirante em 1572.
Uma coisa é certa o juro em 1498 não era 6% e assim o documento é falso mas eu gostava de poder manter a prova que a data da falsificação era depois da morte de 3ªAlmiranre a qual falsificação não tinha razão de ser feita antes de 1572.
Mas nem tudo está perdido acredtiando que o artigo que li 4 anos artrás ainda poderia estar escondio nalgum servidor nesta grande Internet segui buscando mas sem o conseguir ainda. O que consegui foi outro com titulo de:

(Final draft for publication in the Review of Finance)
GOVERNMENT DEBT, REPUTATION AND CREDITORS’ PROTECTIONS: THE TALE OF SAN GIORGIO
by
Michele Fratianni*
no qual artigo pdoe-se ver a seguinte Tabela na página 35 que mostra um juro de 5.90 para os anos 1571-1622. Pelo que parece o Professor Fratianni tem usado quase o mesmo artigo para publicar em diferentes lugares só mudando um pouco aqui e ali os dados. Ainda não consegui encontrar o artigo que li em 2004 mas pelo menos neste pode-se ver que o juro que era cerca de 6% começou em 1571 e aponta para aquilo que li inicalmente mas se não encontrar o artigo vou-me ver forçado a mudar a data da falsificação para os anos entre 1571 (ano em que primeiro aparece um juro de quase 6%) e 1588 ano em que o Almirante de Aragão foi preso por esconder o Testamento verdadeiro.

A vida de Cristóvão Colon é um tema que tem já bastante confusão em si e eu não quero trazer mais confusão. Se eu vier a confirmar com o Professor Fratianni ou de outra forma que o juro de 6% não era só em 1573 fica em aberto o ano exacto da falsificação mas nunca fica em causa a falsificação. Fico grato ao Sr. Coelho pelo apontamento e espero que mais alguém que encontre erros ou coisas mal esclarecidas me deixe saber.

domingo, janeiro 06, 2008

Má Narração de Navarrete

O labirinto dentro da floresta que sustenta a falsidade da história de Cristóvão Colon é imenso e para aqueles que não estiverem bem preparados para entrar nesta floresta ele torna-se num beco sem saída. Por 500 anos têm crescido os vários galhos desta floresta sem ninguém os poder pudar e foram-se acrescentado e formando uma embrulhada que tapa o Sol da verdade a muitos. Quem se fiar nas palavras de outro sem estar bem preparado para as decifrar se as tomar como verdadeiras sendo elas falsas jamais sairá desta confusão.
No meu livro eu provei que o Testamento de 1498 era 100% falso e inventado após o ano de 1573. No artigo anterior a este eu expliquei como Altolaguirre entrou no labirinto seguindo Navarrete e agora ponho aqui as páginas relativas do livro de Navarrete para que todos vejam que as provas que apoiavam o testamento falso caem por terra quando se olha para elas com a claridade merecida.


Colección de Viajes de don Martín Fernández de Navarrete, Tomo 1

Nas três páginas acima sobre um documento que Navarrete diz ter encontrado no Arquivo de Simancas mas que nem Altolaguirre nem jamais algum encontrou, Navarrete diz, (implica, presupõe ou mente de propósito), que este vem confirmar o Testamento falso de 1498 e que "fué en la muy noble cibdad de Sevilla, jueves, en viente y dos dias del mes de Febrero, año del nascimiento de nuestro Salvador Jesucristo, cabalmente el mismo dia que habia otorgado su testamento ante Martin Rodriguez..."
Isto é mentira.
E parece ser de propósito que Navarrete deixa fora o número do ano. Não mete 1497 nem 1498 porque é uma caldiação de dois documento. Este é mesmo um labirinto e Navarrete parece fazer-lo de propósito.

Quando digo que Navarrete parece andar a “brincar ás escondidas” com os documentos é porque meteu uma parte na Introdução apontando para o documento Número 126 que é composto pela transcrição da Cédula Real de 1497 e pelo Testamento falso de 1498.
Depois nesse Número 126 diz que está provado pelo outro da Introdução brincando com os dados e as datas dos dois documentos.

Na Introdução, página 140 do TOMO 1 escreve:
En el número 126 de la Colecion Diplomática insertamos el testamento que otorgó D. Cristóbal Colon en 22 de Febrero de 1498, en el cual contiene la institucion de su mayorazgo....
Depois vejam a imagem da página 141 da Introdução onde ele mete como descrição não o texto do Testemento de 1498 mas sim aquele da Cédula Real de 1497 que não tinha dia e mês dando-lhe agora um dia e mês mas deixa fora de propóstio o ano de 1497 quando aqui diz que era de 1498.
Porque o texto da Cédula Real é o que começa com “En la noble ciudad de Sevilla....”
Enquanto texto do Testamento falso começa “En el nombre de la Santísima Trinidad...”
Não são a mesma coisa.

Para começar Navarrete não mete os documentos juntos no mesmo Tomo. Meteu sim num Tomo aquilo que ele chama "Documento Diplomático" e com Número CXXVI que começa na página 259 assim:
Facultad al Almirante D. Cristóbal Colon para fundar uno ó mas Mayorazgos. (Copia legalizada por Alonso Lucas, Juan Fernandez y Martin Rodriguez, Escribanos de Sevilla, en veinte ocho de Mayo de mil quinientos uno, existente en el Archivo del Duque de Veraguasm, Regist. del Sello de Corte en Simancas) ; y Testamento, é institucion del mismo Mayorazgo hecha por el Almirante, (Copia de las que se presentaron en los autos y litigios seguidos de antiguo seguidos sobre la sucesion de esta Casa.)

1497 23 de Abril
En la muy noble Ciudad de Sevilla á ( em branco ) del mes de ( em branco ) año del Nacimiento de nuestro Salvador Jesucristo de mil y cuatrocientos y noventa y siete anõs, estando dentro de las casas donde posa el muy magnífico Sr. D. Cristóbal Colon, Almirante mayor del mar Océano, Visorey y Gobernador de las Indias y tierra-firme, por el Rey y la Reina nuestros Señores y su Capitán general del mar, que son en esta Ciudad, en la colacion de Santa María, estando ahí presente el dicho Señor Almirante, y en presencia de mí Martín Rodríguez, Escribano público de la dicha Ciudad y de los Escribanos de Sevilla que a ello fueron presentes; e luego el dicho Señor Almirante presentó ante nos los dichos Escribanos una carta de licencia para que pudiese facer Mayorazgo, del Rey y de la Reina nuestros Señores, escrita en papel [§] y firmada de sus Reales nombres, y sellada con su sello á las espaldas, y firmada del Señor Doctor Talavera, segun que por ella parece: su tenor de la cual, de verbo ad verbum, es este que se sigue:
Y asimismo este es traslado de una Carta de Mayorazgo
escrita en papel [§], y firmada del nombre de su Señoría del dicho Sr. D. Cristóbal Colon, segun que por ella parecía, su tenor de la cual de verbo ad verbum, es este que se sigue:
Don Fernando e Doña Isabel &c. Por cuanto vos, D. Cristóbal Colon .....
(segue assim a transcrição da autorização de Cédula Real para fazer Mayorazgo de 1497 que termina na página 264 com as seguintes assinaturas)
.... Dada ne la Ciudad de Búrgos á veinte y tres dias del mes de Abril, año del Nacimiento de nuestro Señor Jesucristo de mil cuatrocientos y noventa y siete años.=YO EL REY.=YO LA REINA.=Yo Fernand Alvarez de Toledo, Secretario del Rey y de la Reina nuestros Señores, la fice escribir por su mandado.=Rodericus, Doctor.=Registrada.=Alonso Perez.
(Continua logo a seguir assim a página 264 referindo ao Testamento falso de 1498 como)

Institucion de Mayorazgo
1498 22 de Febr.
En el nombre de la Santísima Trinidad, el cual nos puso en memoria y después llegó a perfeta inteligençia que podría navegar e ir a las Indias desde España pasando el mar Océano al Poniente, y assí lo notifiqué al Rey Don Fernando y a la Reina Doña Isabel Nuestros Señores, .....
(segue o texto completo do testamento falso de 1498 que termina na página 274 com)
....... Item mando a Don Diego, mi hijo, o a quien heredare el dicho Mayorazgo, que cada vez y cuantas veçes se obiere de confesar, que primero muestre este compromisso o el treslado d'él a su confesor, y le ruegue que le lea todo, porque tenga raçón de lo examinar sobre el cumplimiento d'él, y sea causa de mucho bien y descanso de su ánima.
Fecho en 22 de Febrero de 1498
.S.
.S.A.S.
XMY
El Almirante

Segue logo aqui a NOTA de Navarrete cuja imagem vai aqui em que fala das dúvidas deste testamento e apoia a sua veracidade dizendo que nos Arquivos de Simancas está a tal “nunca mais vista” confirmação que mesmo se ela existe eu mostro mais abaixo que ela é falsa.


Colección de Viajes de don Martín Fernández de Navarrete, Tomo 2

Navarrete mete estes dois documentos de tanta importância um para o outro em Volumes diferentes e atribui á transcrição da Cédula Real de Autorização de Mayorazgo uma data de dia e mês que não está lá e ajuntando á mesma data o Testameto falso de 1498. A um documento verdadeiro, mas sem dia e mês, com ano de 1497 dá-lhe o dia e mês de um documento falso mas não lhe dá o ano de 1498 que está no documento falso.
Parece que Navarrete está a tentar enganar-nos de propósito. Talvez pensasse que metendo tantas páginas entre os dois documentos já quando se lia de um não se lembrava dos pormenores do outro e assim passava em frente as duas datas baralhadas como uma tal e qual como a aceitou Altolaguirre.
Não devo de suspeitar Navarrete porque ele não teria nada a ganhar com isto mas acuso-o de não ser rigoroso neste caso e de dar mais valor ao documento de Simancas do que ele merece porque esse documento está claro que faz parte da falsificação pelo cabeçalho antes do nomes dos reis e pelo nome do Príncipe D. Juan e ainda por ser um pergaminho enquanto o Martin Rodriguez disse que era em papel.
Isto não é muito bem entendido sem ver a imagem da página 141 de Navarrete.


Mas o documento de Simancas se ele existia foi com toda a certeza metido lá por Baltasar Colombo ao mesmo tempo que as folhas dos Registos de Martin Rodriguez para Fevereiro de 1498 foram roubadas.
A falsificação aparenta-se no texto estranho que encabeça o documento com todos os seus Santos, celestiais, Pai, Filho e Espirito Santo etc. coisa que os Reys Católicos nunca usaram. Para confirmar que esta não era uma nova forma dos Reis Católicos começarem agora as suas cartas aponto para a página 318 do Tomo 2 em que a 16 de Setembro de 1501 um documento cujo original Navarrete diz estar no Arquivo dos Duques de Veragua e registado no mesmo Arquivo de Simancas começa "Don Fernando y Doña Isabel por la gracia de Dios, Rey Reina de Castilla...
Depois na página 348 do mesmo Tomo 2 aparece o documento de Naturaleza de D. Diego Colon irmano del Almirante ... registado no mesmo Arquivo de Simancas que começa "Don Fernando y Doña Isabel por la gracia de Dios ...

Assim prova-se que as palavras que foram metidas antes dos nomes do Rei e Rainha eram fora do normal para aqueles reis e deve-se de suspeitar logo deste documento e ler-lo com MUITA cautela porque é suspeito e sendo suspeito depois encontra-se logo a prova da falsificação quando se lê "...nuestra carta de licencia, firmada de nuestros nombres en ella inserta, escrita en pergamino[§], é fecha en esta guisa:--"En la muy noble cibdad de Sevilla, jueves en veinte y dos dias del mes de Febrero, año del nascimiento de nuestro Salvador Jesucristo de mil é cuatrocientos é noventa y ocho años, ....
Quem não apanhou até aqui a falsidade do pergaminho quando aquela de martin Rodriguez disz que era em papel, nem deu pelo falsidade da data que mete não somente um MÊS e DIA onde antes era em branco mas muda o ano de 1497 para 1498 pode também não apanhar a maior prova da falsidade que é onde lê-se na págiona 142 que
o “mandamos al príncipe D. Juan, nuestro muy caro é muy amado fijo” não sei como o filho dos Reis Católicos poderia estar ali sem ser em alma, o qual estava já morto 4 anos, sim QUATRO anos, antes desta data. Mas mesmo assim o Rey e a Reyna não tiveram nenhum problema em assinarem seus reais nomes? Que patetas.

Fica assim clarinho que tanto o texto florido dos Deuses e Santos adicionados antes dos nomes dos Reis Católicos e único exemplo de tal texto, as datas mixturadas com a nobre Cidade de Sevilha, o pergaminho e ainda a misteriosa reencarnação do Principe D. Juan em 1501 que o documento é falso e que os Reis nunca assinariam tal disparate.

É incrivel para mim encontrar tantas coisas que foram falsificadas em volta deste homem e que por séculos são apontadas como verdadeiras.
Não são verdadeiras.
Não era o Testamento de 1498 e também não o é o suposto documento de Simancas com data de 1501.
E desta forma cai por terra o apoio narrado de Navarrete ao Testamento falso e na mesma acçõa leva consigo lá do alto o Altolaguirre.

sábado, janeiro 05, 2008

A Floresta da Falsidade do Testamento de 1498

Critica ao artigo de Altolaguirre escrito em 1925 em que este tenta confirmar que o Testamento de 1498 era verdadeiro.(O Testamento de 1498 parece ter sido aceite pelo Conselho das Indias nos anos de 1590)
Este é um artigo que hoje nem sequer deveria de ser necessário de escrever ou de alguém ter que ler porque está já ultrapassado com a prova incontestável do testamento falso de 1498 que apontei no meu livro. Não é facil enfrentar esta controvérsia nem gosto de ter que andar de dia a dia a mostrar os erros dos outros. Mas como as minhas palavras são oucas para aqueles que têm o juízo cheio do "Colombo Genovês" e que insistem em apontar para historiadores ultrapassados como provas que o Testamento de 1498 era verdadeiro vejo-me forçado a dar uma séria critica e explicação dos erros de Altolaguirre e ainda a Navarrete. (Por vezes pergunto-me porque é que os outros que escreveram mentiras e erros são tanto acreditados e eu que tentei dar luz ao tema sou desacreditado mesmo apontando páginas e documetos em que se provam os erros para quem os quizer averiguar? A resposta é simples. Uma história de 500 anos mesmo que esteja errada jamais será mudada por um desconhecido. Mas não desanimo porque eu vou ser conhecido mas só depois de outro usar os meus factos para vir mudar a história).

Este é um artigo longo e vai ser necessário que se leia com cautela porque para além da confusão que faz Altolaguirre a minha critica é metida dentro do texto dele.
Os pontos que faço estão inseridos no texto entre [em cor vermelha ]. Também o texto entre estes simbolos /////// pode ser descartado porque não interessa para esta discução. O leitor ao ler tudo isto deve de levar em mente que existe uma cópia nos Arquivos de Espanha do “Testamento de Colon” que inclui a Transcrição da Cédula Real de 1497 Autorizando o Morgado, seguida pelo Testamento falso de 1498 e depois pelo Codicilho confirmado em 1506 (que foi de facto escrito por C. Colon a 25 de Agosto de 1505 assinado “Christo ferens” e confirmado a 19 de Maio de 1506).
Isto faz muita confusão porque aparenta como sendo tudo um documento mas não é. Este documento é uma cópia feita muitos anos depois de C. Colon morrer e consegue enganar muitos historiadores que nunca viram o ducumento em frente de si mas somente leram a transcrição noutro livro. Também deve-se partir do ponto de vista que qualquer historiador que aceita que o Almirante Colon era o mesmo “Colombo Genovês” não questiona aquilo que parece provar a genovesidade com a critica dura com que deveria de questionar. Temos um documento que começa: "En la muy noble y muy leal ciudad de Sevilla...” e este é a Transcrição da Cédula Real de 1497 Autorizando o Morgado que não diz nada sobre Colon nascer em Génova. Temos outro documento que começa: “En el nombre de la Santísima Trinidad...” e este é o Testemanto falso de 1498 em que C. Colon supostamente disse ter nascido em Génova. Altolaguirre comete um grande erro em usar os termos “minuta”, “mayorazgo”, “testamento” e até “memorial” como se todos fossem o mesmo. Nesta confusão por vezes nem se consegue sequer saber a qual deles ele se refer.
Por isso vou metendo no texto quando possivel mais explicação de qual é qual e para indicar a Transcrição da Cédula Real de 1497 Autorizando o Morgado vou usar TCR-1497, assim espero que fique tudo mais claro.


Declaraciones hechas por Don Cristóbal, Don Diego y Don Bartolomé Colón
acerca de su nacionalidad


Ángel de Altolaguirre y Duvale

Reúne y estudia la Comisión de Indias de esta Academia cuanto se escribe acerca de si fué o no Pontevedra la patria de don Cristóbal Colón, para formular el dictamen pedido por el Gobierno sobre una obra en que se pretende que el Almirante nació en Galicia.

Desde que el señor García de la Riega enunció tal pensamiento, ya de palabra en los debates de la Academia, ya en escritos publicados en el BOLETÍN de la misma o en el de la Real Sociedad Geográfica he sostenido que, a mi juicio, carece de sólido fundamento cuanto se alega en favor de la tesis de que el gran navegante nació en España, lo que me impone el deber moral de abstenerme de emitir un voto en la sentencia de un pleito en que figuro como parte; pero creo que esto no obsta para que pueda y aun deba informar a la Academia, como uno de tantos que intervienen en la polémica, del resultado de mis estudios e investigaciones, a fin de que sean tenidos en cuenta por la Comisión que ha de formular el proyecto de dictamen.
Uno de los temas más discutidos en la actualidad y menos estudiados es el de si el testamento que don Cristóbal se dice otorgó el año de 1497 [aqui começa o erro de Altolaguirre dando a data de 1497 a um documento com data de 1498] es apócrifo o auténtico; el asunto merece la pena de estudiarse, porque en un párrafo de él declara que nació en Génova y en otro lo confirma con la conocida frase De Génova salí y en ella nací.

Durante mucho tiempo el escrito se ha tenido por auténtico; pero ahora algunos lo declaran apócrifo a fin de anular uno de los argumentos de mayor fuerza que se emplean para demostrar la nacionalidad italiana del Almirante.

A la muerte de don Luis Colón, tercer almirante de las Indias, presentó demanda ante el Consejo Real, en 12 de mayo de 1572, don Diego Colón [y Pravia], bisnieto por línea recta de varón del primer Almirante, - hijo de don Cristóbal, pidiendo la sucesión del mayorazgo que éste había fundado.

A la demanda se opusieron dos hijas del almirante don Luis, y comenzó el famoso litigio que se conoce en la Historia con el nombre de «Pleito de la sucesión del Ducado de Veragua». [casados dois primos Filipa Colón y Mosquera e Diego Colón y Pravia terminou por enquanto os pleitos até 1578 quando morreram].

En el transcurso del tiempo fueron aumentando el número de los litigantes, los cuales pusieron en acción cuanto medios estuvieron a su alcance [incluindo fabricação de novos documentos e até assassino] para recabar documentos y noticias que favoreciesen su causa y, sobre todo, para encontrar los testamentos [TCR-1497, Testamento de 1502 e Codicilho de 1506] que se sabía otorgó el Almirante y se suponían intencionadamente ocultados [por aqueles que não podiam beneficiar das últimas vontades de C. Colon].
////El medio que mejor resultado dió fue el de las Paulinas, llamadas así por haberlas instituido el Papa Paulo III: eran éstas despachos expedidos por los nuncios apostólicos, en los que, a petición de parte, se conminaba a los que tuvieran noticia o en su poder se encontrase un documento de importancia que se consideraba perdido o maliciosamente oculto, a que las comunicara o entregare a la parte que solicitó la Paulina.////

Entre los documentos del pleito existe copia autorizada de una Paulina expedida en 15 de marzo de 15871 a petición de doña Francisca Colón [y Pravia] de Toledo [irmã do 4º Almirante morto em 1578], que expuso no podía alcanzar su justicia por no tener noticia de qué personas « saben, entienden y han leído un libro encuadernado en cuero, [Livro dos Previlégios] guarnecido con unas manillas de plata y escrito en pergamino, de letra antigua, con algunas letras al principio iluminadas, de los Almirantes de las Indias, que contenía un testamento [o de 1502] y mayorazgo [TCR-1497] del almirante don Cristóbal Colón, primer descubridor de las Indias, el cual testamento estaba firmado y signado de escribano público».
//////Accediendo a lo solicitado, don César Speciario, nuncio apostólico en todos los reinos de España, ordenó, usando de la autoridad apostólica de que estaba investido, a los arzobispos de Toledo, Sevilla y Valencia, a sus vicarios y oficiales generales y al de la villa de Madrid que hicieran leer la Paulina en todas iglesias de sus diócesis, asignando algún término señalado, para que las personas que algo de lo pedido supiesen lo declararan y pasado sin éxito el término, diesen otro por breve tiempo, y todavía podían otorgar un tercero perentorio, transcurrido el cual sin resultado les ordenó «dar y promulgar sentencia de excomunión en las tales personas...; y si, lo que Dios no permita -añade-, las tales personas, imitando la dureza de Faraón, se dejasen estar en la dicha nuestra excomunión y censuras, por lo que no contentos con una pena, con mayor sean punidos y castigados, agravando y reagravando nuestras censuras, mandamos a vos los dichos vicarios y a cada uno de vos, que en los Domingos y fiestas en la Misa mayor, cubierta una cruz de luto, tañiendo campanas, matando candelas y Haciendo las demás ceremonias y actos que es uso y costumbre y el derecho manda, anatematicéis y maldigáis y tornéis a denunciar y declarar las tales personas por públicos excomulgados, agravados y reagravados, persuadiéndoles a la satisfacción y cumplimiento de lo que dicho es; y no dejéis de lo así hacer y cumplir hasta tanto que vengan a mandamiento de la Santa Madre Iglesia y merezcan beneficio de absolución, la cual a nuestro superior y Nós reservamos». Bien se alcanza la eficacia que tales anatemas habían de tener actuando sobre un pueblo tan religioso como era el español en el siglo XVI y que tan subordinado estaba a los mandatos de la Santa Sede. De las diversas declaraciones a que las Paulinas dieron lugar entresacamos aquellas que más directamente conducen a esclarecer los hechos.///////

En 13 de febrero de 1588, el presbítero Juan Frayre de Andrada se presentó y dijo que, teniendo conocimiento de que, por parte de don Cristóbal Colón [y Carbajal], hijo y heredero de don Luis [embora fosse o único filho de D. Luis não era legitimo], se había sacado cierta Paulina y descomunión, la cual había visto, para que todas las personas que supiesen de cualquier manera de testamento que hizo e instituyó don Cristóbal Colón, primer almirante de las Indias, lo declarasen, para descargo de su conciencia manifestaba que el año 1566 y 1567 servía el declarante de capellán a don Luis Colón, almirante de las Indias, y estando éste preso en la fortaleza de Pinto un día le dijo:
«Ya habrás visto cómo me han dejado los más de los mis criados y especialmente Juara, y no tengo hombre de quien me fiar sino de vos; tomad este libro -que era a manera de cuaderno, y el dicho libro era encuadernado con unas manecillas, escrito en pergamino, y con algunas letras de iluminación (sic)- y llevadlo al doctor Berastegui y entregáselo en su mano propia y no a otra persona porque me importa porque es mi mayorazgo [o conjunto da TCR-1497, o Testamento de 1502 e o Codicilho de 1506] y lo ha de ver cerca de muchas cosas»; que trajo el libro a Madrid y lo entregó a Berastegui; que leyó muy poco del libro y le pareció que eran palabras de testamento, y que después en casa del secretario Valmaseda vió un cuaderno a manera de libro escrito en pergamino por dentro y que trataba de cosas del Duque de Veragua y le pareció el que llevó a Berastegui, pero que no puede afirmarlo2.

En 23 de febrero de 1588 declaró Gaspar de Guinea, criado de Garci Juarez de Caravajal, para descargo de su conciencia, que haría ocho o diez años [7 de marzo de 1578 depois da morte do 4º Almirante Diego Colon y Pravia 27 January 1578] que se comenzó el pleito y se sacó una Paulina y se leyó en varias parroquias de esta villa y un día de fiesta después de leída en la iglesia de San Ginés, terminados la Misa y Sermón, envió a decir el doctor Berastegui, abogado en esta corte, a doña Luisa de Caravajal [que pediu a Paulina - tornou-se em 1564 na 4ª mulher em bigamia de Luis Colon], madre del dicho don Cristóbal Colón [y Carbajal, n. 25 de Maio de 1565 considerado filho iligitimo e não qualificava para a sucessão havendo outro varão colateral vivo] y a este declarante, que fueran a su casa que tenía ciertos papeles tocantes a la fundación, y fueron, en unión de don Cristóbal Colón [y Carbajal], y Berastegui no los quiso entregar sino al doctor Hurtado, tutor y curador de don Cristóbal [Colón y Carbajal], y llamado Hurtado le hizo entrega ante escribano [7 de marzo de 1578], y el declarante fué testigo y se acuerda que en los dichos papeles había un libro encuadernado en color negro y las hojas escritas en pergamino, con iluminaciones de letras, y al principio de él estaban unas armas que, a lo que se acuerda, había pintado en ellas unas áncoras y este declarante leyó en él, como persona que trataba del dicho pleito, y trataba de la orden y fundación de dicho mayorazgo [TCR-1497] y demás esto se acuerda de haber leído un testamento o codicilo [o de 1502 e de 1506] en que el dicho don Cristóbal Colón, fundador del mayorazgo [autorizado em 1497], llamaba a sucesión a varón, excluyendo a las hembras3 [esta frase era importante para um varão ilegitimo que quizesse ultrapassar fêmeas legitimas mas o Testamento nunca lhe foi parar ás mãos porque foi entregue ao seu tutor e depois ao Conselho].
Con esta declaración coincide la prestada por doña Luisa de Caravajal en 23 de marzo de 15884, la cual dice que por temor a las censuras contenidas en la Paulina manifiesta que cuando comenzó ella el pleito, [1578] sacó una Paulina y se leyó en la iglesia de San Ginés y estaba en la iglesia el doctor Berastegui y le envió un recado [7 de marzo de 1578] en que le decía que tenía los papeles y mayorazgo [o conjunto completo com a TCR-1497, o Testamento de 1502 e Codicilho de 1506] y no los quiso entregar si no al doctor Hurtado, y lo hizo ante escribano que levantó acta; [doña Luisa de Caravajal] describe el libro lo mismo que el anterior declarante y añade que leyéndolo hallaron en él el mayorazgo y el doctor Berastegui numeró las hojas; además del libro le hizo entrega de otros papeles.

El doctor Berastegui, el 19 de enero de 1586, declaró que desde el año de 1552 hasta que don Luis murió fué su letrado y que le comunicó muchos negocios y secretos suyos y que las escrituras que tuvo sobre cosas de su estado las entregó al doctor Hurtado [7 de marzo de 1578], cuando fué proveído curador de don Cristóbal [Colón y Carbajal por morte de D. Diego Colón y Pravia 4º Almirante, morto em 1578, que tinha sido tutor deste Cristóbal, ilegitimo do 3º Almirante] su menor, por inventario, al cual se remite5.

En memorial ajustado del pleito6 se hace constar que en las actuaciones existía un recibo firmado del doctor Hurtado y de Pedro de Loba, escribano, el 7 de marzo de 1578, en el que constaba que el doctor Berastegui entregó al doctor Hurtado «otro libro mal encuadernado en pergamino, que en el primer cuaderno está el mayorazgo que hizo el primer Almirante, año de 97, inserto un traslado de la facultad que tuvo para hacer el mayorazgo [aqui temos que ter cautela porque o texto é confuso e a TCR-1497 vem depois da data de ’97. Partindo do pressuposto que o Morgado ou Testamento ali era o Verdadeiro de 1502 não pode ter data de 1497. Tentem mudar o ano para referenciar a TCR-1497 e o sentido deve de ser este “el mayorazgo que hizo el primer Almirante [em 1502] inserto un traslado de la facultad que tuvo para hacer el mayorazgo año de 97”] y al fin de él están borradas tres firmas y escrito a mano cuatro renglones y está escrito el dicho mayorazgo [o conjunto completo] en siete hojas, y después está la copia de las escrituras que quedan en la ciudad de Sevilla, en diversos envoltorios, en cuatro cuadernos».

A petición de una de las partes el Consejo de Indias ordenó al doctor Hurtado la entrega del testamento de 1497 [AQUI ALTOLAGUIRRE erra em não dizer que aquilo que foi entregue foi o Testamento inteiro e completo, todos os papeis elativos á herança ou Morgado que não era só o que tinha data de 1497] en su secretaría; así lo efectuó el 13 de mayo de 1579, siéndole expedido recibo en esta forma: «Digo yo, Francisco de Balmaseda, secretario del Consejo Real de las Indias, que recibí del señor doctor Hurtado, abogado de esta corte, una escritura escrita en papel simple que suena ser testamento [completo] de don Cristóbal Colón, almirante que fué de las Indias, que al principio de él dice: "En la muy noble y muy leal ciudad de Sevilla", y en la postrera hoja están escritos ciertos versos en latín, y todo ello en ocho hojas, con la de los dichos versos7 [como se vê os documentos entregues eram constituidos pela TCR-1497 que começa En la muy noble.. e terminava com o verdadeiro “Testamento de 1502” com versos em latim na última folha e que eram em total 8 folhas de papel que seriam 16 páginas de texto.]

Trece años antes de estos hechos, el 24 de julio de 1566 [1 ano após nascimento de don Cristóbal Colón y Carbajal, único filho varão do D. Luis Colon o qual D. Luis queria deixar como seu herdeiro], y con motivo de las causas que a don Luis Colón, tercer almirante de las Indias, se seguían, el licenciado Artiaga, teniente de asistente de Sevilla, se personó, acompañado de escribano, en el monasterio de las Cuevas de Sevilla y ordenó que se abriese la caja de hierro que había en la capilla de Santa Ana, en la que se guardaban las escrituras de los Colones, y a su presencia y a la de Juan de Morales y tres frailes más, el escribano Agustín de Buyza hizo inventario de los documentos que contenía, entre los que figura un cuaderno de seis pliegos, en el cual están siete hojas simples escritas, que por él parece ser institución de mayorazgo [o de 1502] de don Cristóbal Colón, almirante, en el cual está inserto el traslado de la facultad real [a de 1497] que tuvo para hacer el dicho mayorazgo8 [o de 1502] .
De allí lo sacó el almirante don Luis, su legítimo poseedor y lo entregó a su abogado el doctor Berastegui, en unión de otros documentos de igual o mayor interés; éste lo pasó a Hurtado [7 de marzo de 1578], obligado por la Paulina, el cual a su vez fué obligado a entregarlo en el Consejo; no existe, pues, en esta tramitación motivo para estimar que fuese hecho para servir intereses de determinado litigante. [Até a este ponto deve-se de presumir que aquilo que foi entregado ao Conselho das Indias por Hurtado era a transcrição da Autorização Real de Morgado de 1497, o Testamento de 1502 e o Codicilho de 1506. Eestes eram os papeis verdadeiros].

*****[Agora aqui começam os verdadeiros problemas porque um interessado em se intrometer na herança consegue apoderar-se dos documentos originais]*****


No terminó la peregrinación del testamento en la Secretaría del Consejo; de allí lo sacó [o verdadeiro de 1502], bajo recibo, Gaspar de Zárate, procurador de la Marquesa de Guadaleste, y habiéndosele exigido la devolución, notaron los oficiales de la Secretaría que faltaba una hoja y no lo quisieron recibir, lo cual ocasionó que don Cristóbal Colón, doña Francisca Colón [y Pravia] de Toledo y don Baltasar Colón9 Acusaran(§) de la sustracción a don Francisco de Mendoza, [marquês de Guadaleste] almirante de Aragón [por morte de seu cunhado em 1583 Cristóbal de Cardona y Colón, Almirante de Aragão- acusado de matar o 4º Almirante], y a Gaspar de Zárate, procurador de doña María de Cardona [y Colón], marquesa de Guadaleste, mujer del dicho Almirante, y a los demás que parecieran culpables; en la acusación, después de narrar las vicisitudes del testamento [o verdadeiro de 1502] desde que salió del poder de don Luis Colón hasta que llegó a la Secretaría del Consejo, exponen que un día el Almirante fué al escritorio del dicho secretario Balmaseda y pidió se le diese dicho testamento original [o verdadeiro de 1502] con ánimo de llevárselo sin conocimiento (recibo) y no habiéndoselo querido dar sin que Gaspar de Zárate, procurador de la Marquesa, hiciese conocimiento (recibo), le envió a llamar, el cual vino y en su presencia se contaron y rubricaron ocho hojas escritas [o testamento de 1502 tinha agora as 8 folhas numeradas e rubricadas coisa que não se vê no de 1498] que contenían el dicho testamento, con la última, que es de unos versos en latín, de los cuales dió conocimiento el dicho Gaspar de Zárate, y se dió el testamento al Almirante, que lo entregó a un paje para que se lo llevase; pedida la devolución
«lo envió el Almirante de Aragón una noche, con un hombre desconocido, y el secretario Balmaseda y los oficiales no lo quisieron admitir, porque cotejándole con el conocimiento que dió Gaspar de Zárate hallaron que faltaba una hoja, en que estaban los llamamientos y que habiendo recibido ocho hojas escritas no se volvieron más que siete, y en la primera hoja, blanca, que no se suele numerar, se había puesto número uno y los demás se habían falseado, haciendo el número primero, segundo, y el segundo, tercero, y el tercero, cuarto, y volvió a traer el dicho testamento Gaspar de Zárate, pretendiendo que se le había de borrar el dicho conocimiento (recibo) [intento de fraude] y los oficiales de dicha Secretaría no lo quisieron hacer, mostrándole la falta de la hoja y falsedad de los números,
y así el Gaspar de Zárate lo arrojó encima de la ilesa, dejando vivo y sin borrar su conocimiento10.
*****[parece desaparecer aqui o verdadeiro Testamento de 1502 com as folhas numeradas, rubricadas e renumeradas]

La gravedad del hecho denunciado y la categoría del principal acusado y de los acusadores hizo que se diera al asunto tal importancia que, para esclarecerlo, se designaron seis jueces del Consejo real para que se unieran a los del de Indias; formóse proceso y el Tribunal ordenó en 3 de marzo de 1588 que el Almirante de Aragón quedase preso en su casa y Gaspar de Zárate en la cárcel real.
El proceso existe en el Archivo Histórico Nacional11, y su resultado fué la absolución del Almirante y ordenar que se supliera lo que contenía la hoja robada tomándolo de una copia que don Baltasar Colón[!!!] había mandado sacar antes que el Almirante se llevara el testamento

[(§) notem que Baltasar Colombo dizia ter tirado anteriormente uma cópia sua do Testamento de 1502 - o verdadeiro e era agora o único com alguma forma de provar o conteúdo. Mas como este também não tinha nenhum direito a herdar o conteúdo VERDADEIRO não lhe servia, servia-lhe sim o Testamento falso de 1498]

y cuya copia se había comprobado que era exacta en un expediente que se instruyó al efecto; el Tribunal acordó que lo que se incorporase de esta copia al original tuviese el mismo valor legal que a éste se atribuyera12.

Si no hubiese otras pruebas de que el testamento o minuta de 1497 [**de novo Altolaguirre torna o testamento verdadeiro de 1502 na TCR-1497 e dá-lhe como uma “minuta” de 1497 inferindo erradamente que era de facto o mesmo “Testamento falso de de 1498” que não tem nenhuns números nas páginas] era tenido por auténtico y no había medios de probar su falsedad [o que era tido por autêntico até ali era o de 1502], la sustracción de la hoja en que se declaraba el orden de suceder sería más que suficiente, porque para recurrir, cualquiera que fuese el autor, a la comisión de un delito, arrostrando todos los riesgos que de él habían de derivarse, necesario fué que no encontrase otro recurso para anular los preceptos contenidos en la fundación del mayorazgo.

En uno de los memoriales del pleito sobre la sucesión del Ducado de Veragua se inserta el testamento de 1497 [presunção de Altolaguirre. Inseria-se o Testamento de 1502 com a TCR-1497 antes deste ser defraudado pelo Almirante de Aragão] completado con la copia de la hoja sustraída13 [aqui já insere-se inteiramente a cópia feita por Baltasar Colombo com data de 1498 porque o texto é todo de uma mão e segue de folha em folha sem perder o fio das frases o que não acontecia se fosse uma só folha nova metida no meio], y tal como aparece en el tomo II, pág. 221 de la Colección de Viajes de don Martín Fernández de Navarrete, comenzando el documento: [Altolaguirre erra de novo em aceitar que Navarrete não tinha dúvidas do Testamento de 1498 e por isso meto uma imagem da nota de Navarrete no fim deste artigo e explico ainda como se pode ignorar o nome do Principe D. Juan metido num documento de 1501!!!!]
«En la muy noble ciudad de Sevilla a (en blanco) del mes de (en blanco) año del nacimiento de Nuestro Salvador Jesucristo de mil y cuatrocientos y noventa y siete años, estando dentro de las casas donde para el Muy Magnífico Señor Don Cristóbal Colón, Almirante mayor del mar Océano, Visorrey y Gobernador de las Indias y Tierra firme, por el Rey y la Reina nuestros Señores y su Capitán general del mar, que son en esta ciudad, en la Colación de Santa María, estando allí presente el dicho Señor Almirante, y en presencia de mí Martín Rodríguez, escribano público de la dicha ciudad y de los escribanos de Sevilla que a ello fueron presentes; e luego el dicho Señor Almirante presentó ante nós los dichos escribanos una carta de licencia para que pudiese hacer mayorazgo, del Rey y de la Reina nuestros Señores, escrita en papel y firmada de sus Reales nombres y sellada con su sello a las espaldas y firmada del Señor Doctor Talavera, según que por ella parece; su tenor de la cual, de verbo ad berbum, es este que se sigue. [∞1]
«Y así mismo este es traslado de una carta de mayorazgo escrita en papel y firmada del nombre de su Señoría del dicho Señor Don Cristóbal Colón, según que por ella parecía, su tenor de la cual, de verbo ad verbum, es este que se sigue[∞2] [∞∞ Esta parte está assim mesmo confusa no documento ou seja o notário diz que o teor da licença para “hacer mayorazgo, del Rey y de la Reina” é este que segue mas logo a seguir mete não o teor da TCR-1497 mas esta frase estranha dizendo que tem o nome de S.S. C. Colon antes de meter o texto a trasncrição da TCR-1497. Mas o que segue é verdadeiramente a transcrição da TCR-1497 que acaba com as assinaturas do Rey e Rainha e não tem nenhuma assinatura de C. Colon e este texto pode ter sido metido mais tarde por outor como apoiando a falsificaçõa ou pode mesmo ter sido metido por Martín Rodríguez que faz pouco sentido não aparecer depois o texto assinado por C. Colon como ele diz ]

A continuación se inserta la Real cédula dada en Burgos el 23 de abril de 1497 [esta é a TCR-1497], facultando a don Cristóbal Colón para fundar mayorazgo y la Carta del mayorazgo que Colón instituyó.
Al pie de este testamento o minuta [é já o Testamento falso] dice el Memorial [do Pleito], que acaba en esta cláusula, «y sea causa de mucho bien y, descanso de mi anima»; [aqui já o Conselho das Indias aceita o Testamento falso de 1498 feito da "cópia" de Baltasar Colombo como verdadeiro porque a frase “y sea causa de mucho bien e descanso de ‘SU’ anima” é o fim do Testamento falso sem nome ou formalidades, enquanto o fim do Codicilho confirmado a 19 de Maio de 1506 diz “esto se haga por mi descargo de la conciencia, porque esto pesa mucho para mi anima. La razon dello non es licito de escrebir aqui. Fecha a veinticinco de Agosto de mil y quinientos y cinco años: sigue Cristo ferens. Testigos que fueron presentes... (seguem os nomes e formalidades)]

luego están unas como firmas borradas que si fuere necesario se podrán ver y hay dos rengloncillos borrados; acerca de estos, Francisco de Burcena, oficial de la Secretaría del consejo, declaró que se hallaban escritos en la margen y que parecían de distinta letra.
En la probanza que en el plenario se hizo por doña Francisca, don Cristóbal y don Baltasar Colombo (Colombo en italiano y Colón en castellano [!!!][erro de presunção de Altolaguirre em forçar a ideia de que os dois nomes são o mesmo nas duas línguas. Não o são]) articularon en la pregunta 8, que al fin del testamento, donde estaba borrado decía El Almirante con una cifra
S
S A S
X M I
y en otra parte, donde también estaba borrado, decía «fecha 22 de febrero de 1498».

[Aqui devemos já de suspeitar destes três testemunhas que segundo se dizia tinham uma cópia do verdadeira Testamento de 1502 (porque uma cópia de nenhum de data anterior ao último serviria para nada) mas agora aparece um novo com data de 22 de Fevereiro de 1498 e assinado “El Almirante” que não é nome nenhum em vez de XpoFerens e com correções na data e na assinatura. Aqui podemos dizer que entre as acções do Almirante de Aragão em ocultar uma folha do verdadeiro Testamento pelo qual foi preso em 1588 e morreu em 1591 - e não sei se alguma vez entregou o resto do testamento o se o manteve em sua posse porque o Conselho das Indias recusaria-se a aceitar só uma parte - e dos outros três em apresentarem um novo Testamento com data de 1498 quando o verdadeiro era de data de 1502 não deixam a verdade de pé mas sim apresentam o documento que já provei no meu livro ser falso com data de 1498].

Resultado de esta pregunta fué el examen técnico de estas tachaduras. Los peritos estuvieron conformes en apreciar que la letra del testamento era antigua, que la firma borrada decía «el Almirante» y que los dos renglones borrados que estaban al lado de la firma, decían «22 de Febrero de 1498», exponiendo Diego de Argüelles que a su juicio no hacía mucho tiempo que se harían hecho las tachaduras, por estar fresca la tinta14.

Debajo de estas borraduras, prosigue el Memorial [dos Pleitos] «está de otra letra diferente de la escritura, que se pretende es de letra del fundador y que lo que está al cabo de ella es su firma, con lo siguiente lo cual dice así: "No valga esta escritura y valga otra que yo hice de mi letra año de 1502, a 1 de abril, en el Monasterio de las Cuevas de Sevilla que tiene Fray Don Gaspar".» Y debajo de estos renglones están, junto a ellos, unos caracteres en esta forma:

S
S A S
X M Y
XPO Ferens

Y todo está sin borrar, sino limpio, así lo que está de diferente letra como los caracteres que están después de ello. A continuación hay un párrafo en latín diciendo que era el testamento de don Cristóbal Colón y unos versos también en latín. [Tudo isto aparenta que o testamento falso de 1498 foi metido entre os papeis verdadeiros para passar como verdadeiro porque o Verdadeiro Testamento de 1502 desapareceu quando foi tirado do Conselho das Indias. Altolaguirre segue perguntando:]
¿Es apócrifo este documento, en el que dos veces declara don Cristóbal Colón que nació en Génova?
Los litigantes en el pleito de la sucesión del Ducado de Veragua, a pesar del gran interés que algunos tenían en darlo por nulo, no niegan su autenticidad; unos le consideran como una simple minuta revocada y otros lo contradijeron por no solemne ni público y revocado.
En la denuncia formulada por don Cristóbal Colón, doña Francisca Colón y don Baltasar Colón (Colombo en italiano, Colón en español)[!!!], con motivo de la sustracción de la cuarta hoja del testamento, dicen, defendiendo su valor legal, que los llamamientos que se hacían en la hoja que faltaba estaba clarísima y por palabras individuas y que no reciben cavilación ni entendimiento alguno, las cuales son bastantísimas para declarar la voluntad del testador, [tudo isto refere-se não ao Testamento verdadeiro de 1502 mas ao falso de 1498 que eles apresentaram porque]
aunque el dicho testamento [o falso de 1498] no tuviere solemnidad alguna, mayormente teniendo la firma del testador [El Almirante não é nenhuma firma é um titulo], con inserción de la facultad real que tuvo para hacer mayorazgo [por estar junta a uma cédula verdadeira não o torna automáticamente verdadeiro], y día y mes y año y nombre del escribano, que se llamaba Martín Rodríguez, escribano del número de Sevilla, [este é o Notário que transcreveu a verdadeira a TCR-1497 mas cujo nome não aparece no Testamento falso de 1498 e a TCR-1497 não tem DIA nem MÊS tem somento o ANO 1497 assim “En la muy noble ciudad de Sevilla a (en blanco) del mes de (en blanco) año del nacimiento de Nuestro Salvador Jesucristo de mil y cuatrocientos y noventa y siete años,...],

que se nombra dentro del dicho testamento, y concurriendo con esto el estar en poder del Almirante don Luis, tercero Almirante, y sucesor de estos estados, y de letra antigua y de papel antiguo, de la cual misma letra está escrito todo el libro, donde están otras escrituras y privilegios signados del dicho Martín Rodríguez y estando inventariado ante la justicia de Sevilla el año de sesenta y seis [1566] ante Agustin de Buyza, escribano de la dicha ciudad de Sevilla, sin que por entonces estuviera borrada firma ni añadido renglón ninguno de otra letra, como se ha hecho después;
respecto a este extremo, al margen del escrito y de distinta letra, acaso la del relator del Consejo, hay una nota que dice: «Ansí es que está inventariado en el inventario del año 1566. En el inventario no se dice que estuviese borrado ni añadido renglón»15; [o que estava inventariado não era o Testamento falso de 1498 era o verdadeiro Testamento de 1502 com a TCR-1497 e o Codicilho de 1506 e estava tudo intacto no poder do 3º Almirante porque ninguém o tinha defraudado ainda]
en efecto, como ya hemos visto, el inventario nada refiere de esta circunstancia y la afirmación de que las enmiendas estaban hechas con posterioridad a la muerte del primer Almirante, tienden a demostrar la validez legal del testamento, que en substancia afirman que no difería del Codicilo de 1506 sino en estar más clara en éste la voluntad del testador. [Esta é boa. Como é que correções feitas 80 anos após a morte de alguém podem servir para confirmar que o documento existia no tempo da vida do morto? E como é que um documento com data de 1498 (que é falso neste caso) não teria diferença nenhuma de outro feito com data de 1506 - feito um dia antes da morte do Almirante e que nunca foi contestado? Se eram os dois iguais para que serviria o de 1502 se já estava tudo dito no de 1498 e para que servia o de 1506 se estava já tudo no de 1502???? O que eles, (os defraudadores) queriam dizer era que o Testamento falso de 1498 não era diferente do Verdadeiro Testamento de 1502 e assim deveria de poder substituir-lo no Conselho das Indias. Pois era mesmo para esse fim que tinha sido invetando].

Los denunciantes consideraron que la fecha de 22 de febrero de 1498, que aparecía borrada al lado de la firma del Almirante, era la del testamento; por eso dicen que tenía día, mes y año, cuando en realidad, como queda expuesto, sólo tiene el año y éste es el de 1497. [Bem esta é dificil de entender. Altolaguirre diz que a data (de 1498) que está no documento junto á firma “El Almirante” era a do Testamento. Ou seja Altolaguirre infere que o documento com data de 1498 NÃO deve de ser visto como o mesmo que tem somente o ano de 1497. Aqui Altolaguirre está correctíssimo. Mas Altolaguirre comete um erro de presunção em dar o documento de 1497 sem dia nem mês como parte do “Testamento” o qual não é nada mais que uma TCR-1497 Autorizando o Morgado].

Los documentos aducidos tienen verdadera importancia, sobre todo el de que la letra del texto fuera la misma que la de otras escrituras autorizadas por el escribano de Sevilla Martín Rodríguez, y la de que el testamento estuviera inventariado el año de 1566 entre los documentos de los Colones existentes en el archivo que tenían en el Monasterio de las Cuevas, de Sevilla, en cuya fecha, seis años anterior a la muerte del almirante don Luis, nada podía hacer prever que no dejara sucesión masculina legítima. [De facto aqui não existe nada de errado a transcrição da TCR-1497 Autorizando o Morgado fazia parte dos documentos verdadeiros e estava tudo junto quando D. Luis levantou os documentos do Mosteiro de Las Cuevas após nascer-lhe um filho varão o qual filho D. Luis queria fazer seu herdeiro.]

Pero mayor importancia que todo lo aducido tiene, para probar la autenticidad, la nota que al final aparece. «No valga, esta escritura y valga otra que yo hice de mi letra año 1502, a I de abril, en el monasterio de las Cuevas de Sevilla
En que la nota sea apócrifa no lleva aparejado el que la escritura tenga también que serlo; el que sea auténtica es la prueba definitiva de la autenticidad del documento. [Esta nota não aparece no Testamento falso de 1498 e parece mesmo falsa pois se D. Cristóvão Colon teria feito de veras algum testamento antes de 1502 esse estaria guardado em Las Cuevas com todas as suas escrituras e se ele depois fez um novo em 1502 que depositou em Las Cuevas em Sevilha não metia os dois juntos já que um não servia metia aquele que estava ultrapassado fora. E se não o queria meter fora então teria escrio nele naquele momento “No valga, esta escritura y valga otra que yo hice de mi letra ESTE año 1502, a I de abril, JUNTO A ESTA QUE AQUI ESTÀ en este monasterio de las Cuevas de Sevilla.» O que eu quero dizer é que os documentos importantes de C. Colon estavam todos guardados em Las Cuevas. Assim se houvesse um Testamento de 1498 esse estaria guradado em Las Cuevas e para C. Colon poder escrever nele que NÂO valesse teria que ir a Las Cuevas levantar-lo e isso teria que ser feito já depois do outro de 1502 estar em Las Cuevas como a nota diz. Não faz nenhum sentido que só este documento estivesse fora da Las Cuevas para C. Colon poder escrever nele que o verdadeiro estava em Las Cuevas e também não faz nenhum sentido que ele teria metido un novo em Las Cuevas sem escrever no mesmo momento alguma coisa no velho a dizer que esse já não valia.]

Para los que pretendían dar fuerza legal a la escritura, eran un obstáculo no sólo la firma borrada sino también la nota en que el Almirante anulaba sus disposiciones; por eso trataron de dar valor a la firma diciendo que había sido tachada recientemente, lo cual se probaba por lo fresca que estaba la tinta; y por eso don Baltasar Colón (Colombo en italiano y Colón en castellano)[!!!], que como hemos visto pretendía que cuando el documento estaba en el monasterio de las Cuevas no tenía borrada la firma ni añadido renglón alguno, solicitó que del archivo de las Cuevas de Sevilla se enviasen documentos escritos y firmados por don Cristóbal Colón, con la esperanza de que, compulsada su escritura con la de los cuatro renglones, pudiera declararse que habían sido éstos escritos recientemente, en cuyo caso, anulado el valor de la nota y rehabilitado el de la firma borrada, podía sostenerse el del testamento como expresión de la voluntad no modificada del Almirante, aunque no tuviera las formalidades que las leyes exigían en los actos de última voluntad. [Está claro que o Testamento falso de 1498 era mesmo falso como já provei n’O Mistério Colombo Revelado e assim Baltasar não tinha nada a perder com as suas manobras as quais poderiam-lhe vir a sair favoráveis se a flasificação fosse bem feitinha.]

Seis fueron los peritos designados para el cotejo de la letra de la nota con la de nueve billetes que se trajeron de Sevilla:
Blas Navarro dictaminó que la letra de los renglones tenía alguna similitud con la de los billetes;
Melchor de Villarroes, maestro de escuela, dijo que la letra de los renglones y la de los billetes se parecía mucho y que la letra de aquéllos parecía estar más fresca.
Don Pablo Reys, presbítero, capellán de San Ginés, que tenía escuela de escribir, dijo que la letra de los renglones y la de los billetes le parece la misma, por ser del mismo carácter y aire de letra y por tal lo tiene;
Juan de Baeza, maestro de escuela de enseñar a leer y a escribir, que la letra de los cuatro renglones que comienzan no vala la escritura y acaba que tiene Fray Don Gaspary la letra de los dichos billetes le parece que es toda una letra y de una misma mano y así lo tiene por cierto»; [notem que na nota mais acima não se vê o nome de Fray Don Gaspar que pode ser uma nota diferente ou então alguém não trasncreveu a nota inteira]
Francisco Meléndez, nuestro de leer y escribir, dice que la letra de los renglones y de los billetes le parece ser toda una;
Antonio de Navarrete, maestro que había sido de escuela de enseñar a leer y a escribir y se había ocupado en el archivo de Simancas ocho años, manifiesta que la letra de los cuatro renglones parece ser la misma letra y mano en la letra que están escritos los nueve billetes y así lo tiene por cierto
y por último, Francisco de Avila, maestro de escuela de enseñar a leer y a escribir, declara que la letra de los cuatro renglones le parece ser toda una y de la misma mano que la de los nueve billetes, porque este testigo lo ha mirado muy bien, letra por letra.
[assim ao que parece a aposta de Baltasar na sua flasificaçõa fica confirmada era uma boa falsificação porque a letra era bem igualinha não se esperava nada menos de um bom falsificador]

En cuanto a las letras X< >M< >I y encima tres S< >S< >S y una A que anteponía el Almirante a su nombre o categoría, a los peritos Blas Navarro y Juan de Baeza les pareció ser iguales a las de los billetes;
a Lucas de Sorrivias también le pareció que las cifras que estaban al pie de los cuatro renglones y las de los billetes eran una sola, diferiendo sólo en que las de éstos tenían unas rayas de que carecían las de aquéllos,
y esta misma diferencia observa Francisco de Avila,
siendo Melchor de Villarroes el único que le pareció que las cifras del testamento no tenían el aire y rasgos de las firmas de los documentos traídos de Sevilla.
[de novo a falsificação consegue passar o escrutino dos “peritos” do dia]

Respecto a la firma no cabía comparación, porque en los documentos decía «El Almirante», y en lo que estaba al pie de los renglones en el testamento decía «Christophorus», con letras latinas.
[de novo temos dois documentos a serem confundidos. O Testamento falso tem a a firma El Almirante enquanto algumas cartas de C. Colon usam “XpoFERENS” e algumas (que poderiam até terem sido falsificadas na altura por Baltasar para esse memso intento) são assinadas com “El Almirante”. Não sei de onde vem o testamento que decía «Christophorus», Altolaguirre não explica ou confunde a informação mas o único lugar onde se lê Christo ferens era no Testamento de 1502 e no Codicilho de 1506. Fica aqui a dúvida de qual documento Altolaguirre viu que tinha o nome Christophorus]...

La prueba pericial16 fué, pues, favorable a la autenticidad de la nota y así lo reconoce el relator del Consejo al decir en un Memorial, redactado, como todos, de acuerdo con los litigantes «y la letra de todos ellos (los documentos que se trajeron de Sevilla) parece a los cuatro renglones que están al pie de la minuta o testamento [presume-se que refere-se ao Testamento falso de 1498], de los cuales cuatro renglones y letras de ellos en que dice no vale aquel testamento se vale doña María Colón y los demás pretensores para que esté revocado»17.
[O documento com data de 1498 não tem mais nada adicionado á data e firma e só posso teorizar que havia outra folha á qual Altolaguirre chama “minuta” juntada a este documento falso que tinha a nota “No valga, esta escritura...]

El contenido de la nota se halla de acuerdo con el testamento o codicilo de 1506, en el que expuso el Almirante: «Cuando partí de España el año de quinientos dos yo fize una ordenanza o mayorazgo de mis bienes e de lo que entonces me pareció que cumplía a mi ánima e al servicio de Dios eterno e honra mía e de mis sucesores, la cual escritura dejé en el monasterio de las Cuevas de Sevilla a Fray Don Gaspar con otras mis escrituras e mis previlegios e Cartas que tengo del Rey e de la Reina[Não sei como é que Altolaguirre acha que a nota está de acordo com o Codicilho de 1506. Como? O que tem a ver o texto do Codicilho de 1506 com a nota que “No valga, esta escritura...”? C. Colon disse claramente que o seu Testamento -o verdadeiro- foi feito em 1502 o qual foi entregue a Hurtado em 7 de Março de 1578 depois entregue ao Conselho das Índias e daí antes de 13 de febrero de 1588 foi tirado pelo Almirante de Aragão e desapareceu. Não existe nenhum laço entre a frase ""No valga, esta escritura ..". e o Codicilho de C. Colon e o Testamento falso de 1498 e um bom falsário não deixaria de meter tal nota “No valga, esta escritura...” num documento que foi fabricado na altura e que não é mencionado em nenhum lugar por C. Colon.
O certo é que se não exisitisse uma nota a anular o Testamento falso ele aparentava logo como falso por não ser refrido em lado nenhum.]


En resumen: el testamento o la minuta de 1497 [de novo este documento com data de 1497 não é um testamento é uma trasncirção da Cédula Real de Morgado assinada pelos Reis], como en el litigio se le llama muchas veces, está probado que el año 1566 existía en el archivo de los Colones, en el Monasterio de las Cuevas de Sevilla, de donde lo sacó don Luis, tercer almirante de las Indias, y de él pasó a su abogado [Berastegui], que lo entregó ante escribano al doctor Hurtado, curador de don Cristóbal Colón, uno de los litigantes, y Hurtado hizo de él entrega en el Consejo de Indias, cumpliendo providencia por éste dictada. [Até aqui tudo bem. Os documentos verdadeiros viajavam juntos e forma para desde Las Cuevas ao Conselho das Indias].

Se alegó en el litigio, sin que nadie lo rebatiera, que estaba escrito en papel antiguo y con letra antigua igual a la de otras escrituras del Almirante, firmadas por el escribano de Sevilla Martín Rodríguez, y el dictamen pericial comprobó que la nota anulándolo fué escrita por el Almirante, lo cual demuestra la autenticidad del documento; [não prova nada mais que a falsificação foi bem feita]
pero ¿puede considerarse [o Testamento falso de 1498] como la institución del mayorazgo, o simplemente como una minuta cuyo contenido no llegó a ser elevado a escritura pública?

Si nos fijamos que [a nota] está escrito por la misma persona que escribió otros documentos autorizados por Martín Rodríguez y que en su encabezamiento están en blanco el día y el mes, determinándose sólo el año de 1497, lo cual no tendría explicación si el acto a que se refiere se hubiera llevado a efecto, y que no sólo no está firmado por Martín Rodríguez y los otros escribanos que se citan, sino que ni se hace mención de ellos como firmantes, ni se dice que sea copia, parece deducirse que el tal documento era sólo minuta, que siguiendo las instrucciones del Almirante redactó y le entregó el escribano Martín Rodríguez para si estaba conforme extender la escritura de fundación con todos los requisitos legales.
[De novo Altolaguirre confunde os dois documentos uma trasncrição da Cédula Real de Morgado é de Martín Rodríguez e tem ano de 1497 e está formalmente tratada enquanto o Testamento falso de 1498 é um documento á parte de letra diferente e sem testemunhas ou notários.]

La minuta [o Testamento falso de 1498] tuvo que ser redactada en los días comprendidos entre 23 de abril de 1497, fecha de la Real cédula autorizando a don Cristóbal Colón para fundar el mayorazgo, y el 4 de octubre del mismo año [1497], en que murió el príncipe don Juan, al que en el texto del documento se le ruega no consienta se tergiverse lo que la fundación dispone. [A forma como Altolaguirre se refer aos documentos não ajuda, uma vez é a “minuta” outra vez é o “mayorazgo” outra vez o “testamento”. Na TCR-1497 os Reis de Castela mandam que o “Illustrísimo Principe D. Juan, nuestro muy caro y muy amado hijo...” guarde esta mercê. É verdadeira e leva Altolaguirre a cair no erro de tentar meter a criação do Testamento falso de 1498 antes da morte do Principe porque lá se lê: “E ansí lo suplico al Rey e a la Reina, Nuestros Sñores, y al Príncipe Don Juan, su primogénito Nuestro Señor” o que explicarei no artigo acima com as imagens do livro de Navarrete].

La firma del Almirante y la fecha de 22 de febrero de 1498 que al dado de ella, pero separada del texto, leyeron los peritos, parecen indicar que estando el Almirante conforme con la minuta [o Testamento falso de 1498] la autorizó y se formalizó en dicha fecha la escritura de mayorazgo. [Confusão dos dois documentos "minuta" e "mayorazgo". Outra vez enquanto a TCR-1497 firmada pelos Reis e testemunhada por vários o Testamento falso de 1498 está firmado somente com El Almirante a 22 de febrero de 1498 e não está formalizado de forma alguma nem tem noem de nenhum notário em lado nenhum].

La sustracción de la hoja de la minuta [o que foi roubado não foi a “minuta” foi o testamento verdadeiro de 1502] y el haber sido arrancadas del registro del escribano de Sevilla Martín Rodríguez las hojas correspondientes al mes de febrero de 149818,[aqui pode-se ver como o crime foi muito mais bem pensado do que aparenta. Os falsários tiveram a visão de fazerem desaparecer os registos do Notário Martín Rodríguez do mês de Fevereiro de 1498 porque o Testamento falso de 1498 sendo inventado 100 anos mais tarde não figurava nos apontamentos daquele notário e assim as folhas tinham que desaparecer e apoiaram-se depois noutro documento falso forjado no Registo do Selo Real da Corte em Simancas com data de 1501. Foi tudo muito bem feito porque 1501 é data Posterior aquela no documento falso de 1498 e C. Colon esatava em Espanha mas tramaram-se ao meter o nome do Principe D. Juan num documento com data de 1501. Nem Altolaguirre nem Navarrete deram por isso. Ver artigo sobre Navarrete antes de este].
en que debía estar inscrita la fundación caso de haberse otorgado la escritura en esa fecha, hacen más verosímil la hipótesis de que la minuta fué elevada a escritura y que las hojas del registro fueron arrancadas y la de la minuta sustraída por alguien a quien le convenía hacer desaparecer las disposiciones a que el Almirante sujetaba la sucesión en el mayorazgo.

Que fuera o no elevada a escritura pública la minuta de 1497 importa poco a nuestro objeto; [aqui está tão errado o sr. Altolaguirre não só porque o documento da TCR-1497 não é o mesmo de 1498 mas ainda porque esta TCR-1497 é mesmo verdadeira e foi elevada a escritura pública por Martin Rodrigues].
lo que nos interesa, y creemos haberlo conseguido es probar su autenticidad, ya que en ella declara por dos veces don Cristóbal Colón que había nacido en Génova19.
*** [Chegámos ao fim desta laboriosa análise sabendo exactamente o objectivo de Altolaguirre. O objecgtivo dele era provar que tinha sido o próprio Almirante C. Colon que tinha escrito o Testamento de 1498 em que diz que era nascido em Génova isto afinal é o que torna o testamento importantíssimo porque sem este mais nenhum documento no mundo consegue provar de onde era deveras o Almirante. E foi pela alta importância que este documento tem que eu tentei provar que ele era verdadeiro mas como não o consegui fazer tentei provar se ele era falso e é memso falso como está provado no meu livro]

El testamento de 1497 no es el único documento en que don Cristóbal afirmó su condición de extranjero.
[de novo alerto que não existe um Testamento de 1497 existem sim uma trasncirção da Cédula Real de Morgado e um Testamendo falso de 1498 e o lugar ond ese lê ter nascido na Génova é num documento falso e assim Colon nunca afirmou ser Genovês.
Mas é ainda mais sinistro a forma como Altolaguirre tenta apoiar a palavra “genovês” que o Almirnate nunca escreveu dando a ela o mesmo signifocado da palavra “extrangeiro” escrita pelo Almirante. Não são a mesma coisa e levem a diferência em mente ao ler os seguites parágrafos. Não vou continuar a comentar o resto do artigo pois está claro que Altolaguirre confunde os dois documentos o de 1497 e o de 1498. Para mais esclarecimentos vejam as páginas de Navarrete no fim deste artigo].

En la carta que en 7 de julio de 1503 escribió a los Reyes desde la isla Jamaica, protestando de la acusación que contra él formulaban sus enemigos de que quería declararse independiente en las islas, ley decía: «¿Quién creerá que un pobre extranjero se hubiese de alzar en tal lugar contra V. A. sin causa ni sin brazo de otro príncipe y estando solo entre sus vasallos y naturales?» El padre fray Bartolomé de las Casas, que para escribir la Historia de las Indias tuvo a su disposición el archivo de los Colones, copia párrafos de muchas cartas. En una de ellas decía el Almirante a los Reyes: «yo he sido culpado en el poblar, en el tratar de la gente y en otras cosas, muchas como pobre y extranjero envidiado20.» En otra que escribió a los Reyes dándoles cuenta de su tercer viaje, quejándose de las calumnias de que era objeto por parte no sólo de las personas que habían regresado de las Indias sino de algunas que no habían salido de Castilla, refiriéndose a éstas les decía: «Las cuales tenían facultad de probar su malicia al oído de Vuestras Altezas y todo con arte y todo por me hacer mala obra por envidia, como pobre extranjero»21; y en otra que en 1498 dirigió a los Reyes desde la Española les rogaba que mandasen a los que en Sevilla entendían en los asuntos de Indias que no le fueran contrarios. «Yo no sé -les dice- lo que allá pasaría Ximeno salvo que es de generación que se ayudan a muerte y vida e yo ausente y envidiado extranjero no me desechen Vuestras Altezas, pues que siempre me sostuvieron22». Como se ve, don Cristóbal Colón, no una sino repetidas veces en distintas fechas invoca su condición de extranjero; su hijo don Fernando, cuando escribió la Historia del Almirante, no sabía, o si lo sabía no quiso decir dónde nació su padre; pero cuando otorgó en Sevilla testamento, el 12 de julio de 153923, ya lo sabía, pues al dictar instrucciones al comisionado que había de recorrer Italia, adquiriendo libros para la Biblioteca Fernandina, le recomendaba que se valiera de los genoveses, a los que debía presentarse como «Sumista de la librería Fernandina, que instituyó don Cristóbal Colón, genovés, primero Almirante que descubrió las Indas; el hijo confirió la declaración que su padre hizo en el testamento de 1497 de haber nacido en Génova». De los hermanos del Almirante también se conservan pruebas de que eran extranjeros. Don Fernando Colón, en la historia de su padre, dice que don Bartolomé Colón presentó a Enrique VIII de Inglaterra un mapamundi, en el que estaba escrito:
Ianua cui patrie est nomen cui Bartholomeus Columbus de Terra-rubra opus edidet estud Lodoniis ann. Domini 1480 atque in super annos Octava Dec imaque die cum tertia mensis Febr. Laudes Christo cantentur abunde.
Esto halló don Fernando escrito de propia mano, según dice, de don Bartolomé Colón, y agrega que lo inserta más por su antigüedad que por su elegancia. También el padre Las Casas encontró este documento en el archivo de los Colones y lo copia en su Historia general de las Indias, diciendo que estaba escrito de «muy mala y corrupta letra» y sin ortografía. Lo mismo don Fernando que el padre Las Casas conocían la letra del Adelantado, y al coincidir en que por él estaba escrito lo que antecede dan la prueba plena de la autenticidad. Pretendió el Almirante que a su hermano don Diego se le concediera un beneficio eclesiástico; en la Memoria que antes de emprender su tercer viaje dejó a su hijo don Diego, decía: «Has de procurar que Sus Altezas hagan merced a Diego mi hermano de algo en la iglesia una canongía u otra cosa»: mas para conseguir lo que el Almirante deseaba existía el obstáculo de que, según las leyes del reino, los extranjeros no podían obtener beneficios eclesiásticos. Así lo disponía la Novísima Recopilación, y los procuradores en las Cortes de Madrigal y Toledo pidieron a la Reina que la ley fuese cumplida y que no se falsease expidiéndose cartas de naturaleza a los extranjeros. «Jure e prometa Vuestra Alteza -le dicen a la reina Isabel en las Cortes de Madrigal de 1476- que de aquí en adelante no dará carta de naturaleza a persona alguna, salvo si fuere alguna persona por grandes merecimientos»; y la Reina así lo ofreció, y para cumplir lo ofrecido y al mismo tiempo complacer al Almirante, dice la Real cédula de 8 de febrero de 1594 que atendiendo a los servicios de don Diego le hace «natural de estos nuestros reinos de Castilla y León para que podáis haber e hayáis cualquier dignidad e beneficio eclesiástico que vos fueren dados e podáis gozar e gocéis de todas las honras e gracias e mercedes e franquicias e libertades exanciones e prerrogativas e inmunidades e de todas las otras cosas e cada una de ellas que podíades e debíades haber e gozar si fuésedes natural de los dichos nuestros reinos y mandamos a los Príncipes que vos hayan e tengan por natural de estos nuestros reinos así como si fuéredes nacido e criado en ellos». ¿Qué mayor prueba puede pedirse de que don Diego Colón había declarado que era extranjero que esta Real cédula, en que los Reyes y la Chancillería, reconociéndolo como tal, le conceden el que fuera tenido como si hubiese nacido en los reinos de Castilla y León?
Alegan los que creen que el Almirante nació en Galicia que allí existían individuos del mismo apellido; lo cual nada prueba, porque también existían en Aragón, Valencia y Baleares. Lo que hay que probar con documentos (y hasta ahora no se ha hecho) es que las Colones de Pontevedra eran de la familia del gran navegante y que los padres de éste estuvieron allí establecidos en la época en que nació. La Historia ha de ser fiel expresión de los hechos; el investigador debe tener por único fin el hallar la verdad y exponerla imparcialmente, prescindiendo en absoluto de si halaga o contraría sus particulares sentimientos. Nosotros, que no hallamos base para sostener que don Cristóbal Colón nació en Pontevedra, celebraremos encontrar, o que otros encuentren, pruebas capaces de anular lo que resulta de los documentos que hemos estudiado, demostrando documentalmente, de manera que no ofrezca duda, que mintieron don Cristóbal, su hijo don Fernando y sus hermanos don Bartolomé y don Diego; pero entretanto que estas pruebas parecen, seguiremos dando crédito a sus declaraciones de que eran extranjeros. 18 marzo 1925.


NOTAS
1 Archivo Histórico Nacional. Leg. 21477, pieza 5.ª
2 Archivo Histórico Nacional. Leg. 21477, pieza 5.ª
3 Archivo Histórico Nacional. Leg. 21477, pieza 5.ª
4 Archivo Histórico Nacional. Leg. 21477, pieza 5.ª

5 Archivo Histórico Nacional. Leg. 21477, pieza 35.

6 Archivo Histórico Nacional. Leg. 21477, pieza 35.
7 Archivo Histórico Nacional. Leg. 21477, pieza 35.

8 Archivo Histórico Nacional. Leg. 21477, pieza 35.

9 En nuestro estudio ¿Colón Español? expusimos que por razón del apellido no había obstáculo en reconocer que el Almirante había nacido en Italia, pues lo mismo que el nombre de Cristóbal era en italiano Christophoro, el apellido Colón se traducía en Colombo, aduciendo como prueba que buen número de italianos residentes en España cuando el Almirante volvió ele su primer viaje, al dar cuenta a sus compatriotas del descubrimiento del gran navegante, que ellos no conocían más que por el apellido Colón, en sus cartas en italiano le llamaron muchos Colombo.
Entre los litigantes en el gran pleito de la sucesión del ducado de Veragua figuraron don Bernardo Colombo, de Cogoleto, y don Baltasar Colombo, de Cucaro, el primero desapareció pronto, pero don Baltasar porfió hasta su muerte; su apellido italiano era Colombo, los documentos que presentó para demostrar su parentesco con el primer Almirante, a de Colombis y a Colombos se referían, y, sin embargo, en las actuaciones figura unas veces como Colombo y otras como Colón. En documento oficial como la sentencia dictada en la causa que se siguió al Almirante de Aragón por la sustracción de una hoja del testamento de 1497, se dijo: «En el pleito que es entre don Jorge Alberto de Portugal, Conde de Gelves, doña Francisca Colón y don Cristóbal Colón y don Baltasar Colón, pretensores del estado de Veragua.... fallamos que debemos absolver y absolvemos al dicho Almirante de Aragón.»[Isto foi genial da perdoar o Almirnate de Aragão por ter dad cabo do Testamento verdadeiro assim ficava mais afirmada a "cópia" de Baltasar] Y en la sentencia de revista en posesión del mayorazgo se citan todos los litigantes y entre ellos a don Baltasar Colón, pero es más, el mismo don Cristóbal Colón o su hermano don Bartolomé (aún no está definitivamente aclarado de cuál de los dos es la letra), en la nota escrita en el margen de una página del Imago Mundi de Pedro Alliaco, tradujo el nombre y apellido de Bartolomé Díaz, al que llamó Bartolomeus Didacus. No quiere esto decir que fuera la traducción una regla que se seguía invariablemente; pero desde el momento que se efectuaba con frecuencia y era sancionada por la costumbre y admitida hasta en los Tribunales, no puede aducirse la imposibilidad de que don Cristóbal Colón fuera italiano porque allí no existiera el apellido Colón sino el de Colombo. La costumbre de traducir al latín e italiano los apellidos subsistió mucho tiempo. El padre Acosta, en su obra De Natura Novi Orbis, impresa en 1589, llama al gran navegante Christophorus Colonus, y Alfonso Ulloa tituló la traducción que hizo en Venecia en 1678 de la historia del Almirante «Historie del Signor don Fernando Colombo nelle quale s'ha particolare e vera relatione della vita e de fatti dell Ammiraglio D. Christophoro Colombo suo padre».
10 Archivo Histórico Nacional. Leg. 21477, pieza 5.ª
12 Archivo Histórico Nacional. Leg. 21477, pieza 35.

13 Archivo Histórico Nacional. Leg. 221477, pieza 35.
14 Archivo Histórico Nacional. Leg. 21477, pieza 35.
15 Archivo Histórico Nacional. Leg. 21477, pieza 5.ª

16 Archivo Histórico Nacional. Leg. 21477, pieza 35.
17 Academia de la Historia. Colec. Salazar. S. 53. Memorial de la Casa de Veragua.
18 Archivo Histórico Nacional. Legajo 2147, pieza 5.ª

19
Dice el señor Fernández Navarrete en la ilustración X de las del prólogo con que encabezó su Colección de Viajes, que en el libro de registros del Sello Real de Corte que corresponde al mes de septiembre de 1501, existente en el Archivo general de Simancas, constaba la confirmación, que inserta, del mayorazgo fundado por don Cristóbal Colón, la cual después de la fórmula de costumbre decía
:
«Vimos una escritura de mayorazgo que vos don Cristóbal Colón ficisteis en virtud de nuestra carta de licencia firmada de nuestros nombres en ella inserta, escrita en pergamino e firmada de vuestro nombre e signada de escribano público, fecha en esta guisa: En la muy noble cibdad de Sevilla Jueves en veinte dos días del mes de Febrero año del nacimiento de nuestro Salvador Jesucristo de mil cuatrocientos e noventa y ocho años, y expone el señor Navarrete que continúa tal y como está en el tomo II de su Colección de Viajes, en las páginas 221 a 235
».
[Este documento deveria de parecer logo suspeito a qualquer que o lê-se por fazer as duas coisas numa. Mixtura o texto "
En la muy noble cibdad de Sevilla.." da TCR-1497 com a data de 22 Fevereiro de 1498 do testamento falso e para quem queira acreditar no testamento falso como verdadeiro ficava assim o caso todo resolvido mas este documento é também falso e depois de lerem aquilo que o Altolaguirre escreve a seguir e a falta de encontrar o dito documento em Simancas que PROVA TUDO vaiam ler o meu esclarecimento de Navarrete ].
Este documento confirma nuestra hipótesis de que la minuta de 1497 fué elevada a escritura pública el 20 de febrero de 1498. A pesar de que Navarrete dice que la fundación del mayorazgo era en la confirmación tal y como la inserta en su obra, no debía contener súplica al príncipe don Juan que en la minuta de 1497 se hacía para que no permitiera que se faltase a lo prescrito en la fundación, una vez que el 20 de febrero de 1498 hacía ya tiempo que Había el Príncipe fallecido; pero lo que no nos explicamos es que igual recomendación se le haga al continuar el mayorazgo en Granada el 8 de septiembre de 1501, cerca de cuatro años después de la muerte de don Juan, ocurrida el 4 de octubre de 1497. Esta circunstancia, unida a la de que en el litigio, sobre la sucesión del Ducado de Veragua no se hace mención de este documento tan importante, nos movió a pedir al jefe del archivo de Simancas una copia de la confirmación que dice Navarrete constaba en el libro de registros del Sello Real de Corte de 1501; pero, según repetidas veces nos ha manifestado el referido jefe, no aparece en el Archivo tal confirmación; la misma respuesta ha obtenido la Real Academia de la Historia, y como, dada la honradez científica de investigador tan ilustre como el señor Fernández de Navarrete, no debe presumirse una superchería, habrá que creer que un error de fecha u otra circunstancia desconocida son causa de que no se encuentre.
Si no fuera por las apuntadas circunstancias hubiéramos dado crédito a la confirmación; pero consideramos más prudente prescindir de los argumentos que nos ofrece en defensa de nuestra tesis hasta que parezca el documento de que se facilitó copia al señor Navarrete, a fin de conocer con exactitud su texto y comprobar su autenticidad. *****[como se vê muitas vezes o nome das pessoas fazem com que não se possa ter suspeitas deles mesmo sendo as provas um pouco estranhas e estarem desaparecidas ver imagem da nota de Navarrete no seguinte artigo. Altolaguirre tem razão em duvidar Navarrete pois o próprio Navarrete duvida daquilo que escreve como se vê nesta nota.]

20 Casas, cap. CLXII. 21 Casas, cap. CLVIII. 22 Casas, cap. CXXVI. 23 Colec. de Doc. inéditos para la Historia de España, lám. XVI.