quinta-feira, março 01, 2007

A PROVA FINAL - 2 EM 1

A PROVA FINAL – 2 EM 1

O pseudo blog da história colombina apresentou uma prova final que vem revolucionar toda a história da humanidade.

Enquanto alguns membros da comunidade científica (tantas vezes invocada para justificar a manutenção do status quo sobre “Colombo genovês”), juntamente com participantes convidados reunidos na Sociedade de Geografia de Lisboa, ouviam exposições e debatiam as questões da “Relevância ou não relevância da nacionalidade de Colombo” e “A portugalidade de Cristóvão Colon”, os fautores do pseudo blog, optavam por não se expôr e ficaram a trabalhar afanosamente na sombra, de forma a poderem apresentar aos seus leitores e ao mundo a prova final que abarca, qual 2 em 1, os dois maiores mistérios da história da humanidade.

Inspirados pela nóvel tese que agora defendem, depois de caído em desgraça o Colombo tecelão genovês, por manifesta insustentabilidade, os autores do pseudo blog esmeraram-se na procura, dentro dos baús das frustações, de provas concretas sobre a origem do Colombo hebreu, o tal “não necessariamente tecelão”.
Esta tese do Colombo “não necessariamente tecelão” foi, como se esperava, iniciada por um genovês de nome Vittorio Giunciuglio, simples operário reformado que escolheu a história como hobby. Claramente um distintíssimo membro da comunidade científica tantas vezes invocada como júri da verdade.
É esta tese perfilhada pelo pseudo blog que sustenta ter sido Colombo um enviado do Papa Inocêncio VIII, qual último templário. Este Papa Inocêncio era da família Cybo. Daí, muito obviamente, o nome dado à ilha de Cuba, concluiu aquela tese. Cuba porque o Papa era Cybo, e Cybo salta à vista que é o mesmo que cubo e cubo é, concomitantemente, o masculino de cuba.
Faltava apenas a demonstração que Colombo era hebreu.
Isso conseguiu agora o pseudo blog.
Sob o título “A prova final”, o pseudo blog mostra a evidência:
afinal, a romã, símbolo que, num grupo de três, dispostas em triângulo, um ignorante armado em “investigador” viu poder associar o Almirante Don Cristóbal Colón à vila de Cuba e ao seu Paço do Duque de Beja, está, individualmente, associada ao Colombo hebreu.
Com foto e tudo, o pseudo blog, mostra-nos o menino hebreu, ao colo de sua mãe, segurando na mão a simples romã.
De uma assentada, o pseudo blog resolveu os dois maiores enigmas da história da humanidade. Colombo era aquele menino hebreu.
Aleluia !

Carlos Calado
1 Março 2007

6 comentários:

  1. Caro Carlos Calado

    Como sabe estive na SGL. A obrigatoriedade do Colombo genovês ser o Colombo tecelão foi, de imediato, contestada pelo Prof. Contente Domingues!O Colombo genovês pode ser, segundo ele, um Colombo comerciante, um colombo nobre, um...Colombo qualquer genovês. Quanto ás 3 romãs o que de imediato surgiu foi a hipótese de serem símbolos maçónicos. Hebreus, não ouvi, mas também pode ser uma hipótese.
    Face ao exposto,peço calma e pouca demagogia.

    Melhores cumprimentos

    Maria Benedita

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  2. Cara Maria Benedita,
    Sei que esteve na SGL, mas não pode associar nada do que aqui escrevi ao que se passou na SGL.
    Aliás, parece-me que identifiquei claramente a origem da "prova final" pelo que é aí que deverá procurar, quer as hipóteses, quer especialmente, as causas.
    Perante isso, mantendo sempre a calma e não faço demagogia. Apenas sou forçado a ser sarcástico.
    melhores cumprimentos
    Carlos Calado

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  3. Maria Benedita, se o "Colombo genovês náo era o Colombo tecelão" então meta a história conhecida toda no caixote do lixo.
    A todo o mundo foi vendido como verdadeiro um "Colombo tecelão" e sendo assim toda essa história vale nada hoje.
    Pois se vão meter uma parte da história fora devem admitir que a história era falsa.

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  4. Exma Sra Maria Benedita,

    E possivel que o Colombo genovês tenha sido effectivamente um tecelao.

    Mas este Site trata sobre Colom/Colon. Nao sobre o taberneiro Cristoforo Colombo.

    ps: Os Colombos nao sao de familia nobre. E um nome extremamente banal na Italia.

    Obrigado

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  5. Considerando o curriculum académico do mencionado sr. João C. da Silva de Jesus, só se pode manifestar uma certa tristeza. Um professor usa o argumento da suposta nacionalidade italiana de C.C., para recusar, assim, a possibilidade de um C.C. de nacionalidade portuguesa. Não apresenta outro argumento nem prova a nacionalidade italiana de C.C. O sr. Silva de Jesus reflecte o estado em que se encontra o sistema escolar nacional e é mais italiano do que os Italianos, os quais se afastam cada vez mais da conhecida tése de um C.C. daquele país.

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  6. Concordo inteiramente com o mais recente comentário de Anónimo. Passei horas a ler o blog de J.C.S.J., na expectativa de encontrar lá algo de novo; um argumento mínimo que fosse. O autor limita-se a afirmar a pé firme, que Colón era italiano, porque documentos italianos assim rezam. Nada de historiador tem, porque um historiador digno, trabalha sempre acessível a qualquer dica alheia e investiga tudo quanto indica para irregularidades em téses geralmente aceites.

    Só o facto de existirem documentos italianos falsificados é motivo bastante, para se procurar por um outro curriculum vitae de Colón.

    O fundamentalismo nos textos do Prof. Silva de Jesus chega ao ponto de transformar o filho legítimo de Colón num grande desconhecido. E isto é só um exemplo no bosque de disparates históricos plantado por aquele blog.

    Melhores cumprimentos.

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