domingo, dezembro 20, 2009
EMILIO J. LÓPEZ - MIAMI - 18-11-2009
En el libro ‘Colón. La historia nunca contada’, Manuel Rosa sostiene que el almirante encandiló a Fernando de Aragón e Isabel de Castilla con la idea de abrir una nueva ruta hacia la ‘falsa India’ para dejar vía libre a los portugueses en la India verdadera y en Africa.
En una entrevista telefónica con Efe desde Durham (Carolina del Norte) donde vive y trabaja, Rosa, que presenta su obra el próximo 24 de noviembre en la Escuela de Estudios Hispano-Americanos (CSIC) de Sevilla (España), explicó que Portugal quería explotar yacimientos de oro en Ghana (Africa) y comerciar con la India sin la intromisión de España.
De hecho, precisó, ‘los portugueses no enviaron ningún navío a la India hasta que Colón’ no descubrió el Nuevo Mundo y Castilla se avino a firmar en 1494 el Tratado de Tordesillas con el rey Juan II de Portugal, un pacto que estableció las rutas de expansión de ambas potencias al este y al oeste.
sábado, dezembro 12, 2009
Rosa fez a sua missão pessoal de provar que Cristóvão Colombo, descobridor do continente americano, não era genovês, mas muito provavelmente português.
As suas pesquisas levaram-no a ler mais de 1.000 livros, analisar uma infinidade de documentos e a viajar à volta do mundo - desde a República Dominicana à Polónia - em busca do que ele entende ser a verdade.
"Chegou a altura de acabar com 500 anos de conceitos errados," adiantou Rosa a O Jornal. "O meu objectivo é que as pessoas não perguntem se ele era português, mas sim como é que ele poderia não ser português."
Rosa acredita que um elo crucial, mas frequentemente esquecido, na história do navegador é a sua vida passada em Portugal.
"Ao se ter passado por cima da vida portuguesa de Colombo e da sua esposa portuguesa, como isto sendo insignificante, uma parte importante da identidade de Colombo foi apagada e escrita de novo," alega Rosa.
http://realfamiliaportuguesa.blogspot.com/2009/06/tracar-as-origens-de-colombo-durham-n.html
domingo, novembro 15, 2009
The Environmental Factor is produced monthly
by the National Institute of Environmental
Health Sciences (NIEHS),
segunda-feira, outubro 19, 2009
Modificação do Blogue
Caros leitores.
Muito se tem discutido sobre muitos temas neste blogue durante os anos com a ideia que da discussão vem a resolução.
De forma a diminuir a confusão e para focar o tema melhor na história de Cristóvão Colón, este blogue vai ser modificado removendo posts antigos que não estão directamente relacionados com o enigma de Colón e removendo aquelas mensagens que contêm textos de obras que estão protegidas por direitos de autor.
Continuando a postura da não censura, os comentários serão inseridos sem revista. Entretanto os administradores deste blogue reservam o direito de eliminar comentários completos ou em parte se esses não ajudarem para esclarecer o tema.
Manuel Rosasexta-feira, outubro 16, 2009
quinta-feira, outubro 15, 2009
MORADAS FILOSOFAIS-Laboratório Alquímico
terça-feira, outubro 13, 2009
Colombo Revelado na Rádio WNPR, USA
onde pode ouvir o programa ou descarregar o ficheiro para o seu computador.
sexta-feira, setembro 11, 2009
quinta-feira, setembro 10, 2009
No próximo dia 12 de Setembro de 2009, pelas 17:00 horas, no Auditório do Museu Municipal de Portimão, terá lugar a cerimónia pública de apresentação do projecto http://www.genealogiadolgarve.com/, com a divulgação dos dados relativos à freguesia de Portimão, para a qual convido todos os interessados......
quarta-feira, agosto 26, 2009
quinta-feira, agosto 13, 2009
Desenrolar o Selo de Martim da Bohemia
terça-feira, agosto 11, 2009
Mestres de Pseudo-História Colombina
segunda-feira, agosto 10, 2009
Provas Documentais da Burla Colomboinha
quinta-feira, agosto 06, 2009
Concurso para nomear livro Espanhol
Aquela pessoa que nos der a ideia para um titulo que for usado receberá
um livro Espanhol assinado e um jantar com o autor.
sexta-feira, julho 24, 2009
Comentários de Leitores sobre Colombo Português-Novas Revelações
Espantoso trabalho! Tenho recomendado – e oferecido – exemplares do seu “Novas Revelações”. Muito obrigado por tudo.
-- P. F. Marcos
Parabéns pelo novo livro "Colombo Português" o qual estou a ler com sofreguidão tal como fiz com "O Mistério de Colombo Revelado".
Penso que, neste momento, para lá daquele tipo de historiadores portugueses que se limita a citar todos os trabalhos anteriores, perpetuando os erros e preconceitos enraizados e a quem nunca ocorreu formular algumas perguntas simples mas disruptivas, apenas autores anglo-saxónicos( leia-se americanos ) com a sua perdilecção disneyana pela temática "poor boy/rich girl/happy end", e o poderoso lobby ítalo-americano aceitam a história do cardador de lãs analfabeto que miraculosamente, em meia dúzia de anos, se torna mestre numa série de ciências diferentes, priva com o Rei mais secretivo da época e casa com uma fidalga. Se isto não é Hollywood!...
Desejo-lhe, desde já as maiores felicidades, e que a sorte ou a Providência coloquem no seu caminho aquela prova conclusiva e indesmentível por que todos ansiamos, para que Colon deixe de ser "para sempre confundido" e nós consigamos saír da "floresta de asneiras"!
-- A. Ramires
Acabo de ler o livro de V. Exa. que é a todos os títulos uma obra de Mestre intitulada Cólon Português. Lisboa, ed. Esquilo, 2009.
domingo, julho 19, 2009
O Franciscanismo de Colon - parte 2
Parte 2
3. A presença Templária e da Ordem Terceira de S. Francisco na vila de Pavia
Igreja de S. Paulo
Sol e Lua no interior da Igreja de S. Paulo
Cruz Orbicular e Cruz Templária na Igreja de S. Paulo
Chancela da Ordem Terceira de S. Francisco (séc. XVIII ou XIX)
(16) Joaquim Chorão Lavajo, Ordem dos frades menores no Alentejo e no Algarve
sábado, julho 18, 2009
O FRANCISCANISMO DE CRISTÓVÃO COLON
integrada na Conferência de 23 de Maio 2009. CUBA - Alentejo
1. A Influência do Franciscanismo na Corte de Portugal durante o século XV
(1) João Dionísio, «Literatura franciscana no Leal Conselheiro, de D. Duarte» Lusitânia Sacra, tomo 13-14, 2001-2002
(2) Manuela Mendonça, O Franciscanismo em Portugal – Séc. XIV-XVI, citando António Caetano de Sousa.
(3) Itinerários de El-Rei D. João II – Joaquim Veríssimo Serrão/Academia Portuguesa da História
(4) D. João II – Reis de Portugal – Luís Adão da Fonseca – Círculo de Leitores
(5) Os Franciscanos Observantes Portugueses e a representação social cristão como equilíbrio do conflito entre o poder
temporal e poder espiritual (1385-1450) – Marcelo Santiago Berriel
(6) O Franciscanismo em Portugal – Séc. XIII-XVI - Manuela Mendonça
2. A Influência Franciscana na formação de Cristóvão Colon
(continua...)
(7) Fundadores do nominalismo, os franciscanos Duns Scoto (m.1308) e Guilherme Occam (m.1349); Princípio do Nominalismo: Os conceitos são realidades ou palavras?
(8) Alain Milhou, Cristóvão Colon “Modelo “idiota” que ensina os sábios”, 1992.
(9) Idem.
(10) Idem.
(11) Joaquin da Fiori: http://pt.wikipedia.org/wiki/Joaquim_de_Fiore
(12) T. Lombardi, Storia del Francescanesimo, OFM, 1980, p. 418.
(13) Gemelli, Il Francescanesimo, 1947, p. 136.
(14) Franciscanismo em Portugal – Fundação Oriente 1996/2000.
(15) Manuel da Silva Rosa, O Mistério Colombo Revelado, 2007
sexta-feira, julho 03, 2009
Fina d'Armada - 2. O ÚLTIMO REBENTO DE HENRIQUE
Relativamente às letras da base, na sigla de Colon parecem indicar o seu nome – Cristóvão Fernandes. Quanto ao Zarco, que muitos defendem, gostaria de não me meter nisso para já. Por um lado, não consegui até agora encontrar uma filha ou neta de Zarco que encaixasse na história. Por outro, Zarco era uma alcunha que significava “olhos claros, azuis ou verdes, quase brancos”. Essa era a cor dos olhos de Cristóvão Colon e do rei D. Manuel I. Além disso, Manuel Luciano da Silva defende que Zarco em grego significa Colon.
«Se consultarmos o dicionário judaico, verificamos que existem as palavras “Zakhar” que quer dizer “órgão masculino” e “Zarkor” que significa “projectar” ou “ejacular”. É por isso que “Zarkor” tem o mesmo significado que Colon em grego» (1)
Mas antes de voltarmos a estas 9 letras, lembremos que intérpretes dos livros de D. Tivisco dizem que Colon foi “o último rebento de Henrique”. Tem-se interpretado como descendente de Henrique, sobretudo através do seu filho adoptivo Infante D. Fernando. Mas se pensarmos bem, Colon nunca podia ter sido o último rebento de ninguém, porque teve irmãos mais novos, filhos e descendentes que chegaram ao nosso século. Então, se não era último rebento de sangue, é último rebento de quê?
Não tenho dúvidas que se trata de Henrique, o Navegador. Ora, em que qualidade Colon seria último? Os Descobrimentos foram iniciados por Henrique, mas Colon não foi o último descobridor. As Antilhas foram achadas em 1492 e, depois disso, Vasco da Gama descobriu o caminho marítimo para a Índia e Pedro Álvares Cabral o Brasil. Sem falar em Timor, na Terra Nova, nos caminhos para a China e Japão... A única diferença é que Colombo descobriu no tempo dos reis católicos e D. João II e, as outras descobertas aconteceram no reinado dos reis católicos e D. Manuel I. Portanto, o que difere é D. João II e D. Manuel I.
Voltemos de novo às 9 letras na horizontal. Vemos lá Cristóvão Ferens mais o ponto e o traço que dizem significar Colon, ou seja, membro.
Curiosamente, o ponto e traço de Colon, no fim da assinatura, é parecido com o ponto e traço no fim da assinatura do Infante D. Henrique que assinava assim: IDA./ (Infante Dom Anrique).
Os pontos e traços das assinaturas de Colombo e de Anrique, significam que ambos eram membros. Se Cristovão FERENS significa os que vão por Cristo, então talvez Colombo fosse o último rebento da ideia original daqueles que iam descobrir tendo como objectivos o cristianismo do Espírito Santo e o espírito de descoberta. Neste sentido, Colon pode ter sido o último rebento da missão iniciada por Henrique em 1420. Por outras palavras, Cristóvão Colon pode ter sido o último templário. O último descobridor que encerrou a missão esotérica da Ordem de Cristo.
E então Vasco da Gama e Pedro Álvares Cabral não iam sobre as águas transportando a ideia de Cristo? Na verdade, não. Com D. Manuel I, Cristo passou a ser Jesus. A ideia que prevalecia era a conquista, a obtenção de tributos dos régulos africanos, uma cristianização à força, não era uma ideia templária. Segundo Zurara, o Infante D. Henrique alimentava já a intenção de chegar à Índia por mar, mas não era uma ideia de conquista e de guerra como D. Manuel entregava aos capitães nos seus regimentos.
Ora, dentro da perspectiva de levar uma mensagem templária, D. Henrique foi o primeiro, Colombo o último.
Escreveu ele: «Do novo céu e terra que dizia Nosso Senhor por São João no Apocalipse, depois de dito pela boca de Isaías, me fez mensageiro e me mostrou aquelas partes» (2)
Ele considerava-se o anunciado duma profecia.Temos então que esta ideia de “último rebento” nos leva a colocar Colombo em Tomar, terra que espalhou pelo mundo o culto do Espírito Santo. E por ser o último templário, teria de estar imbuído de secretismo da Ordem de Cristo. Teria de ser um alto senhor português.
Se fosse filho secreto do Infante D. Fernando, só podia ter aparecido à luz em Portugal, após 1470, quando seu pai morreu e, como não podia ser mais perfilhado, deixou de correr risco de vida. Nos seus textos, ele chegou a escrever que há 14 anos que tentava demover o rei para a descoberta das Índias antes de ir para Castela. Como foi em 1484, menos 14 anos dá 1470. Terá sido a partir de então que entrou nos segredos da Ordem de Cristo. E também nos segredos da Ordem de Santiago, dirigida após 1472 por D. João II, tendo-se tornado marido duma “comendadeira” dessa Ordem.
Convém relembrar que, como filho do Infante D. Fernando, seria 3º primo de Isabel a Católica, pois ambos tinham uns bisavós comuns – os reis D. João I e D. Filipa de Lencastre, que era ruiva como Colon e como a mãe da Católica.
Quanto ao facto de ele provir duma filha natural de Anrique, isso justificaria o secretismo do seu nascimento, durante mais de 500 anos. D. Henrique ainda hoje é um mito, como cavaleiro puro, que procurava o Santo Graal, e morreu virgem segundo Zurara.
Enfim, com Anrique ou sem Anrique, como “último rebento” dum projecto templário ou com sangue real de Jerusalém, a saga misteriosa de Cristóvão Colon continua.
(1) Manuel Luciano da Silva e Sílvia Jorge da Silva, Cristóvão Colon [Colombo] era Português, Quidnovi, 2006:123.
(2) Cit. por Manuel Rosa, O Mistério Colombo Revelado, Ésquilo, 2006: 531.
quinta-feira, julho 02, 2009
Fina d'Armada. A SIGLA DE 'COLOMBO'
A SIGLA DE 'COLOMBO' - “A” DE ANRIQUE E ÚLTIMO REBENTO
Palestra pela Historiadora Fina d'Armada, integrada na Conferência de 23 de Maio de 2009. CUBA - Alentejo
1ª Parte
Gostaria de começar por felicitar a Vila de Cuba por manter viva a chama da nacionalidade portuguesa de Cristóvão Colon, mais conhecido por Colombo. Ao realizar estas conferências, mantém o assunto actual e dá relevo à sua terra.
No romance histórico “O Segredo da Rainha Velha”, desenvolvo, entre outras coisas, uma tese de Colombo português.
Apoiando-me nas entrelinhas da obra de Rui de Pina, “Crónica do Senhor Rei D. Afonso V”, e nos documentos da Torre do Tombo sobre a Infanta D. Beatriz, eu penso que Colombo pode ter sido gerado em Cuba, mas deve ter nascido noutro local. Tal como a rainha D. Leonor conseguiu impedir que o Papa legitimasse um filho ilegítimo do marido D. João II, também a poderosa D. Beatriz nunca permitiria o nascimento dum bastardo que herdasse bens seus. Na altura, ela ainda não tinha filhos.
Suponhamos, então, que o nascimento de Colon teve algo a ver com a fuga do Infante D. Fernando, em 1452, por causa desse incidente Duque de Beja. Talvez a sua amada grávida corresse risco de vida. Colon pode ter nascido no mar Mediterrâneo ou em Nápoles. Nessa cidade, reinava um tio do Infante, irmão de sua mãe, e não tinha herdeiros. D. Fernando queria que esse seu tio o adoptasse, para um dia ser rei de Nápoles, rejeitando a adopção feita pelo Infante D. Henrique. Esse Infante, o 2º homem mais importante do reino, fugiu de Portugal, sem prevenir o rei D. Afonso V, seu irmão, nem o pai adoptivo Infante D. Henrique, porque queria formar uma vida nova. Sozinho? Não creio. Como levou na sua escassa comitiva (com ele eram cinco) Vasco Fernandes de Lucena, um jurisconsulto diplomata que já participara 17 anos antes, em 1435, no concílio de Basileia (1), isso sugere que ele queria anular o seu casamento junto do Vaticano e começar nova vida em nova terra. Colon pode até ter vindo ao mundo no mar Mediterrâneo, dentro do barco do corsário Peroso, corsário italiano que bem podia ser genovês.
Os portugueses de Ceuta, que foram com uma armada atrás do Infante fugitivo, encontraram, segundo Rui de Pina, “uma galé e uma caravela [do Infante], ambas juntas, e a galé era de um Peroso, corsário italiano” (2)
Todavia, se Cristóvão Colon nasceu numa situação de fuga, isso não significa que ele não seja português e que não tenha mantido relações estreitas com os senhores de Cuba. É como naqueles casos em que uma mãe, que vive em determinada terra, vai ter um filho a uma maternidade que fica noutro local e depois há a dúvida de se saber se é natural da terra onde foi gerado ou onde acidentalmente veio a este mundo. A questão da nacionalidade pode não ser linear.
A SIGLA DE CRISTÓVÃO COLON
No entanto, hoje trago aqui uma interpretação da sigla de assinatura de Cristóvão Colon, que iniciei no “Segredo da Rainha Velha” e aqui desenvolvo.
Como se vê, as letras estão colocadas não ao acaso, mas com um aspecto gráfico. Assim, há sete letras dispostas em triângulo, com o vértice para cima, e nove letras na horizontal. Segundo Manuel Freitas: “O triângulo com o vértice para cima simbolizava o fogo e o sexo masculino; com o vértice para baixo, simbolizava a água e o sexo feminino e, pela sua semelhança com a púbis, está muito ligada a motivos de fertilidade (3)
Tal como os menhires, há uma forma anatómica nos triângulos – com o vértice para cima sugerem o membro masculino na pujança da fertilidade. Ora a esse membro dá-se o nome de Colon – apelido do navegador. Ou seja, um triângulo também é um Colon.
Para Pitágoras o triângulo era “o símbolo da sabedoria” e para os Egípcios o emblema da divindade (4)
Posto isto, sete letras dentro dum triângulo de vértice para cima, sugere-nos a sua progenitura masculina. No século XV, praticamente era só esta que contava. O nº 7 também sugere criação divina. Portanto, estas letras devem dizer-nos quais as suas origens, como foi criado por Deus por intermédio da sua progenitura masculina.
Quanto às nove letras na horizontal, vem-nos à ideia que se trata do seu nome terreno. O nº 9 é o número de meses duma gravidez. Portanto, o sete é criação divina, o nove, criação terrena.
Assim, os 3 SS do vértice podem não ser iniciais de palavras, mas uma espécie de mensagem ou revelação. Existirá algum significado oculto nos SS?
No Alto Minho, não sei se noutras partes, os SS não são letras, são símbolos. Símbolos de quê? De união, de vida, de fertilidade conjugal. Usam-se nos desenhos de peças em ouro, mesmo antes da nacionalidade. E ainda hoje se compõem.
(Brincos actuais com SS, bambolina e formato de Vénus)
E são:
“Símbolo da união e da fertilidade conjugal, ao qual se junta, por vezes, a noção de força vital, pelo facto do macho e fêmea nadarem sempre em conjunto. O aparecimento sazonal destas aves migratórias, que surgiam no mesmo local e na mesma altura, sempre despertou um certo mistério e possivelmente por isso aparecem de forma bem explícita em antigas arrecadas na vizinha Galiza e nas nossas, em filigranados, forma estilizada de representar os patos a voar.
A mais antiga representação de SS encontrada é uma conta dum colar do tempo Suevo-visigótico. Hoje pertence à Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira.
Conta de brinco ou colar suevo-visigótica com SS (catálogo da exposição do ouro, Museu de Arqueologia, Lisboa, 2007)
Para ir para a Gronelândia, Arquipélago dos Açores, Madeira... Cristóvão Colon teria de contactar com outros marinheiros e muitos deles eram de Viana. Ora, na sigla de Colon, vemos três SSS. E ao lado de cada um deles vemos dois pontos, um de cada lado. Em mais letra alguma, quer do triângulo quer do rectângulo, nós vemos os dois pontos. Para mim, significa igualdade de progenitura.
No meio desses SS, está a letra A. No centro. No coração do triângulo. Todas as outras letras vão dar a esse A. Para mim, significa que tanto de pai como de mãe, Colon descende igualmente de alguém com o nome A. Ora, como na época se dizia Anrique em vez de Henrique, presumo que ele, tanto de pai como de mãe, descenderia do Infante D. “Anrique”.
Mas esse “A” também pode significar outra família, dado que estão lá 3 SS. Como o filho de Colon, Fernando, nos diz que seu pai tinha “sangue real de Jerusalém”, procurei entre as famílias judaicas portuguesas quem teria sangue real. Encontrei a família Abravanel, descendentes do rei David. Palavras de Hernando (5): “sendo os seus antepassados de sangue real de Jerusalém, teve por melhor que seus pais fossem menos conhecidos”. “Fossem menos conhecidos” sugere sangue judaico.
Os Abravaneis foram importantes na corte portuguesa. Um deles foi tesoureiro do rei D. Afonso V. Outro foi conselheiro económico do Duque de Bragança e por isso foi considerado membro da conjura do Duque, tendo ficado sem os bens. Mesmo assim, D. João II não o perseguiu como a outros e Abravanel foi absorvido pela corte de Isabel a Católica, onde prestou relevantes serviços. Depois, quando se tornou a situação difícil para os judeus em Castela, Abravanel fugiu… curiosamente para Nápoles, onde voltou a servir o rei desse estado.
Relativamente às três letras da base do triângulo, XMY, dizem que são Cristo, Maria e José (o Y corresponde ao J que não existia no séc. XV). Talvez signifiquem outra coisa. O certo é que essas três letras continuaram a ser usadas em documentos religiosos. A vidente Lúcia, quando redigiu a terceira parte do Segredo de Fátima, em 1944, começou o texto por J.M.J. E fazia o mesmo nas suas cartas.
Mas se, na sigla de Colon, significarem uma família, as letras não estão dispostas na ordem certa. Uma família compõe-se por pai, mãe e filho. Reparem que está dessa forma, se forem lidas ao contrário, como fazem os judeus. Lidas da esquerda para a direita, como sempre fazemos, temos filho, mãe e pai em último. Uma família absurda por começar pelo filho, mas é essa a versão cristã. Talvez Colon nos quisesse dizer que a sua família era parte cristã e parte judaica, pois no cristianismo o mais importante é Cristo, depois Maria e por fim vem S. José, ao contrário duma família tradicional.
Na Sagrada Família Cristã, o filho Jesus não é natural, é adoptivo, como todos sabem. Reparemos agora na sigla. O X de Cristo dirige-se obliquamente para A do centro, tal como na outra esquina o Y de José. Pode bem significar que seu pai era um filho adoptivo de A. Sua mãe, mesmo em linha recta com esse A, pode querer dizer que descende também de A, desta vez directamente.
Com esta análise, defendi no meu romance a tese que os pais de Colon seriam um filho adoptivo de Henrique (no caso o Infante D. Fernando). Quanto a sua mãe, seria a filha natural do Infante D. Henrique, pois, segundo li nos livros de Manuel Rosa, existe um documento nos Arquivos do Vaticano em que o Infante de Sagres faz um pedido ao Papa para a sua filha natural.(6)
Desta forma, como não tenho a certeza, transmiti sob a forma de romance que Cristóvão Colon, gerado em Cuba e nascido talvez no Mediterrâneo, ou em qualquer terra das suas margens, poderia ter tido como pai o filho adoptivo de Anrique, ou seja o Duque de Beja, e eventualmente gerado por uma mãe, filha natural de Anrique e de uma mulher da família Abravanel. Naturalmente que o Infante D. Fernando, futuro Duque de Beja, teria contacto com a ignorada filha do seu pai adoptivo e com os nobres Abravaneis (até tinham brasão) que circulavam pela corte.
(continua ...)
(1) Grande Dicionário Enciclopédico Ediclube, vol. XI, 1996, entrada Lucena, Vasco Fernandes
(3) Manuel Rodrigues de Freitas, “Ouro”, in Cadernos Vianenses, tomo 32, Viana do Castelo, Câmara Municipal, 2002: 186.
(4) Fina d'Armada, O Segredo de Fátima e Nostradamus, Ésquilo, 2004: 50.
(5) 1º capítulo de Historie del S. D. Fernando Colon, cit. por Manuel Rosa, “O Mistério Colombo Revelado”, Ésquilo, 2006: 476.
(6) “O Rev. Dr. Maurício dos Santos viu um verbeto do Cardeal Garampi que refere o pedido do Infante ao Papa a favor de sua filha natural” - Manuel Rosa, Colombo Português, Ésquilo, 2009: 305.