"Ficamos tristes por saber que em Portugal, onde se sabe com toda a certeza que Cristoval Colon viveu, casou e navegou, não exista nenhum tipo de incentivo por parte do governo para promover essa informação e preservar aqueles lugares históricos que Cristoval Colon pisou com os próprios pés. O Convento de St. António na Castanheira, perto de Vila Franca de Xira, onde Colon foi beijar a mão à rainha D. Leonor, caiu no esquecimento e está hoje em estado deplorável nas mãos de um particular."
Ainda no capítulo XX, página 612, escrevem os autores:"Colon despediu-se do Rei e, no caminho fez uma paragem para visitar a sua prima e rainha, Dona Leonor, Rainha de Portugal, em Santo António da Castanheira, um convento da Ordem de Cristo...porque ele era, na realidade, um Grande Senhor em Portugal, um parente de sangue real que ela já não via há oito anos."
Refira-se que é de Cristóvão Colombo, assim nomeado pela historiografia reinante, de quem estamos a falar, exactamente esse grande homem, português de nascimento e de sangue nobre, que redescobriu as Antilhas, supostamente ao serviço da coroa de Castela, mas em verdade servia secretamente um grande estratega e líder nacional, El-Rei D। João II। Ora, a avaliar pela citação mencionada, este valoroso navegador deixou o seu rasto no concelho de Vila Franca de Xira, concretamente no convento de S। António que se situa no lugar da Loja Nova, e dada a sua proximidade da Castanheira do Ribatejo é natural que os autores o refiram como localizado nesta terra। Este património que deveria estar acessível aos cidadãos, pela sua carga histórica, pois tem cerca de 500 anos, foi sujeito ao efeito devastador da burocracia que vai adiando a recuperação deste maravilhoso, místico e esotérico património do concelho de Vila Franca de Xira. São as memórias que alicerçam o futuro e estas farão parte certamente, das grandes memórias do nosso concelho, aquelas que suplantam a materialização da vida e a exagerada predominância dos cancros macroeconómicos, que contaminam a solidariedade cultural dos cidadãos em geral e, desorientam as lideranças autárquicas, frustrando as aspirações das populações locais.
Quando urge promover referências de excelência na construção de um futuro verdadeiramente promissor, com trabalho, construção e produção dos mais altos valores patrióticos solidários, que relevem as capacidades e competências deste grande povo, e que as classes dirigentes teimam em abafar, somos afinal contaminados com uma depressão colectiva desconcertante। É tempo de parar com a materialização das vaidades, com o cimento, o alcatrão, as rotundas pseudo-artísticas e disfuncionais, os festejos pavoneados, as inaugurações mascaradas, os discursos de circunstância, os coutos, as honras e padroados, a bacharelice e a futriquice. É hora da promoção do Homem, do ser, das relações humanas, do conhecimento, da solidariedade, das ideias, enfim da promoção da economia espiritual.
Este é o tempo de dar alma, ânimo, luz, crença e fé a estes nobres cidadãos, que o foram por imenso até 1495, graças à visão estratégica, e verdadeiramente patriótica de líderes e comandantes como D. Afonso Henriques, D. Dinis, D.João I, a nossa querida Inclíta Geração, o grandioso El-Rei D. João II, a lista torna-se reduzida, e aquele votado eternamente ao mistério e pelos historiadores abandonado, mas que foi um português de grande excelência, o navegador Cristoval Colon.
Mas o gene continua cá, os líderes e comandantes, infelizmente não os hão!
Coragem para a salvaguarda do património do convento de S। António. Vivam os Homens deste concelho! Viva a História deste concelho! Viva a Cultura deste concelho!
-- Carlos Sete