sexta-feira, junho 13, 2008

Entrevistas

Conversa Aberta na RTP2

quinta-feira, junho 12, 2008

A Cuba nos círculos de Cristóvão Colon (parte 3)

Vimos na parte 2 deste artigo que, pelo casamento de Dª Leonor de Melo com D. Álvaro de Ataíde, o título de Senhores de Castanheira transitou da família Melo (desde Vasco Martins de Melo) para a família Ataíde.
Os direitos sobre a aldeia de Cuba terão igualmente transitado para D. Álvaro de Ataíde.
Quer D. Álvaro de Ataíde, quer seu filho D. Pedro de Ataíde pertenceram ao grupo de nobres fidalgos que sairam de Portugal para Castela no mesmo período em que tal aconteceu com Cristóvão Colon. Segundo as versões tradicionalmente aceites, tal foi provocado pela segunda conspiração contra o Rei D. João II. Falta perceber se estavam envolvidos numa conspiração contra D. João II ou se eram eles próprios "a conspiração" de D. João II.
Veja-se que D. Vasco de Ataíde era Prior do Crato e padrinho de D. João II, foi em casa de um Ataíde que D. João II foi morrer em Alvor, uma sobrinha neta de D. Álvaro de Ataíde casou com um descendente de Zarco. Pedro de Ataíde, o Corsário Inferno bem poderia ser companheiro de aventuras de Colon e Guiomar de Ataíde casou com Jorge Alberto de Portugal e Melo, descendente de Vasco Martins de Melo, o qual casou em segundas núpcias com Isabel Colon, neta do Almirante Don Cristobal Colon.

Num episódio impossível de explicar no âmbito da versão do Colombo genovês, o Almirante Don Cristobal Colon, após a partida para a sua terceira viagem, desviou a sua rota directa ao Novo Mundo para ir socorrer os portugueses sitiados na praça forte de Arzila, no norte de África.
basta olhar para as ligações familiares dos três fronteiros de Arzila para se perceber que Colon não estava a apoiar compatriotas genoveses nem portugueses desconhecidos. Multiplicam-se as ligações com as famílias Ataíde e Melo, senhores de Castanheira, poderosos da Cuba.


No seu litígio com os Reis Católicos Fernando e Isabel pela defesa dos seus direitos contratualmente estabelecidos, mas que lhe foram sendo retirados, o Almirante Don Cristobal Colon foi auxiliado por D. Álvaro de Portugal (Bragança), também ele um nobre fidalgo que se mudou para Castela por ocasião da propalada segunda conspiração contra D. João II.
D. Álvaro de Portugal era casado com Dª Filipa de Melo, descendente de Vasco Martins de Melo.
Veja-se com quem casaram os filhos deste casal: Jorge Alberto casou com uma neta do Almirante Colon; Beatriz de Vilhena casou com D. Jorge de Lancastre, filho do Rei D. João II.
O Almirante Colon escolhia muito bem os seus aliados e apoiantes. Este D. Álvaro era Senhor de Tentúgal, Póvoa, Buarcos, Cadaval, e por acaso também de Vila Ruiva e Água de Peixes, localidades vizinhas da Cuba e actualmente integradas no concelho.
Seria Vila Ruiva a TerraRubra dos escritos atribuídos a Bartolomeu Colon?
Água de Peixes é uma quinta/palacete anexa a Albergaria dos Fusos, por acaso uma pequena localidade cujo nome se deve à indústria artesanal de tecelagem que aí existia.


Um personagem sem grande destaque na história da vida do Almirante Colon é Alonso de Carvajal ou Alonso Sanchez de Carvajal, oficial do Almirante e que surge referido nalguns documentos oficiais dos Reis Católicos.
Apesar de algumas lacunas ou falhas de datação na base de dados Geneall, tudo nos leva a crer que Alonso Sanchez de Carvajal era da família dos Senhores de Jodar, que se iniciou com Dia Sanchez de Carvajal
Para além das evidentes sequências onomásticas, para além das múltiplas ligações com uma nobre família portuguesa, existe ainda um outro factor que nos aproxima daquela hipótese: Alonso de Carvajal, oficial do Almirante Colon, foi nomeado Regedor de Baeza após abandonar o serviço do Almirante.
Baeza, localidade da província de Jaén, na Andaluzia espanhola, município vizinho de Jodar.
Ainda uma curiosidade: Lopo de Albuquerque, mais um dos nobres que transitou para Castela com o pseudónimo de Pedro Nunes, foi nomeado Corregedor de.... Baeza.
Não se encontrando antepassados de Dia Sanchez de Carvajal na base de dados Geneall, afigura-se como muito provável ser ele descendente de Diego Alonso de Carvajal, fidalgo castelhano a quem o Rei de Portugal, D. Fernando, entregou em 1372 os direitos da aldeia de Cuba, e que os manteve até à sua saída para Castela em 1377.
Nada de surpreendente, pois são os descendentes de Dinis de portugal, irmão do Rei D. Fernando, quem estabelece ligações de casamento com a família dos Senhores de Jodar.
Como o actual Duque de Veragua, Cristobal Colon de Carvajal descende, na sequência de 11 gerações, de Bernardino de Carvajal e da portuguesa Isabel de Pereiro, surge-nos uma interrogação: será que essa família apenas surgiu cerca de 1630?
Talvez não. Talvez o nome Bernardino venha na sequência da família de Dinis de Portugal, que, em mais um bambúrrio do acaso, se desvanece cerca de 1615, aparentemente sem sucessores.
Talvez aquele último Bernardino ou um homónimo descendente de Beatriz de Portugal ou de Miguel Carvajal não seja o último, mas sim o Bernardino que casou com a portuguesa Isabel de Pereiro e dos quais descende o actual Duque de Veragua. A ser assim, Don Cristóbal Colón de carvajal, actual Duque de Veragua, descendente do Almirante Colón, é também descendente de Diego Alonso de Carvajal, o fidalgo castelhano ao qual o Rei de portugal, D. Fernando entregou os direitos sobre a aldeia de Cuba em 1372.


Inequivocamente, a Cuba está bem no centro dos círculos, familiar, profissional e social do Almirante Don Cristobal Colon, ou seja, Cristóvão Colon.

quarta-feira, junho 11, 2008

Colon em Mafra

Na Conferência de Colon em Cuba (dia 24 de Maio de 2008) a novidade mais importante que veio à luz não foi a minha prova do testamento falso de 1498. Pois já muitos sabiam que eu tinha provado a falsidade dele anteriormente.
A novidade mais importate foi feita pela senhora Julieta Marques que descobriu que no tecto do Mosteiro de Mafra está pintado D. Cristóvão Colon.
É mesmo este tipo de novidades que eu esperava quando escrevi no meu livro para terem os olhos abertos dentro de Portugal. Porque eu estou convencido que dentro de Portugal estão todas as pistas necessárias para chegar-mos à verdade.
Eu acredito que este puzzle tem dicas deixadas de propósito para que seja resolvido porque Cristóvão Colon era importante demais para Portugal para que ficasse infinitamente esquecido.
Devemos de perguntar sériamente as razões de meter um herói de Espanha num tão importante local com tão importantes portugueses?
Esta pintura é importantíssima por duas razões. Uma porque mostra o nome na sua forma correcta de Colon e a outra é a companhia com quem está retratado.
As pessoas que andavam a gerer este espetáculo desde 1484 eram donos de segredos nos quais incluía-se a verdadeira identidade do Almirante Cristóvão Colon. Eu acredito que vamos chegar ao ponto de provar que ele foi 100% português somente espero que isso seja feito durante a minha vida.

No Mosteiro de Mafra foram pintados 4 heróis. Três são difinitivamente Portugueses e o quarto, segundo muitos, é um humilde Italiano que trabalhava a serviço de Castela. As personagens acima retratadas são:
1- Infante D. Henrique numa vinheta com a cruz da Ordem de Cristo ao peito ladeado pelo anjo da anunciação
2- Duarte Pacheco Pereira enfrentando o Adamastor
3- Pedro Álvares Cabral sendo forçado para longe do Brasil enquanto o Brasil está sobre guarda de outro "espírito".
e
4- O Nosso Herói CRISTÓVÃO COLON acorrentado por alguém com serpentes que o forçam a não bolir numa pose de submissão e com um letrteiro ao colo que diz: "A Castila y a Leon Nuevo Mundo dio Colon."

Fica aqui para todos nós reflectir-mos sobre as razões de estar pintado em tal lugar com tais pessaos um "tecelão genovês sem algum crédito" que segundo os cronistas portugueses andava "ladrando suas fantasias" em Espanha em vez de um Dias, Cão, Gama, Velho, Corte-Real, e centenas de outros grandes portugueses que mereciam de lá estar! Qem está a enganar a quem?
Bom trabalho senhora Julieta Marques e espero que esta descoberta seja somente uma de muitas que vão ainda vir à luz em Portugal.

domingo, junho 08, 2008

A Carta Falsa de Colombo?

Muitos animais quando pequenos são enganados a seguirem humanos como se estes fossem seus pais naturais e assim são domesticados sem saberem o que são de verdade. Seguem seus pais adoptivos cá e lá, gritam quando não os vêem de perto e acham que são humanos. Não cenhecem outra coisa. Alguns de espírito mais forte revoltam-se quando de certa idade e tornam-se naquilo que sempre foram: seres livres do jugo.

Da mesma forma muitos historiadores são ensinados desde jovens a seguir o que lhes ensinam sem questionar. A apoiarem as teses de seus professores e assim enfrentam uma vida professional como meros continuadores desses professores e não são inovadores ou verdadeiros investigadores.

Quem der uma vista de olhos ao blog dos Três Musqueteiros, mais conhecido como Pseudo-História Colombina, nota que tudo é feito com um certo professionalismo e de bom gosto visual. Nota ainda que técnicamente tudo está no seu lugar perfeitamente ajustado, nivelado e copiado. Mas nota-se também uma falta grave. A falta de critica áquilo que transcrevem. Não sabem fazer mais que copiar. Pois seu trabalho não é de apresentar interpretações ao que escrevem mas simplesmente actuarem como robots copy+paste, copy+paste. Para além disto no que toca à história em questão nota-se que têm a cautela de nunca transcrever para ali algo contrário às suas crenças forjadas por professores já mortos do mesmo moldo de copy+paste que por si também não questionavam nada.
Actuam como aqueles animais domesticados submersos em livros de mofo e pó
a quem jamais lhes cheirraá o ar fresco da selva .

Nos últimos dias aparecem por lá cartas e mais cartas apoiando a nacionalidade genovesa do Almirante. Já que o muito louvado Testamento de 1498 ficou arrasado por mim andam aflitos como animais na cela ás voltas sem saberem onde se esconderem. Não sabem outro modo de actuar senão rebuscar mais e mais coisas familiares que lhe tragam algum comforto de que aquilo em que sempre acreditaram era a verdade. "Génova", murmuram eles, "Génova! Mais coisas com Génova." Pois não têm alma de encararem-se com uma vida de mentiras.
Muitos até pensam que esta polémica só começou hoje ou em 1988 com o Prof. Mascarenhas Barreto e não sabem nada da verdadeira guerra que tem sido mantida por mais de quatro séculos entre os apoiantes de um genovês e os detractores que sempre viram que o lobo que nos vendiam era deveras uma ovelha disfarçada.

Para mim que nunca fui seguidor de ninguém mas que faço o meu julgamento baseado nos factos não tenho medo de enfrentar o establecimento mas também não sou burro. Não os vou enfrentar sem ter armas para isso e ainda algumas delas secretas. É com esta atitude que decidi meter aqui um texto de um autor que diz ter visto em Génova entre as muito famosas cartas de Colon e do Banco de S. Jorge uma carta original de Colon em Italiano. Em Italiano imaginem vocês!!!!!
Imaginem vocês que esta carta em Italiano não é nada mais nem menos que
aquela escrita em Espanhol palavra por palavra e assinada pelo Almirante.
Ou seja nos arquivos de Génova exisitia uma carta do Almirante em Espanhol e a mesma carta do Almirante em Italiano sendo as duas igualitas no seu conteúdo. Imaginemos agora que se isto é verdade os falsários pensaram em tudo e estariam bem preparados para apresentarem a carta ou em Italiano ou em Espanhol segundo fosse necessário.

Vejamos o que nos diz o Sr. Robert Dodge em 1851.

Para quem não saiba Inglês pode traduzir o texto no site de Alta Vista fazendo copy+paste, escolhendo "English to Portuguese" e carregando em cima de "Translate", como se vê na imagem à direita.






At the meeting of the NEW YORK HISTORICAL SOCIETY, held at its rooms, on the evening of the fifteenth day of January, 1850, I had the honor of presenting to the Society a copy of one of the very few remaining autograph letters of Christopher Columbus, in the original and beautiful Italian.
Upon the nineteenth day of January, 1
848, during my stay at Genoa, I had the opportunity of examining that city's proudest treasury, its Custodia of the Memorials of Columbus...
During the brief space that the Custodien allowed me to hold the letter in my hand, I succeeded in making a correct copy of the original, which, as one of but three landmarks of his history supplied by himself, and left for us, is justly regarded by his countrymen with no ordinary veneration....
I presented the copy that I thus had myself made, to the Society, without any accompanying data, which might be useful to demonstrate the originality and authenticity of the donation, as well as its historical importance....
The following is a copy of the letter in the original Italian, and translation obtained by myself from the same depository, in Genoa, January 19, 1848.


ALLI MOLTO NOBILI SIGNORI DEL MOLTO MAGNIFICO UFFICIO
DI S. GIORGIO A GENOVA.

Al di dentro Molto nobili Signori:
Benche il corpo cammini qua, il cuore sta li da continuo. Nostro Signore mi 'ha fatto la maggior, che dòpo David abbia fatto a nessuno. Le cose della mia impresa, giá risplendóno, e piu risplendérebbero, se la oscuritá del Governo non le coprisse.
Io torno alle Indie, in nome della Santissima Trinitá, per tornare subito; e perché, Io son mortale, lascio, a D. Diego, mio figlio, che di tutta la rendita, vi corresponda corti, per il decimo del totale, di essa, ogni anno, per sempre, in sconto, del prodotto, del grano, e vino, edaltre vettovaglie commestibile.
Se questo decimo sará molto, ricevetelo, e se no, ricevete la Volontá che io tengo. Vi prego, per grazia, che tengniàte riccomandato questo mio figlio. Messer Nicolo Odérigo sa dei fatti miei piu che io stesso, e lui ho mandato la copia dei miei privilegii, e carte ; perche li pongo in buona guardià, avrei piacere, che li vedreste.
Il Re e la Regina, miei Signori, mi vogliono onora piú che mai. La San. Trin. guardi le vostre nobili persone, e accresca in molto magnifico uffizio.
Fatto in Seviglia le 2 di Aprile 1502.
L'Ammiraglio Maggure del Mare Oceano, e Vice Re, e Governatore Generale delle Isole, e della Terra Ferma, del Asia, e delle Indie, del Re, e della Regina, miei Signori, e suo Capitano Generale del Mare, e del suo Consiglio.
S.
S. A. S.
X. M. Y.
Xpo. FERENS.

Supplex.
Servus. Altissimi Salvatoris.
Xristi. Mariffi. Josephi.
Christo Ferens.

TO THE MOST NOBLE GENTLEMEN OF THE ILLUSTRIOUS
BANK OF ST. GEORGE AT GENOA.


To the within Most noble Gentlemen :
Although the body travels hither, the heart remains with you for ever. Our Lord hath shown me greater grace than after David hath he shown to any one. The affairs of my enterprise are now resplendent, and will be more so, if the darkness of the government shall not overwhelm them.
I go again to the Indies, in the name of the Most Holy Trinity, to return speedily: and forasmuch as I am mortal, I leave in charge to Don Diego my son, that annually, for ever, he shall account to you for the one-tenth of all my income, in order to reduce the taxes on corn, wine and other provisions.
If this Tenth shall be considerable, accept it; and if not, accept the regard I entertain for you. I solicit your gracious consideration for my son. Signer Nicolo Oderigo, knowing of my affairs more than I do myself, I have sent him the copy of my Privileges and Charters; and as I thus place them in good guardianship, have the kindness to examine, when you see them.
The King and Queen, my Lords, treat me with more favor daily than ever. May the Most Holy Trinity safely keep your noble persons, and magnify you in your illustrious office. Done at Seville, the 2d of April, 1502.
The High admiral of the Oceanic Sea, and Vice Roy and Governor General of the Islands, and of the Terra Ferma, of Asia, and of the Indies, of the King and Queen, my Lords, and their Captain General of the Sea, and of their Council.

S.
S. A. S.
X. M. Y.
Xpo FERENS.


EXPLANATION OF THIS SIGNATURE.

Supplex.
Servus. Altissimi Salvatoris.
Xristi. Mariae. Josephi.
Christo Ferens.

The Suppliant

Servant of the Most High Saviour
Christ, of Mary, of Joseph
Christo Ferens or
Christopher.

MEMORIALS OF COLUMBUS, READ TO THE Maryland Historical Society, by ROBERT DODGE, 3 April, 1851. BALTIMORE: PRINTED FOR THE SOCIETY. MDCCCLI. JOHN D. TOY, PRINTER.


Agora acho interessante meter aqui um texto relativo a fraude de cartas de Cristóvão Colon anunciado por John Boyd Thacher em 1904 o mesmo ano em que aparece o famaoso Documento Assereto.

LETTER WRITTEN BY CHRISTOPHER COLUMBUS
TO THE DIRECTORS OF THE BANK OF ST. GEORGE

Of all the holographs which have come down to us from Columbus, none equals this in interest, not so much because of its subject-matter as for the part it has played in a famous forgery.
... If money to any great amount was ever lodged in the Bank of St. George by Columbus or his heirs, the fact is not recorded. His charities were never dispensed, because the funds were never deposited for that good purpose. Not a ducat was ever paid into the Bank and not a ducat was-ever paid out of the Bank ...

Sometime during the first week in August of the year 1829, Signor Antonio Lobero, the Archivist of the Bank of St. George, while rummaging among the old files, came across this letter.
He copied it and sent the copy to the Secretary of the Treasury. The municipal authorities learned of this, and as they already possessed the Codex, or Book of Privileges, and the two letters addressed to Oderigo, they asked that their Hall might become the repository of these relics.
Accordingly, in December, 1829, this letter was transferred to the Municipal Palace at Genoa, where it is at this day preserved....

... on October 17, 1883, was at work in the Paris National Library when he met an Italian, fluent in his French, who told him he was preparing a history of Columbus based on documents hitherto uncited and unknown, among which was a holograph letter then in his possession. Naturally, this interested Mr. Harrisse, who requested that he might see it. The Italian declined to show him the original, which he said was not in a fit condition to exhibit, but produced a photograph of it. This was at once recognised by Mr. Harrisse as apparently an exact counterfeit of the letter to the Bank of St. George, our letter No. XVIIII. When Mr. Harrisse announced his opinion that this was only a copy, the Italian smiled, and, saying that he had it from a priest, intimated that it might have been obtained from the archives at Genoa by unlawful means.... the man had been a fugitive from justice in Genoa, where, on September 6, 1882, he had been condemned to prison for theft and other crimes. In December, 1885, the man was delivered by the French authorities to the Italian Government, and thus returned to imprisonment in the Sant Giuliano Persiceto. .... is it within the range of possibility that he would have written twenty-five lines, counting the mark of the cross and the signature, making each letter of each word of one copy with exactly the same characters, the same dimension, the same shading, and placing it in exactly the same relative position as the same letter in the other copy! Only a skilled forger can do that.
- Christopher Columbus: HIS LIFE, HIS WORK, HIS REMAINS. AS REVEALED BY ORIGINAL PRINTED AND MANUSCRIPT RECORDS By John Boyd Thacher, Volume III, pg 252. G. P. PUTNAM'S SONS, NEW YORK AND LONDON. The Knickerbocker Press. 1904


quarta-feira, junho 04, 2008

Cristóvão Colon é ainda um mistério

...Manuel da Silva Rosa disse ser um seguidor do professor Mascarenhas Barreto que segundo ele "tem sido a ponta de lança que tem aberto o caminho" a outros investigadores. Depois de provar que o testamento é falso, o historiador investiga agora quem foi Cristóvão Colon, porque "o mais importante é provar qual nobre português era ele antes de se casar..." ler artigo inteiro no Diário do Sul

segunda-feira, junho 02, 2008

Nem a CIA trabalha tanto encoberto...

Achei interessante meter aqui este email que só pela Graça de Deus veio parar às minhas mãos por causa de uma gralha no endereço de email para quem esta mensagem seguia.
O pior disto tudo é que em vez de estas pessoas começarem a pensar que há nesta história algo que deve de ser revistado, fazem o contrário. Aceitam que a história está correcta e que nós é que andamos errados.
Actuando dessa forma juntam-se em bandos secretos a trabalhar por detrás das cenas escrevendo em blogues anónimamente e planeando entre si como derrubar a muralha do Colon Português para conseguirem manter de pé a farsa do Colombo Genovês somente para que os seus colegas e seus antepassados não venham a ser conhecidos no mundo como enganados em apoiarem aquela história de fantasia.

"De: xxxxxx xxxxxxxx

Data: 03/26/08 16:22:17
Para: xxxxxxxx @hotmail.com
Assunto: Manuel Rosa e suas divagações

Caríssixx xxxx xxxxxxxxxx,

Como tem passado? Espero que se encontre bem.

Bom…envio-lhe este e-mail porque penso que o Manuel Rosa já está a ultrapassar os limites de tudo…!
Como é que ele se atreve a falar mal da “comunidade científica portuguesa” se tem uma reduzida ideia dela?
Como é que o Manuel Rosa se arvora em “erudito historiador” se tem parcos conhecimentos?
Como é que fala em “genealogia” e “heráldica” se não conhece os princípios mais elementares?

Por tudo o que acima escrevi, eu tenho para mim que se impõe uma intervenção vigorosa. Bom seria que “certos meios” interviessem, até porque já existem extrapolações abusivas. Nem sempre o silêncio ou o alheamento, são as melhores respostas.
Gostaria de saber o que pensa sobre este delicado assunto.

Abraço Amigo,
xxxx x x xxxx"

Digo ainda que o Manuel Rosa mesmo sem ser perito em "genealogia" nem "heráldica" nem membro da "comunidade científica portuguesa" conseguiu provar que o brasão aceite por todos não era o verdadeiro. Conseguiu provar que a genealogia de Filipa Moniz não estava provada. Conseguiu provar que comunidade cientifica mundial estava errada em aceitar que:
- Colon não sabia medir Latitudes
- que Colon pensava viajar para a Índia
- que a paragem em Lisboa Março de 1493 foi por causa de uma tempestade.
- que o Testamento de 1498 era deveras redigido por Colon.
Enfim tudo isto só prova quanta inteligência foi necessária para fazer aquilo que os instruídos no tema não conseguiram fazer.

domingo, junho 01, 2008

A Cuba nos círculos de Cristóvão Colon (parte 2)

O Duque de Medina Sidonia, cujas relações com D. Fernando - O católico - não eram as melhores, remeteu Cristóvão Colon para um seu primo, o Duque de Medinaceli. Por uma carta escrita pelo Duque de Medinaceli aos Reis Católicos, sabemos que Cristóvão Colon esteve cerca de dois anos como hóspede do Duque.

Olhando as ligações familiares de D. Luís de La Cerda, verificamos que sua filha, Leonor, era casada com Rodrigo Mendoza, descendente dos Furtado Mendonça / Hurtado Mendoza (ramos do Alentejo e da Andaluzia), e mais concretamente do próprio Alcaide de Beja.

O filho de D. Luís de la Cerda, Juan de La Cerda, que veio a ser o 2º Duque, casou com Mécia Manoel, filha de D. Afonso de Bragança e Dª Maria de Noronha. Dª Maria de Noronha era descendente de Dª Filipa de Ataíde, em cuja família ficara entretanto o título de Senhores de Castanheira (como se mostrará noutro quadro).

Verifique-se que um irmão de Dª Mécia Manoel, D. Fernando de Faro, era casado com Dª Isabel de Melo, descendente de Vasco Martins de Melo, já referido.

Uma descendente de outro irmºao (D. sancho de Noronha), Joana Manoel de Noronha casou com D. Juan de La Cerda, 4º Duque de Medinaceli, filho do 2º Duque.

Constatam-se pois, estreitas relações familiares entre o Duque de Medinaceli, que acolheu Cristóvão Colon em sua casa, durante dois anos, até que este conseguisse convencer os Reis Católicos a aceitar o seu projecto, e famílias portuguesas, com especial relevo para os Senhores de Castanheira e os Bragança.


Após ter apresentado a sua proposta aos Reis Católicos, Cristóvão Colon teve de sujeitar-se às avaliações de uma Junta de Sábios em Castela, presidida por Frei Hernando de Talavera.

O maior apoiante de CC dentro da Junta foi Frei Diego Deza.

Este Frei Diego Deza era nem mais nem menos que um português, Diogo de Eça, filho de D. Fernando de Portugal e descendente do Rei D. Pedro.

Interessantíssimas as ligações familiares de Frei Diego Deza, apoiante de Cristóvão Colon.

Os seus sobrinhos, filhos de Pedro de Eça, alcaide de Moura, casam com descendentes das famílias Zarco, Ataíde, Moniz e uma sobrinha-neta com um descendente de Vasco Martins de Melo. Dos seus outros irmãos, Garcia e Fernando, há dois casamentos com descendentes de Vasco Martins de Melo e um outro com descendente Zarco. As sobrinhas de Frei Diego Deza casam na região do Alentejo, com Senhores de vilas contíguas a Cuba (Alvito, Viana, Alcáçovas) e uma outra (Leonor de Sotomaior) tem mesmo uma relação com o Duque de Beja, D. Diogo, filho do Infante D. Fernando, 1º Duque de Beja.

Todas as ligações no quadro se referem à época em análise.


Continuando uma análise cronológica dos acontecimentos, afastamo-nos um pouco das ligações por casamento, para olhar sobre Juan de La Cosa, mestre e proprietário da Nau Santa Maria, na qual viajou Cristóvão Colon.

Seria Juan de La Cosa o piloto ao qual o Rei D. João II ofereceu uma compensação quando Cristóvão Colon se apresentou em Lisboa, no regresso da viagem da descoberta? Seria tal compensação atribuída pelo encalhe, possívelmente propositado, da Santa Maria de forma a deixar os fidalgos castelhanos abandonados na Hispaniola?

E que significado tem a miniatura de S. Cristóvão desenhada no mapa de Juan de la Cosa, sobre o Novo Mundo? E porque foi mandado pintar na Cuba um S. Cristóvão semelhante? Será que o Padre João Vieira Mendes e o patrono Martinho Janeiro de Barahona eram descendentes de Diego Mendez (secretário do Almirante) e João de Barahona (cunhado do Almirante)?



Ainda na viagem de regresso, Cristóvão Colon viu-se obrigado, devido a uma tempestade segundo relatado, a aportar a Santa Maria nos Açores.

O capitão da ilha de Santa Maria era João de Castanheira e os relatos sobre o episódio referem que, após alguma fricção inicial, foi Cristóvão Colon muito bem acolhido em Santa Maria

Este nome não era o nome próprio do capitão, que "por acaso" fora Cavaleiro da Casa do Infante D. Fernando, Duque de Beja.

O seu verdadeiro nome era João de Melo da Cunha, mais um descendente de Vasco Martins de Melo - Senhor de Castanheira..., e ficou conhecido por João de Castanheira devido ao título que pertenceu à família, tendo os antepassados sido fidalgos reais.

Em mais um episódio inexplicável para a teoria de Colombo genovês, após a sua audiência de três dias com o Rei de Portugal, D. João II, no regresso da sua descoberta, antes de dirigir para Castela, a rainha Dª Leonor mandou chamar Cristóvão Colon ao Convento de Santo António de Castanheira, onde se encontrava recolhida. Ali se encontaram para Cristóvão Colon beijar as mãos à Rainha. Que especial consideração teria Dª Leonor por um genovês empertigado ?

Lembremos que Dª Leonor era filha do Infante D. Fernando, Duque de Beja. Saliente-se o facto de se encontrar em Castanheira, um domínio dos Senhores de Castanheira

Vejamos então quem eram os Senhores de Castanheira.

O primeiro Senhor de Castanheira foi Vasco Martins de Melo, ao qual sucederam Gonçalo e depois Pedro Vaz de Melo. Devido ao casamento de Leonor de Melo com Álvaro de Ataíde ficou este como titular, tendo-lhe sucedido Pedro de Ataíde.

Mas não eram apenas Senhores de Castanheira, Povos e Cheleiros.

Desde 1377 que a família detinha os Direitos sobre a aldeia de Cuba, atribuídos pelo Rei D. Fernando a Vasco Martins de Melo.

Os Senhores de Castanheira eram os poderosos da Cuba.

Concluímos então que, a Cuba está indissociavelmente ligada aos personagens que fazem parte dos círculos, familiar, social e profissional de Cristóvão Colon
(continua)