No bem denominado site Pseudo-História Colombina o J.C.S.J. escreve um artigo titulado: Filipa Moniz - a não comendadeira.
De novo o Sr. J.C.S.J. no seu modo regular foje á regra das coisas para forçar uma excepção. Em vez de nos tentar explicar como é que um plebeu de Génova conseguiria atender Missa em Todos-os-Santos, Mosteiro da elite Ordem da Cavaleria de Santiago? E como um plebeu de Génova conseguiria casar com a filha de um nobre Capitão do Rei de Portugal que residia aí dentro? O J.C.S.J. dá-se em vez ao seu já habitual esforço de tentar provar que a Filipa Moniz era uma mera insignificante pessoa do seu dia.
Eu foquei-me no Mosteiro de Santos porque o filho de Cristóvão Colon disse que a esposa dele era "uma senhora, chamada Dona Felipa Moniz, de nobre sangue fidalga, Comendadora no Mosteiro de Todos os Santos, onde o Almirante ía ordinariamente á Missa".
Eu confirmei como um facto aquilo que disse D. Hernando com o estudo do Prof. Joel Mata (que pode ser puxado aqui em PDF). Uma Filipa Moniz era mesmo uma das donas comendadeiras residente em Todos os Santos nessa época.
Ninguém achou as palavras de D. Hernando estranhas. Ninguém se deu ao trabalho de investigar o que fazia um plebeu genovês intrometido a atender Missa com os Cavaleiros de Santiago na década dos 70 do século XV. Ninguém se deu ao trabalho de explicar o que fazia Filipa Moniz nesse Mosteiro de Santiago nem qual era o seu grau social.
Fizeram exactamente o contrário e ainda o fazem.
Por acreditarem que o Almirante era um plebeu genovês diminuem automáticamente a Filipa Moniz para o seu degrau de tecelão e tornam-a numa serviçal do mosteiro. Não são capazes de meter as suas mentes á volta de mais nada. Não conseguem ver mais que um plebeu e por isso tudo o resto tem que ser forçado a encaixar na vida e no grau de um plebeu tecelão de Génova. É por aí que começa a verdadeira Pseudo-História Colombina. São incriveis as voltas que eles dão ás coisas para arruínar a família Perestrelo, para diminuir a sabedoria do Almirante, para roubar a Glória e escurecer a Fama e genialidade do nosso grande Rei D. João II.
Neste caso o J.C.S.J. acha que a importância nisto tudo é se a Filipa Moniz tinha ou não tinha os titulos de "Dona" e de "Comendadeira" e passa por cima das implicações de ela ser residente no Mosteiro de Santos debaixo da guarda e da gerência de D. João II, Mestre que foi de Santiago.
Está claro que nem tudo se sabe a 100% destas coisas mas noutro caso qualquer os documentos seriam vistos com outros olhos. Somente não o são porque "Colombo era plebeu tecedor de lã Italiano" e tudo tem que ser forçado a sustentar esta fantástica teoria fantasiosa e por isso tudo é modificado e interpretado nesse sentido.
O estudo do Prof. Joel Mata é um grande contributo para entender o Mosteiro de Santos mas não é em si o principio e o fim de tudo sobre o Mosteiro e a Ordem. Há muito ainda para investigar e saber sobre isso. Para já digo que não está provado que as donas comendadeiras de Santos naquele tempo não fossem todas aparentadas com membros de Santiago a falta de prova afirmativa não a torna numa prova negativa.
O facto é que as "donas" do Mosteiro de Santos tinham diferentes estados tanto de vida como de categoria e não se pode dar uma pincelada a todas com a mesma côr. Haviam donas "professas" tal como haviam donas hospedadas e viúvas com seus filhos. Temos que diferenciar desde já que nem todas as donas professavam e mesmo professas poderiam casar com autorização do Mestre. Uma coisa pode-se dizer. Todas elas eram sustentadas pela Ordem de Santiago na maioria com os rendimentos da Comenda de Santos.
A designação de Comendadeira é simples de entender. Viviam da Comenda ou seja eram-lhes encomendado rendimento para viverem. E assim eram todas elas comendadeiras. O problema é que a a "priora" começou a ser designada por Comendadeira que seria de certo referência á Comendadeira-mor.
Para melhor esclarecimento deve-se olhar para as palavras do Mestre da época «...em 1488, D. João II interpela o mestre castelhano, perguntando entre outras coisas "si las comendadoras se pueden casar e casadas si les quedan las encomiendas"»
«...um contrato agrário, de 1483, do tempo de D. Beatriz de Meneses, onde o tabelião refere no protocolo o "mosteiro de Santos que he das Senhoras Comendadeiras da Ordem do Bem Aventurado Santiago" .» - estudo de Joel Mata. As donas comendadeiras eram todas elas só que a comendadeira-mor é na maioria das vezes chamada comendadeira e as ourtras simplesmente donas.
Outra grande presunção do J. C. S. J. é que o navegador era italiano:
«Especificamente esta obra não é um estudo sobre a esposa de Cristóvão Colombo, nem sobre qualquer matéria colombina entendida como a busca de elementos para a biografia do navegador italiano.» E no fim de contas é este o ponto de vista que o cega e que não o deixa ver as coisas como elas são mas sim como ele quer que elas sejam.
Mas para mim falta ainda muito para o caso ficar totalmente esclarecido. Continua a minha busca de dicas e documentos que me levem de uma vez por todas a desvendar a verdade. Nesse sentido notei agora que no estudo do Prof. Joel Mata aparece uma «Filipa (D.) 1490.09.16 - 1497.07.29 A.N.T.T., Mosteiro de Santos, cx.10, m.4, nº6, A.N.T.T., Mosteiro de Santos, cx.19, d.d., nº19»
Interessante ver ali uma D. Filipa sem apelido? Será que ao se establecer Colon permanentemente em Castela a D. Filipa Moniz foi de novo hospedada em Santos até morrer em 1497? Não sei. Mas é mais uma possivél dica a pesquisar porque só mantendo os olhos bem abertos a todas as dicas é que vamos chegar lá.
De novo o Sr. J.C.S.J. no seu modo regular foje á regra das coisas para forçar uma excepção. Em vez de nos tentar explicar como é que um plebeu de Génova conseguiria atender Missa em Todos-os-Santos, Mosteiro da elite Ordem da Cavaleria de Santiago? E como um plebeu de Génova conseguiria casar com a filha de um nobre Capitão do Rei de Portugal que residia aí dentro? O J.C.S.J. dá-se em vez ao seu já habitual esforço de tentar provar que a Filipa Moniz era uma mera insignificante pessoa do seu dia.
Eu foquei-me no Mosteiro de Santos porque o filho de Cristóvão Colon disse que a esposa dele era "uma senhora, chamada Dona Felipa Moniz, de nobre sangue fidalga, Comendadora no Mosteiro de Todos os Santos, onde o Almirante ía ordinariamente á Missa".
Eu confirmei como um facto aquilo que disse D. Hernando com o estudo do Prof. Joel Mata (que pode ser puxado aqui em PDF). Uma Filipa Moniz era mesmo uma das donas comendadeiras residente em Todos os Santos nessa época.
Ninguém achou as palavras de D. Hernando estranhas. Ninguém se deu ao trabalho de investigar o que fazia um plebeu genovês intrometido a atender Missa com os Cavaleiros de Santiago na década dos 70 do século XV. Ninguém se deu ao trabalho de explicar o que fazia Filipa Moniz nesse Mosteiro de Santiago nem qual era o seu grau social.
Fizeram exactamente o contrário e ainda o fazem.
Por acreditarem que o Almirante era um plebeu genovês diminuem automáticamente a Filipa Moniz para o seu degrau de tecelão e tornam-a numa serviçal do mosteiro. Não são capazes de meter as suas mentes á volta de mais nada. Não conseguem ver mais que um plebeu e por isso tudo o resto tem que ser forçado a encaixar na vida e no grau de um plebeu tecelão de Génova. É por aí que começa a verdadeira Pseudo-História Colombina. São incriveis as voltas que eles dão ás coisas para arruínar a família Perestrelo, para diminuir a sabedoria do Almirante, para roubar a Glória e escurecer a Fama e genialidade do nosso grande Rei D. João II.
Neste caso o J.C.S.J. acha que a importância nisto tudo é se a Filipa Moniz tinha ou não tinha os titulos de "Dona" e de "Comendadeira" e passa por cima das implicações de ela ser residente no Mosteiro de Santos debaixo da guarda e da gerência de D. João II, Mestre que foi de Santiago.
Está claro que nem tudo se sabe a 100% destas coisas mas noutro caso qualquer os documentos seriam vistos com outros olhos. Somente não o são porque "Colombo era plebeu tecedor de lã Italiano" e tudo tem que ser forçado a sustentar esta fantástica teoria fantasiosa e por isso tudo é modificado e interpretado nesse sentido.
O estudo do Prof. Joel Mata é um grande contributo para entender o Mosteiro de Santos mas não é em si o principio e o fim de tudo sobre o Mosteiro e a Ordem. Há muito ainda para investigar e saber sobre isso. Para já digo que não está provado que as donas comendadeiras de Santos naquele tempo não fossem todas aparentadas com membros de Santiago a falta de prova afirmativa não a torna numa prova negativa.
O facto é que as "donas" do Mosteiro de Santos tinham diferentes estados tanto de vida como de categoria e não se pode dar uma pincelada a todas com a mesma côr. Haviam donas "professas" tal como haviam donas hospedadas e viúvas com seus filhos. Temos que diferenciar desde já que nem todas as donas professavam e mesmo professas poderiam casar com autorização do Mestre. Uma coisa pode-se dizer. Todas elas eram sustentadas pela Ordem de Santiago na maioria com os rendimentos da Comenda de Santos.
A designação de Comendadeira é simples de entender. Viviam da Comenda ou seja eram-lhes encomendado rendimento para viverem. E assim eram todas elas comendadeiras. O problema é que a a "priora" começou a ser designada por Comendadeira que seria de certo referência á Comendadeira-mor.
Para melhor esclarecimento deve-se olhar para as palavras do Mestre da época «...em 1488, D. João II interpela o mestre castelhano, perguntando entre outras coisas "si las comendadoras se pueden casar e casadas si les quedan las encomiendas"»
«...um contrato agrário, de 1483, do tempo de D. Beatriz de Meneses, onde o tabelião refere no protocolo o "mosteiro de Santos que he das Senhoras Comendadeiras da Ordem do Bem Aventurado Santiago" .» - estudo de Joel Mata. As donas comendadeiras eram todas elas só que a comendadeira-mor é na maioria das vezes chamada comendadeira e as ourtras simplesmente donas.
Outra grande presunção do J. C. S. J. é que o navegador era italiano:
«Especificamente esta obra não é um estudo sobre a esposa de Cristóvão Colombo, nem sobre qualquer matéria colombina entendida como a busca de elementos para a biografia do navegador italiano.» E no fim de contas é este o ponto de vista que o cega e que não o deixa ver as coisas como elas são mas sim como ele quer que elas sejam.
Mas para mim falta ainda muito para o caso ficar totalmente esclarecido. Continua a minha busca de dicas e documentos que me levem de uma vez por todas a desvendar a verdade. Nesse sentido notei agora que no estudo do Prof. Joel Mata aparece uma «Filipa (D.) 1490.09.16 - 1497.07.29 A.N.T.T., Mosteiro de Santos, cx.10, m.4, nº6, A.N.T.T., Mosteiro de Santos, cx.19, d.d., nº19»
Interessante ver ali uma D. Filipa sem apelido? Será que ao se establecer Colon permanentemente em Castela a D. Filipa Moniz foi de novo hospedada em Santos até morrer em 1497? Não sei. Mas é mais uma possivél dica a pesquisar porque só mantendo os olhos bem abertos a todas as dicas é que vamos chegar lá.
Toda a gente vê que ninguém calou Rui de Pina, até porque teriam, então que calar Anteriores ao testemunho de Rui de Pina, pelo menos estas fontes estrangeiras
1493, Pietro Martire d’Anghiera – lígure
1494, Pietro Martire d’Anghiera – lígure
1497, Pietro Martire d’Anghiera – lígure
1498, Pedro de Ayala – genovês
1500-1501: Pedro Martir d’Anghiera – ligure
1501, Nicoló Odereco – cidadão de Génova
1486, Alonso de Quintanilha – estrangeiro
1487 (Maio), Francisco González de Sevilla – estrangeiro
1498-1504, Rui de Pina – italiano
1500-1501: Pedro Martir d’Anghiera – ligure
1501, Nicoló Odereco – cidadão de Génova
e contemporâneas de Rui de Pina, e de Colombo, as fontes
1519, Jorge Reinel – genuensem
1530-33, Garcia de Resende – italiano
1513, Andrés Bernaldez – de Milão
1516, Hernando Alonso de Herrera – genovês
1523-1566, Bartolomé de las Casas – genovês
1525, Gaspare Contarini – genovês
1535-1557, Gonzalo Fernandez de Oviedo y Valdés – Ligúria, concretamente Cogoleto, ou então Savona ou Nervi.
1539, Fernando Colombo, seu filho e biógrafo – genovês.
Tanta gente de adesivo na boca!!!!!!!!!!!!!
Francisco
Sábado, Fevereiro 16, 2008 6:19:00 AM