domingo, janeiro 28, 2007
O pai de Colombo / O pai de Colon
De seu nome Domenico Colombo, era um modesto tecelão de lãs, um plebeu, como o designou António Gallo, chanceler do Banco de S. Jorge de Génova.
Os seus pais já tinham sido tecelões e Domenico seguiu, muito naturalmente, a actividade que estava ao seu alcance.
Terá nascido por volta de 1418, e quando tinha 11 anos, o seu pai Giovanni Colombo Canajole, colocou-o como aprendiz de tecelão numa oficina.
Aos 22 anos alugou casa às portas da cidade de Génova, indiciando que se terá casado nessa ocasião com Susanna Fontanarossa, que era, também ela, filha de tecelões.
Deste casamento nasceram-lhes cinco filhos: Cristoforo, Giovanni, Bartolomeu, Giacomo e Bianchinetta.
A vida não era nada fácil para o casal Colombo e a actividade caseira de tecelões não lhes permitia angariar o suficiente para o sustento familiar, levando-os a mudar para uma outra casa, noutro local igualmente situado junto às portas da cidade.
Mesmo assim, não conseguiram pagar ao senhorio (o Mosteiro de Santo Estêvão) as rendas do ano de 1456.
E as condições devem ter piorado bastante alguns anos depois, já que em 1460 também não pagaram as rendas pelo que Domenico se viu forçado a contrair várias dívidas no período que decorreu até 1464.
Algumas pequenas propriedades do casal, recebidas como dote de casamento de Susanna, foram sendo vendidas, certamente para satisfazer as dívidas perante os credores.
Apesar disso, Domenico não teve outro remédio senão mudar de vida e de residência, deslocando-se para Savona, a mais de 50 km, em 1470, onde se estabeleceu como taberneiro.
Os credores atormentam-no e as dívidas envolvem já o seu filho Cristoforo, maior de dezanove anos, que paralelamente com a actividade de tecelão se aventura no negócio de compra e venda de vinhos.
Em 1471 são obrigados a nova mudança, desta vez para Terrarossa, uma aldeola afastada da cidade. É em Terrarossa que Bartolomeu se inicia na aprendizagem do ofício de tecelão com seu pai.
Mas em 1472 regressam para Savona, logo após terem recebido uma parte do pagamento da venda de uma das suas pequenas propriedades. Os passos que dão são maiores que as pernas, a gestão do negócio de vinho de Cristoforo, péssimo em contas, era desastrosa e as dívidas acumulam-se, obrigando-os à venda de todo o seu parco património recebido por dote de casamento.
Acredita-se que, para além de ajudarem o pai na venda de vinhos e na tecelagem, a qual nunca terá sido abandonada, quer Cristoforo quer o seu irmão Bartolomeu também andavam embarcados desde a juventude, segundo um costume familiar ou local.
Após a venda da última propriedade em 1477, os Colombo regressam a Génova e à actividade da tecelagem, alugam novamente uma casa às portas da cidade, pertencente ao Mosteiro de Santo Estêvão, mas subarrendam parte dessa mesma casa.
Por esta altura já Cristoforo abandonara a casa paterna para se dedicar exclusivamente à vida no mar, tendo-se tornado agente comercial.
As capacidades de Domenico reduzem-se com a idade forçando a que, em 1484 já não seja ele a ensinar ao seu filho Giacomo de 16 anos de idade, o ofício de tecelão. Giacomo entra como aprendiz na oficina de um tal Cadamartori.
No final de 1494, Domenico, aos 76 anos de idade é ainda testemunha de um casamento, sendo este o seu último acto público documentado.
Presume-se que terá falecido pouco tempo depois, sem se ter dado conta do glorioso feito atribuído a seu filho Cristoforo.
Fontes
Consuelo Varela: Colón en Portugal
Marianne Mahn-Lot: Portrait historique de Christophe Colomb
Mascarenhas Barreto: “Colombo” português – provas documentais
O pai de Colon
O Infante de Portugal, D. Fernando, foi o segundo filho varão do Rei D. Duarte e de D. Leonor de Aragão.
Era, por conseguinte, um destacado membro da família Real Portuguesa e também descendente da família Real da Coroa de Aragão.
Nasceu em 1433, precisamente no mesmo ano em que D. Duarte subiu ao trono. Porém, D. Duarte não viveu muito mais tempo, e faleceu quando o jovem Infante D. Fernando tinha apenas 5 anos de idade. O filho mais velho de D. Duarte era D. Afonso V, também ele demasiado novo para governar, pelo que a regência foi entregue a D. Pedro, irmão de D. Duarte, até D. Afonso V atingir a maioridade.
Por seu lado o jovem Infante D. Fernando foi “adoptado” por seu tio, o Infante D. Henrique – O Navegador.
O Infante D. Henrique era Duque de Viseu e Grão-Mestre da Ordem Militar de Cristo, encontrando-se à frente da empresa dos descobrimentos portugueses.
D. Fernando casou em 1447 com sua prima, D. Beatriz, filha do Infante D. João, Mestre da Ordem Militar de Santiago, do seu casamento com uma neta de Nuno Álvares Pereira, Condestável do Reino.
Deste casamento nasceram vários filhos, dos quais apenas cinco sobreviveram à infância:
João (que foi 2º Duque de Beja e 3º de Viseu), Leonor (que foi Rainha de Portugal ao casar com D. João II, seu primo), Isabel (que foi Duquesa de Guimarães e Bragança, ao casar com Fernando, 3º Duque de Bragança), Diogo (que foi 3º Duque de Beja e 4º de Viseu, Mestre da Ordem Militar de Cristo) e Manuel, 4º Duque de Beja, Mestre da Ordem Militar de Cristo e depois Rei de Portugal.
Diogo terá estado envolvido numa conspiração contra o Rei D. João II juntamente com membros da família Bragança, entre os quais o Duque D. Fernando, que foi julgado e decapitado. Diogo foi apunhalado pelo próprio Rei D. João II.
Duma relação extra conjugal de D. Fernando, Duque de Beja com Isabel da Câmara (Zarco), filha do navegador João Gonçalves Zarco, terá havido um filho, designado como Salvador Fernandes Zarco.
Salvador, foi obviamente educado em consonância com as suas origens e iniciou-se desde muito novo na navegação das descobertas, com os membros das Ordens de Cristo e de Santiago, liderados por seu pai.
Vários indícios apontam para uma verdade histórica ainda não reconhecida oficialmente: Salvador Fernandes Zarco veio a sacrificar-se pelo seu país, tornando-se agente secreto de D. João II junto da Corte dos Reis Católicos, sob o pseudónimo de Cristóvão Colon.
Após o seu casamento com D. Beatriz, D. Fernando foi nomeado por seu irmão, agora Rei D. Afonso V, em 1448, como Fronteiro-Mor do Reino, encarregado das comarcas Entre Tejo e Odiana, Além Odiana e do Reino do Algarve, ou seja todo o sul de Portugal.
Em 1453 foi-lhe atribuído o Ducado de Beja, criado expressamente para si.
Para além disso, D. Fernando acompanhava de perto todo o envolvimento de seu tio, o Infante D. Henrique, no processo dos Descobrimentos e na orientação da Ordem Militar de Cristo que os liderava.
Como natural consequência, após a morte do Infante D. Henrique, em 1460, foi D. Fernando que herdou os títulos de seu tio, tornando-se Mestre da Ordem Militar de Cristo e Duque de Viseu. Tornou-se também Mestre da Ordem Militar de Santiago.
Duas das principais Ordens Militares Portuguesas ficaram assim nas mãos do Infante D. Fernando, o que acendeu as disputas com seu irmão, o rei D. Afonso V, na estratégia para os Descobrimentos.
Com uma forte personalidade e ambição, D. Fernando fazia frente às ideias do Rei.
Enquanto D. Afonso V manifestava preocupação em explorar apenas as terras já descobertas e conquistar o Algarve Dalém-Mar (o Norte de África), D. Fernando interessava-se pelas navegações exploratórias para Ocidente, no vasto Atlântico.
À frente do leme dos Descobrimentos, D. Fernando começou em 1462 a colonização das ilhas de Cabo-Verde, obtendo do Rei, seu irmão, privilégios excepcionais para favorecer o seu povoamento. Entre esses privilégios contava-se a isenção de pagamento da dízima dos produtos que os colonos de Santiago vendessem nas ilhas de Canárias, Madeira e Porto santo, Açores e todas as outras ilhas do Mar Oceano.
As sete ilhas mais ocidentais do arquipélago de Cabo Verde foram descobertas já depois da morte do infante D. Henrique, por um Escudeiro do Infante D. Fernando, confirmando a estratégia deste em avançar para Ocidente. Avançando ainda mais, D. Fernando ordenou viagens descobridoras em duas direcções: a da Terra Nova e a das Antilhas.
O Infante D. Fernando morreu em 1470, não tendo acompanhado os acontecimentos que culminaram no Tratado de Tordesilhas e posteriormente na Descoberta do caminho marítimo para a Índia e no achamento oficial do Brasil.
Fontes
História de Portugal – A. H. de Oliveira Marques
Os Descobrimentos Portugueses – Jaime Cortesão
A Dinastia de Avis e a construção da União Ibérica – David Martelo
Mascarenhas Barreto – O português Cristóvão “Colombo”
Carlos Calado - Amigos da Cuba, 28 Jan 2007
quinta-feira, janeiro 25, 2007
Finalmente Uma Bem Dita
"A Pseudo-História, ao basear-se em deduções não comprovadas, e contrárias ao documentado, e postas em circulação deliberadamente, pode perfeitamente, quanto a nós, ser chamada de História Boateira. O alcance, a difusão, a extensão dos estragos feitos pelo alargar do boato, são sobejamente conhecidos. Por vezes, mesmo, incapazes de reconhecer o erro total, geral e de base das suas publicações, existem algumas pessoas que passam a proceder (quando não começam logo por aí...) à publicação de documentos falsos, que se aparentem capazes de justificar teses estrambólicos ou alheias à verdade (1).
Outras vezes, o boato funciona com a indevida reproduação de informação mal compreendida e repassada sem critério, fenómeno que nos nossos dias parece poder atingir dimensões preocupantes com a Internet."
Pois o P.R. está de completo acordo com nós, mesmo sem o saber porque não leu o nosso livro, e não poderia explicar o que se passou com a história do "Colombo Italiano" melhor do que ele escreveu ali.
Até mesmo quando diz "à publicação de documentos falsos" aconselhamos-lhe que leia o nosso Capitulo V sobre as provas do Testamento falso de Colon que dizia Sendo eu nascido em Génova.
O facto é que toda a história sobre o Colombo Italiano é básicamente uma Pseudo-História por isso dissemos n'O Mistério Colombo Revelado na página 37:
"Quando lemos pela primeira vez acerca deste casamento, ficamos imediatamente
estupefactos com a aceitação de uma tal história de fantasia sobre um tecelão
Colombo."
Na página 272:
"É preciso suspender totalmente a realidade para aceitar esta impossibilidade.
Só numa história de fantasia é que podemos aceitar que uma pessoa que não fosse
já muito conhecida em Portugal pelo seu verdadeiro nome pudesse continuar a
sê-lo depois de sair do reino e mudar de nome."
Na página 328:
"Foi por se escreverem este tipo de factos fantasiados, que passaram a ser aceites e divulgados como se fossem verdadeiros, que é tão difícil descobrir a verdade hoje. Tanto o Testamento de 1498 como o Documento Assereto podem ser agora descartados por nada terem a ver com a verdadeira história de Colon, como já provamos."
Na página 334:
"as dúvidas sempre existiram. Consuelo Varela e Juan Gil conseguem quase dar o salto para a possibilidade de um Colon português, mas também não foram capazes de se afastar da presente história fantasiada, embora para eles não faça qualquer sentido, e escrevem: He aquí un punto de la vida de Colón no suficientemente aclarado, porque no es creíble que un marino, por muchos aires de cortesano que se dise, aprendiera a hablar y a escribir castellano en Portugal.(1)
Página 470:
"Mas se era comummente aceite, como insistem os historiadores que tentam vender a história fantasiada, que os aspectos da vida do Almirante já haviam sido resolvidos e confirmados antes de 1993, por que motivo continuaria, então, uma investigadora a tentar explicar, em 1993, a verdadeira identidade de Colon?"
Página 580:
"... a origem nobre, os estratagemas e as verdadeiras ligações que o Almirante tinha com Portugal, e o conto relatado pelos historiadores segundo o qual ele seria um tecelão foi tecido com base em fantasias e ilusões cuja credibilidade é tão impenetrável quanto uma rede de pesca,...."
(1) Consuelo Varela e Juan Gil, Cristóbal Colón, Textos y documentos completos, Edición de Consuelo Varela, Nuevas Cartas: Edición de Juan Gil, Alianza Universidad, Madrid, 1997
Mais uma revelação de como os documentos não provam que Colombo foi Colon
1533, Francisco Lopez de Gomara: “Quién era Cristóbal Colón: Era Cristóbal Colón natural de Cugureo, o como algunos quieren, de Nervi, aldea de Génova, ciudad de Italia muy nombrada. Descendía, a lo que algunos dicen, de los Pelestreles de Placencia de Lombardía.” (Historia general de las Indias).
Pois é assim tanto claro que por 500 anos ninguém podia esclarecer com certeza de onde vinha o famoso "Italiano". Era daqui, era dali, era dacolá. Assim se mostra que a história foi escrita nas palavras de Gomara como "algunos dicen" nas palavras de João de Barros "Segundo todos afirmam" e ainda segundo Las Casas "no consta la verdad dello".
Todos apontavam mas ninguém sabia.
Assim se escreveu uma história de fantasias sem pés nem cabeça nem sequer com tronco inteiro.
Quem não acredita numa censura Portuguesa e Castelhana sobre a vida do Almirante, numa falsidade efectuada contra o mundo e num intencional desvio dos factos para longe de Lisboa tudo feito pelos dois estados que foi tão fácil de fazer naquela época sem "mass media" deve pensar nos eventos dos últimos anos.
Estes são os anos da informação "the information age" temos TV, Rádio, Jornais, Telemóveis com cameras e a ainda a Internet para ser-mos bem informados mas o Presidente Bush a trabalhar com a Tony Blair conseguiram enganar o mundo passando informações falsas de armas destruição maciça no Iraque.
Fomos enganados pelo Bush e Blair e tivemos conhecimento disso em breves meses. Fomos também enganados por D. João II e D. Isabel sobre CC mas levou 500 anos para desvendar essa burla global porque todos queriam acreditar que o Almirante que escondeu o seu nome e seu passado com a ajuda de duas coroas seria tão estupido que iria escrever-lo no seu testamento ou dizer a algum Italiano a verdade verdadeira de onde nasceu.
quarta-feira, janeiro 24, 2007
O NOME DE CUBA
Segundo a institucionalizada versão do Colombo italiano, o navegador estaria convencido de que estava a chegar ao Oriente, às Índias que nos seus limites orientais tinham as conhecidas regiões de Sipango (Japão) e Cathaio (China) com as províncias de Mangi, Ciamba, Moabar, ...
À luz dessa versão, como explicam então os seus apoiantes que, à primeira ilha descoberta, CC tenha dado o nome de S. Salvador ? e tenha sempre atribuído nomes às terras que descobriu?
Faz algum sentido que, ao chegar a terras já representadas no mapa (o mapa do germânico Henricus Martellus, foi divulgado em 1489, três anos antes da viagem de “Colombo”) conhecidas, visitadas e descritas havia duzentos anos por Marco Polo, grandes civilizações, com nomes atribuídos, se fosse dar qualquer outro nome?
Não faz! O que faz sentido é que o Descobridor, porque não era o Cristoforo Colombo da historieta, sabia que tinha chegado às Antilhas já referenciadas pelos portugueses (e onde ele próprio deveria ter navegado anteriormente) e lhes atribuiu nomes, como os portugueses sempre faziam quando descobriam novas terras.
Muitas vezes, os nomes atribuídos correspondiam ao calendário hagiológico, isto é, era atribuído o nome do Santo comemorado nesse dia. Outros factores especiais, normalmente relacionados com a orografia, poderiam levar à atribuição dos topónimos.
S. Salvador foi o nome atribuído pelo descobridor à primeira terra que pisou após atravessar o Atlântico. 1492, 12 de Outubro. Não era dia de S. Salvador.
Nessa mesma ilha de S. Salvador, o descobridor atribuiu a um local o nome de S. Vicente. Também não era dia de S. Vicente.
Poucos dias depois, outra terra, outra ilha – Santa Maria da Conceição, em nada correspondente ao calendário, assim como as restantes nessa primeira viagem.
Terceira ilha – Fernandina
Quarta ilha – Isabela
28 Outubro - Quinta ilha – Juana (depois Cuba)
Têm surgido diversas tentativas de explicação para os nomes atribuídos pelo Descobridor.
S. Salvador porque a chegada a terra fora a salvação da expedição, desesperada após uma longa viagem de 5 semanas. Cristo Salvador tinha ajudado a encontrar aquela terra.
Santa Maria da Conceição pela especial devoção de Colombo a Nª Srª da Conceição.
Fernandina em homenagem ao Rei de Aragão, D. Fernando.
Isabela em homenagem à rainha de Castela, Dª Isabel.
Juana (depois Cuba) em homenagem ao Príncipe herdeiro de Castela/Aragão, D. Juan e depois Cuba porque os nativos chamavam Colba à sua terra.
Aparentemente não tem havido tentativa de explicar o nome de S. Vicente por corresponder apenas a um acidente geográfico (neste caso) e não a uma das ilhas.
No nome atribuído à quinta ilha é que se concentram as atenções historiadores e pesquisadores, porque o nome Cuba corresponde ao da vila alentejana donde seria natural o Descobridor, segundo aquilo a que chamamos tese portuguesa.
Concentram-se, portanto, os italianistas em tentar desarmar um dos indícios apontados pela tese portuguesa.
O facto dos nativos lhe chamarem Colba não permite justificar que se tenha adoptado o nome Cuba em detrimento do nome Colba, pois este seria facílimo de pronunciar pelos castelhanos, devido à vogal aberta. Porque razão se iria atribuir um nome (Cuba) se este fosse totalmente desconhecido e estranho, só pela sua semelhança com o nome indígena?
Estranho é também o facto de ter sido alterado o nome atribuído à ilha. Se Colombo lhe chamou inicialmente Juana, e isso, segundo os italianistas, seria em homenagem ao Príncipe herdeiro de Castela - D. Juan, qual a razão plausível para trocar o nome, para se conformar com o nome indígena?
A primeira ilha era designada por Guananahi no dialecto índio. E ficou S. Salvador, não foi mudado para Guana ou Guanai (por exemplo). À ilha de Samoete foi atribuído o nome de Isabela. E ficou Isabela. À ilha de Bohio foi atribuído o nome de Hispaniola, e assim ficou. Como assim ficaram Santa Maria da Conceição e Fernandina.
Isso leva-nos precisamente à explicação dos nomes atribuídos, segundo a tese do Descobridor ser português. Esses nomes conteriam uma pista para a sua identificação.
S. Salvador - porque o seu nome próprio era Salvador.
Santa Maria da Conceição – nome do mosteiro em Beja, mandada construir por seu pai, o Infante D. Fernando, Duque de Beja. O jovem Salvador poderia ter sido crismado na capela deste mosteiro.
Fernandina – em homenagem ao seu pai, Infante D. Fernando, donde lhe viria o patronímico Fernandes.
Isabela – em homenagem a sua mãe, Isabel Zarco – filha do navegador João Gonçalves Zarco.
Juana (Cuba) – em homenagem ao Rei D. João II de Portugal, para o qual “Salvador Fernandes Zarco” trabalhava secretamente, sob o pseudónimo de Cristovão Colon, infiltrado junto dos Reis Católicos. Para não despertar suspeitas, o nome de Juana foi depois mudado para Cuba, terra natal de “Salvador Fernandes Zarco”.
Veja-se que, ao regressar desta sua viagem, “Colombo” não se dirigiu directamente para Espanha. Primeiro parou nos Açores, aparentemente devido a uma tempestade. E depois desviou-se para Lisboa, foi encontrar-se com o Rei D. João II, que se encontrava na quinta de Vale do Paraíso, na zona da Azambuja, apresentando-lhe os detalhes da viagem. Pernoitou na casa do Prior do Crato. No dia seguinte deslocou-se a Vila Franca para se encontrar com a Rainha e seu irmão D. Manuel (futuro Rei). Pernoitou em Alhandra, em casa de fidalgos do Reino.
Esta relação de amizade especial entre “Colombo” e o Rei D. João II não seria razão suficiente para que o nome Juana fosse substituído, de forma a não levantar suspeitas?
Pode acreditar-se que um tecelão italiano, ao serviço dos Reis de Castela, receberia estas mordomias da Corte portuguesa, com carácter de grande intimidade? Mais a mais se acabasse de descobrir a Índia que os Portugueses perseguiam havia tantas décadas?
Voltemos então a S. Vicente, nome atribuído a um local na primeira ilha. Seria um santo da especial devoção de Colombo? Não sabemos.
O que sabemos é que S. Vicente era o patrono de Cuba, localidade onde nasceu “Cristóvão Colon / Salvador Zarco”.
A pequena capela em Cuba era dedicada a S. Vicente (tal como ainda hoje a igreja matriz o é), e nessa pequena capela teria sido baptizado o jovem Salvador.
Estas poderão ser as pistas que, olhadas no seu conjunto, apontaram desde a 1ª viagem para a identidade portuguesa de Descobridor das Américas.
Os italianistas tentam ignorar, desprezar ou contornar estas pistas, só porque não permitem encaixar a coxa historieta oficial do Colombo italiano.
Carlos Calado - Amigos da Cuba
24 Jan 2007
Como as fontes não mostram que o Almirante foi Colombo ou foi o Génovês
Depois do P.R. aceitar essa teoria de serem Colon e Colombo o mesmo nome insiste que todos esses nomes se referiam a um mesmo Cristoforo Colombo tecedor de lã da Génova, Savona, etc.
Infelizmente eles não vêem mais do que aquela cortina de fumo construida em Portugal e por isso nunca vão poder atravessar o abismo que separa o Colombo Italiano analfabeto de baixa classe daquele Colon Português instruído, latinista, cosmografo, cartografo, genial navegador, de classe nobre chamado “industrioso e engenhoso” por D. João II o qual “Colomo" era protegido e pago em Castela conhecido e ajudado pelos mais altos Castelhanos e que viajava com uma sua comitiva. Tudo isto antes de se fazer ao mar em 1492 quando supostamente era um zé-ninguém da Génova. Insignificante desonhecido e empobrecido.
Sim, Cristóvão Colon era protegido pelo rei de Portugal e pela rainha de Castela e era conhecido dos mais altos nobres nos dois reinos e estava a ser pago por Dona Isabel desde Janeiro de 1486 sem sequer ter feito uma só coisa de beneficio para Castela.
Repetimos, Cristóvão Colon era conhecido e ajudado nos dois lados da fronteira, era pago e era ajudado pelos mais altos senhores dos dois reinos antes de ter feito uma só coisa além de fugir de Portugal “secretamente”.
Será isto indicios de um tecedor de lã Genovês? Dizemos que NÂO.
Mas outros historiadores acreditam que este homem considerado tanto importante pelas duas coroas era um mero tecedor de lã Colombo Italiano porque assim o designou Rui e Pina!
Como muitos historiadores Portugueses nunca investigaram este homem e simplesmente lêram aqueles historiadores que acreditam no “Colombo Italiano” de Rui de Pina mostram uma lista de nomes e nacionalidades atribuidas depois da arribada de Colon a Portugal em 1493 e não podem entender o jogo de D. João II. Por isso negam a nacionalidade Portuguesa atribuida a “Colomo” em Janeiro de 1486 pela corte de Castela. E não acham nada estranho em Colomo ser chamado Colon pelo rei de Porugal em 1488 e ser conhecido como “estrangeiro” na corte de Castela mas nunca ser tido como “Italiano” nessa corte embora todos o estivessem já a chamar Genovês.
Nós não insistimos sem ter razão. Nós aceitamos que os nomes de pessoas eram por vezes mal escritos e que um escrivão poderia muito bem escrever um nome de forma errada ou de forma diferente uns dos outros. Isso não está em causa. O que está em causa não é o nome da pessoa mas a pessoa a que se referia, aquele tal nobre Almirante Colon, e ainda está em causa a censura intencional em volta do mesmo.
Sim. Segundo o P.R. no blog P-H Colombina este “Colomo” era o mesmissimo tão Italiano Colombo, conhecido por todos e aceite por todos fora da corte de Castela como um Genovês mas mesmo assim as dúvidas seguiam na corte de Castela porque talvez deviam de ser burros. A corte de Castela ainda insistia no processo do “pleito com la corona” em perguntar de onde vinha o Almirante sem receberem respostas concretas.
O Português Racional diz ainda:
“1486, Pedro Díaz de Toledo, segundo Manuel Rosa em fórum GP, chamou "Português" a Colombo [eu disse Colon e nunca Colombo] - (comentário de PHC: tendo acabado de chegar de Portugal, sendo desconhecido em Castela, súbdito do rei de Portugal, é possível que esta única fonte inicial o tenha designado esta primeira vez, na sua real insignificância, como português, erro imediatamente corrigido logo depois. Mas como Toledo foi aditado à lista do sr. Coelho pelo sr. Manuel Rosa, é de não nos fiarmos muito... e confirmar esta desconstextualizada fonte quem tenha paciência para isso).”
E diz sobre a carta de Dom João II “esta, aduzimos nós, PHC, por estudar e comprovar no único documento conhecido”.
>>>> Tentando me descreditar sem ir averiguar os factos rodeando o documento de Pedro Diaz de Toledo automáticamente presumindo que eu não estou a falar a verdade e atirando ainda mais abaixo dizendo que “sua real insignificância, como português, erro imediatamente corrigido logo depois”
Dando a um documento official da corte de Castela menos relevância que a qualquer carta de um Angelo Trevisan por exemplo.
Insiste também que a carta de D. João II não deve ser aceite como documento verdadeiro insinuando que é uma falsificação porque só assim é que se pode negar estes factos.
Mas ao mesmo tempo, e isto é o ponto importantissimo desta discussão, não diz que se deve de duvidar dos documentos de Génova embora se tenham provado já várias vezes que documentos forma falsificados em Génova e que o Testamento de 1498 foi falsificado para dizer “siendo yo nacido em genoba”.
Incrivelmente o P.R. acredita que um Italiano chegado a Castela como chegaram lá muitos viajando de Portugal eram automáticamente conhecidos como “Portugueses” embora os outros têm designações como Florentinos, Genoveses, e Venezianos.
Por exemplo ao aprecer em castela Juanoto Berardi foi chamado pela corte de isabel a Católica «Juanotto Veralde, mercader florentin estante en la dicha cibdad, nos fiso relación... », Veralde é muito longe de ser Berardi mas era ele mesmo. Notem que não foi tido como “Português” o que mostra que um Italiano vindo de Lisboa para Castela não era automáticamente presumido ser um Português como aceita o P.R.
Dizemos ainda que Juanoto Berardi “Nacido en 1457 hubo Giannetto de emigrar muy Joven a la Península Ibérica”(2) viveu longo tempo em Lisboa aonde seu pai era homem previligiado na corte de D. Afonso V e foi logo bem conhecido como Iataliano (Florentino) como querem agora que um tecedor de lã que viveu em Portugal somente 8 anos fosse já tido como PORTUGUÊS pela corte de Castela?
Somente ao Português tiveram que lhe deixar o nome em branco ao pagarem-lhe um ano de salário por ser um “pobrezinho” Colon desconhecido claro! E tiveram que lhe chamar Português por erro e depois “estrangeiro” por ignorância do seu verdadeiro país ou por não saberem escrever Genovês ou ainda porque era mais facil escrever “estrangeiro”?
Isto não foi uma só vez mas constantemente lhe chamavam “estrangeiro” e nunca se deram ao trabalho de perguntar-lhe mas que raio de estrangeiro era ele, Italiano? Francês? Inglês? Talvez fosse um marciano desconhecido e assim não se lhe podia dar uma nacionalidade por 22 anos na corte de Castela teve que ser inicialmente Português e depois "estrangeiro"?
Quando se vê estas listas é importante de levar no pensamento a data de 1493 e que enquanto Colomo/Colon foi conhecido como Português e “estrangeiro” antes de 1493 assim que fez a sua “milagrosa” viagem foi também “milagriosamente” conhecido logo como Ligur e Genovês por outros embora seguiam a tratar-lo de “estrangeiro” na corte. Somente aqueles com menos possibilidade de desvendar a sua verdadeira nacionalidade o conseguiram fazer e tendo sido desta forma descoberto como um Genovês a corte de Castela nunca adoptou essa nacionalidade.
Porquê?
Dizemos “Porque a corte sabia a verdade.”
VAMOS AGORA REVISTAR ESTA LISTA RACIONALMENTE.
Esta lista que supostamente explica tudo para os historiadores é tirada do blog da P-H Colombina. Primeiro que tudo alertamos o leitor que todos aqueles que falam do nome Colombo devemos de suspeitar imediatamente porque o nome nunca foi Colombo.
Sim o nome NUNCA foi Colombo em Espanha. (Mesmo se aceitar-mos a teoria de um Genovês devemos de entender que ele nunca se chamou Colombo em Espanha e deveria de ser assim nomeado com o seu nome de Almirante que era Cristoval COLON e nunca mas NUNCA Colombo). Somente alguém que não conhecia o Almirante ou alguém que queria fazer o Almirante menos conhecido lhe mudaria o nome de COLON para Colombo.
Vamos dar uma explicação a cada uma das entradas incluindo aquela de Pedro Diaz de Toledo que o P.R. desconhece:
1486 Pedro Diaz de Toledo – (nome em branco) Português
>>>[primeira e única vez que lhe é dado uma nacionalidade em Castela duranrte a sua vida e um estudo feito pelo Prof. António Rumeu de Armas prova que o Colomo “estrangeiro” nos livros de Alonso de Qunitanilla é a mesma pessoa chamada Português cujo nome ficou em branco nos livros de Pedro Toledo.] (1)
1486, Alonso de Quintanilla – Colomo estrangeiro
1487 (Maio), Francisco González, de Sevilla – Colomo estrangeiro
1488, Dom João II – Collon, Colon
1489, Isabel a Católica – Colomo
1492, Capitulações de Santa Fe - Colon (escrito Don Cristoval Colon)
>>>> Até aqui Cristóvão Colon é conhecido somente como Colon e Colomo e como Português e “estrangeiro”
Chegou da Primeira Viagem e D. João II morre pouco depois:
1493 o Papa chamou-lhe Colon em três bulas e chamou-lhe Christofõm nome Português e não italiano (esta entrada deixada fora da lista pelo P.R.)
1493, Duque de Medinaceli - Colomo
1493, Pietro Martire d’Anghiera – Colonus lígure
1493, R.L. de Corbaria – Columbo
>>>> como mostrámos no livro a carta termina com o nome Colom antes desta postscript errada pelo Bispo de Corbaria.
1494, Pietro Martire d’Anghiera – Colonus lígure
1497, Pietro Martire d’Anghiera – Colonus lígure
>>>>> Notem que mesmo com o erro do Bispo R.L. de Corbaria a chamar-lhe Columbo o nome segue correctamente como Colonus. Como explicámos no livro, o erro do Bispo fez com que o nome errado fosse transmitido pelo mundo inteiro sendo assim assumido como o nome verdadeiro e confundindo o Colombo com o Colon mas sem nenhuma prova que ligue o Colombo italiano ao Colon de Espanha.
1498, Pedro de Ayala – Colón genovês
1498-1504, Rui de Pina – Colombo Italiano
>>> Notem que o nome não era Colombo em Castela mas sim Colon e que era Colon na carta do rei D. João II de 1488 e assim Rui de Pina não trunfa o rei, o Almirante, o Papa, nem a corte de Castela.
1500-1501: Pedro Martir d’Anghiera – Colonus ligure
>>> o nome segue Colonus que é Colon em Latim e não Colombo como Rui de Pina disse.
1501, Nicoló Odereco – cidadão de Génova
>>>> Notem aqui que os embaixadores genoveses em Barcelona no ano de 1493 não disseram nada sobre Colon ter sido um Genovês sendo assim Odereco uma fonte sem precedente e sem crédito. Pois se os iniciais embaixadores que vieram de Génova especificamente para prestar os seus parabéns á corte de Espanha não entendiam que o Almirante era um seu compatriota Genovês e assim mostra-se que Odereco estaria somente a entrar na carroça corrente do Colombo Genovês.
1501, Angelo Trevisan – Columbo, Colombo zenovese (repetição da suposição)
1502, O anónimo do planisfério de Cantino – Colonbo
1513, Andrés Bernaldez – Colon de Milão
>>> Esta é a mais interessante de todas as citações porque mostra a confusão reinante e o atento de confundir todos porque Andrés Bernaldez também disse: "En nombre de Dios Todo-poderoso, ovo un hombre de tierra de Génova, mercador de libros de estampa, que trataba en esta tierra de Andalucia, que llamaban CHRISTOBAL COLON, hombre de muy alto injenio, sin saber muchas letras."(3) Mostrando assim que Bernaldez não sabia. Colon tanto era de Milão como de Génova tanto faz para uma mentira ser daqui ou dali. Mostra ainda que Bernaldez mente ou está mal informado sobre a sabedoria do Almirante que era deveras um homem culto, iluminado, e instruido o que nega também o seu “sin saber muchas letras.”
1516, Hernando Alonso de Herrera – Colon genovês (repetição)
1519, Jorge Reinel – Colombum (repetição Portuguesa)
1523-1566, Bartolomé de las Casas – Columbo de Terrarubia, Colon
>>>> Las Casas disse que não sabia a certeza de onde era o Navegador. Sim 50 anos após a morte do Almirante e 60 anos após Pedro de Ayala ter dito genovês Las Casas escreve: “de nación genovés, de algún lugar de la provincia de Génova; cuál fuese, donde nació o que nombre tuvo el tal lugar, no consta la verdad dello.”(4)
não consta la verdad dello - não se sabe a verdade disto.
1525, Gaspare Contarini – Colombo genovês (repetição)
1530-33, Garcia de Resende – Colombo Italiano
>>>> Esta citação não tem nenhum valor porque é uma cópia exacta do texto de Rui de Pina. Tornando-se assim Resende um texto nulo. Somos os primeiros a apontar este plagiado que nenhum historiador antes de nós apanhou.
1535-1557, Gonzalo Fernandez de Oviedo y Valdés – Colom Ligúria, concretamente Cogoleto, ou então Savona ou Nervi.
>>>> Outra vez serve não para mostar a consitência e a solidez do facto mas mostra a inconsitência e fluidez do assunto porque sendo o Almirante de veras nascido em Génova alguém deveria de saber de onde veio mas niguém o sabia. Era um Mistério.
1539, Fernando Colombo, seu filho e biógrafo – Colon genovês
>>> Não só o P.R. insiste em chamar Fernando Colon pelo nome de Colombo errando 100% porque Fernando sempre foi Colon e unca foi Colombo. Mas ainda interpretra mal a Historie de Fernando aonde Fernando NÂO diz que seu pai era Genovês mas sim diz que tanto a sua familia como a sua nacionalidade eram um Mistério. Sim foi Fernado Colon que escreveu o primeiro Mistério Colombo Revelado mas ninguém o entendeu.
E é com esta última entrada de Fernando Colon na lista que se pode entender que todos os outros anteriores não sabiam o que diziam. Pois se já estava o mistério todo resolvido:
em 1498 por Pedro de Ayala
em 1498-1504 por Rui de Pina
em 1501, por Nicoló Odereco
em 1501, por Angelo Trevisan
em 1513, por Andrés Bernaldez
ou em 1516, por Hernando Alonso de Herrera
Então já não podia existir nenhum mistério em 1537 quando Fernando Colon começou a escrever a sua história. Mas não foi isso que aconteceu Fernando mesmo sabendo que todo o mundo lhe estava a chamar Colombo e Genovês explicou que isso não era a verdade e ainda disse que aqueles que queriam fazer a mentira maior faziam-no de Plasencia aonde havia armas de Colombo nas sepulturas.(5)
P.R. Quanto aos inúmeros testemunhos nas fontes, independentes entre si, de coevos do aventureiro, sobre a sua naturalidade italiana, refere ainda ali o sr. Coelho, a quem de novo gratamente brindamos pelo trabalho que assim nos evitou.
>>>>> Quem vê esta discordância toda e tenta fazer dela concordância está a presumir algo que não está nos factos.
Sim tudo é discordância até aqui.
É discordância não só durante a vida do Almirante, nem pouco depois de sua morte mas é discordância até hoje 500 anos mais tarde.
Assim se mostra claramente que ao aceitar os documentos genoveses sem serem investigados cientificamente e ao mesmo tempo ao negar documentos Portugueses por esses mesmos não serem investigados cientificamente está a impinar a carroça para o seu lado por pensar que ficou tudo esclarecido já com Rui de Pina em 1504.
Mas insistimos que se tudo fosse já esclarecido em 1504 não seria necessário de Fernando Colon manter o Mistério 30 anos mais tarde nem seria necessário da corte de Castela andar a perguntar ás testemunhas se sabiam deveras de onde era nascido o 1º Almirante e ao não receberem dessas testemunhas respostas concretas mostrar4am que o mistério era intencional.
(1) Antonio Rumeu de Armas, El “Portugues” Cristobal Colon en Castilla. Ediciones Cultura Hispanica del Instituto De Cooperacion Iberoamericana, Madrid 1982
(2) Cartas de particulares a Colón y Relaciones coetáneas, Recopilación y edición de Juan Gil y Consuelo Varela, Alianza Editorial, S. A., Madrid, 1984
(3) Historia de los Reyes Catolicos, Andres Bernaldez (Cura de los Palacios), Bibliofilos Andaluces, Sevilla, 1869
(4) Historia de las Indias, Por FRAY BARTOLOMÉ DE LAS CASAS
edición de AGUSTÍN MILLARES CARLO y estudio preliminar de LEWIS HANKE, FONDO DE CULTURA ECONOMICA, México - Buenos Aires, 1951
(5) HISTORIA DEL ALMIRANTE, HERNANDO COLON AL MUY MAGNÍFICO SEÑOR BALIANO DE FORNARI, JOSÉ MOLETO
sábado, janeiro 20, 2007
2ª carta ao historiador João C. da Silva de Jesus
Begin forwarded message:
From: Manuel Rosa
Date: January 20, 2007 12:44:11 PM GMT-01:00
To: pseudo.historia.colombina@gmail.com
Subject: História Official
Estimado Sr. João C. da Silva de Jesus,
Outra vez lhe escrevo para lhe alertar dos erros de Rui de Pina e por você escrever agora o texto de Garcia de Resende não deixa de provar a sua cega attitude de que o que Rui de Pina escreveru é a verdade.
Não vê que o texto tanto de Rui de Pina como de Gracia de Resende são igualitos?
Não vê que isto faz parte de uma "história official" que era requerido que se escrevesse "tal e tal" como foi?
Não parece que o senhor está a tentar resolver o problema da verdade mas simplesmente a forçar outros a acreditar numa história passada para duas crónicas que têm falhas da verdade.
Quem copiou quem incluindo os memso erros?
Rui de Pina copiou Garcia de Resende ou Garcia de Resende copiou Rui de Pina?
RESENDE:
No anno seguinte de mil e quatrocentos e nouenta e tres, estando el Rey no lugar de Val de paraiso, que he acima do mosteiro das virtudes, por causa das grandes pestes que nos lugares principaes daquella comarca auia, a seis dias de Março veyo ter a Restello em Lisboa Christouão Colombo, Italiano, que vinha do descubrimento das ilhas de Cipango, e Antilhas, que per mandado del Rey e da Raynha de Castella tinha descuberto. Das quaes trazia consigo as mostras das gentes, e ouro, e outras cousas que nellas auia, e foy dellas feyto Almirante.
PINA:
No anno seguinte de mil quatrocentos, e noventa e tres, estando ElRey no lugar do Val do Paraiso, que he acima do Moesteiro de Sancta Maria das Vertudes, por causa das grandes pestenenças, que nos lugares principaes daquella Comarca avia, a seis dias de Março arribou arrestello em Lixboa Christovam Colombo Italiano, que vynha do descobrimento das Ilhas de Cipango, e d’Antilia, que per mandado dos Reys de Castella tynha fecto, da qual terra trazia comsigo as primeiras mostras da gente, o ouro, e algüas outras cousas que nellas avia; e foy dellas intitolado Almirante.
Aparentemente o blog PH Colombina não vê que o texto é o mesmo nas duas crónicas e que lendo uma não precisa ler a outra porque são cópias froçadas ou censuradas uma da outra!!!!!!
Já que não posso inserir comentários no seu blog espero que os meus emails sejam inseridos como uma resposta á sua cega tarefa de copiar com "Destaques" para tentar forçar uma falsa verdade do caracter e da pessoa de Colon.
___________________________
Manuel DaSilva Rosa - Columbus Historian
http://www.colombo.bz/
"To sin by silence when they should protest makes cowards of men." ~ Abraham Lincoln
"We are making history one day at a time." ~ Manuel Rosa
Carta ao Historiador João C. da Silva de Jesus do PH-Colombina
Begin forwarded message:
From: Manuel Rosa
Date: January 17, 2007 5:46:32 PM GMT-01:00
To: pseudo.historia.colombina@gmail.com
Subject: Rui de Pina
Estimado Sr. João C. da Silva de Jesus,
Se vai acreditar tudo o diz Rui de Pina vai fazer uma história falsa. Ou não crê que os cronistas erravam?
Não sabe que Rui de Pina errou?
Sim aqui está um seu erro:
...a seis dias de Março arribou arrestello em Lixboa Christovam Colombo Italiano...
Cristoval Colon arribou ao Restelo a 4 de Março não a 6 de Março.
Mas como os Senhores não conhecem ou não prestam atenção aos detalhes da história de Colon aceitam que qualquer crónica está correcta somente por ter o nome de Rui de Pina. Mas Rui de Pina não estava correcto em tudo. Pois se ele não estava correcto na data da arribada que é uma coisa definitiva como podemos acreditar nas outras coisas como a nacionalidade e nome que como vimos nos outros escritos daqueles tempos tornaram-se em duas coisas subjectivas?
Temos que ter mais cuidado em aceitar que a história que nos disseram foi a verdade porque houve erros tal como censuras.
"To sin by silence when they should protest makes cowards of men." ~ Abraham Lincoln
"We are making history one day at a time." ~ Manuel Rosa
Colon não é Colombo nem Colom
Agora perguntamos aos criticos do blog P-H Colombina que insistem a toda a hora que Colon é a mesma coisa que Colom e Colombo e que por isso escrever Colon é o mesmo que escrever Colom e Colomo porque é que nome de Juan de Coloma, o secretário da Rainha Isabel que revistou as Capitulaciones de Santa Fe e confrimou-as, nunca se o vê como Juan Colon e ao mesmo tempo nas Capitulaciones de Santa Fe vê-se o nome de Colon sempre como Colon e não como Colom ou Coloma?
Se são todos a mesma coisa porque é que não usaram o mesmo nome para eles os dois?
sexta-feira, janeiro 19, 2007
Incertesas e erros de Rui de Pina
Mas quase sempre esta teoria é negada pelos historiadores usando as palavras de Rui de Pina.
Tanto os criticos da teoria do Cristóvão Colon Português como outros historiadores do mundo aceitam que Rui de Pina escreveu correctamente e verdadeiramente ao dizer:
...a seis dias de Março arribou arrestello em Lixboa Christovam Colombo Italiano...
Mas Rui de Pina errou em metade desta frase.
E perguntamos: "Então se ele errou em metade porque devemos de acreditar nele sobre a outra metade?"
Sim Rui de Pina errou. Mas nenhum historiador antes de nós apontou o erro porque NÂO sabem que Rui de Pina errou.
Aqui está um dos seus erros:
... a seis dias de Março arribou arrestello em Lixboa ...
Mas Cristovão Colon arribou ao Restelo a 4 de Março e não a 6 de Março.
Mas como muitos não conhecem ou não prestam atenção aos detalhes da história de Cristóvão Colon aceitam que qualquer crónica está correcta somente por ter o nome de Rui de Pina. Mas vê-se aqui que Rui de Pina não estava correcto em tudo.
Pois se ele não estava correcto na data da arribada, que é uma coisa definitiva, como podemos acreditar nas outras coisas como a nacionalidade e nome os quais como vimos nos outros escritos daqueles tempos tornaram-se em duas coisas subjectivas ao gosto de cada cronista?
Temos que ter mais cuidado em aceitar que a história que nos disseram foi a verdade porque houve erros tal como censuras. Enquanto o navegador era tido como Colon na data da crónica de Rui de Pina ele erra ao escrever Colombo.
Os erros de Rui de Pina foram corrigidos por João de Barros:
...estando El Rey o anno de quatrocentos noventa e tres a seis de Março em val do Paraiso... foi-lhe dito que ao porto de Lisboa era chegado hum Christovão Colom.... Segundo todos affirmam, Christovão Colom era Genoez de nação...
Tanto o nome como a data Barros modificou para aquilo mais correcto dizendo que a 6 de Março o rei foi notificado em Vale do Paraiso e não a data da arribada de Colon a Restelo. Chama-lhe não Colombo como Pina mas sim Colom forma aportuguezada de Colon.
E Barros não nos confirmou a sua nacionalidade Italiana dizendo somente segundo todos affirmam.
Isto é, ele não sabia a verdade para nos poder dizer por isso disse que isto era segundo todos affirmam o que não nos dá confiança nehuma em suas palavras sobre essa nacionalidade.
A MANTA DO COLOMBO É CURTA
Perante o acumular de indicações documentais sobre a origem portuguesa do Descobridor das Américas e pela consolidação daquela que poderá ser a verdadeira história da sua vida, têm-se afadigado os indefectíveis crentes da novela genovesa a tentar tapar as partes que ficam a descoberto.
Para tapar as incoerências do nome, puxam a manta argumentando que Colón, Colom e Colon é tudo a mesma coisa que Colombo, tratando-se de versões iberizadas do nome italiano, embora não possam explicar como é que o Colombo-Pombo é o mesmo que Colon-Membro. Traduzem tendenciosamente mal um trecho da Historie de Dom Hernando Colón para “provar” que o filho do Almirante o chamou de Colombo; tentam “apagar” uma personagem dos livros de genealogia, porque lhes é incómodo que tivesse existido Cecília Colonna, provável ancestral de Colon, e inspiração para o pseudónimo escolhido. Mas destapam completamente os pés quando não aceitam reconhecer o nome Colon na carta do Rei D. João II e nas Bulas Papais.
Para tapar a reconhecida impossibilidade do casamento de semi-analfabeto tecelão com uma portuguesa de família prestigiada, puxam a manta para os dois lados: para um lado, já vão dizendo que Colombo não era necessariamente tecelão. Poderia ter sido um mercador nobilitado. Aqui condescendemos um pouco. Colombo não era, necessariamente, tecelão. A fazer fé nas actas genovesas, e aceitando que se tratava do mesmo personagem, o pai Dominico deixou a actividade de tecelão em Génova para se estabelecer como taberneiro em Savona. Cá está a subtil diferença. Um taberneiro sempre é um “mercador” de vinho, essa bebida nobre.
Puxam também para o outro lado, e Filipa Moniz Perestrello passa a ser apenas Filipa Moniz, e sobre de qual ramo proviria levantam as maiores dúvidas. Mas como isso não basta para tapar o facto de Filipa viver no Mosteiro de Santos, só ao alcance de famílias com nome, chegam a sugerir que Filipa seria uma das criadas.
Assim já todos percebemos. Colombo era um “mercador” e Filipa uma “serviçal”.
Mas a manta é curta. O “mercador” Colombo ter-se-ia interessado pela navegação atlântica porque recebeu do pai de Filipa (Bartolomeu Perestrello) o espólio que continha os mapas, cartas e segredos de navegação, e aproximou-se da corte de D. João II devido à influência da família de Filipa, sua mulher.
Tempos dourados aqueles. Bartolomeu Zé-Ninguém conseguiu casar a sua filha Filipa Serviçal com Colombo Mercador. Como dote, Zé-Ninguém deixou para o genro, todo o espólio recolhido nos caixotes de lixo das navegações portuguesas. O Rei D. João II , convidado para a grande boda da pelintragem, tornou-se especial amigo do Mercador. Não foram apenas os pés, todo o corpo ficou destapado. A manta do Colombo é mesmo muito curta!
Carlos Calado – Amigos da Cuba, 19/01/07
Nota: O blog Pseudo História Colombina (PHC) publicou em 18/1 um post que aborda questões que suscitamos no nosso post “Não sabem onde nasceu o tecelão Colombo”. Do post PHC retiramos os trechos seguintes:
(…) “também em Itália a naturalidade concreta de Colombo há muito que dá lugar a várias teses, das quais as duas principais se intitulam, respectivamente, tese clássica - aceitando como válida a identificação oitocentista com o tecelão urbano, também chamada por alguns não italianos extrapoladamente de tese genovesa - e tese purista, a que à primeira é contrária (…) (e) procura apurar a verdadeira naturalidade de Colombo entre os vários locais dentro dos antigos territórios genoveses, e sua filiação e linhagem. (…)
A tese purista, assim chamada em Itália por procurar ultrapassar, com recurso a outras fontes, os documentos de tabelionato aceites desde final de oitocentos a favor do Colombo tecelão - que têm problemas de exegese crítica nalguns pontos - apoia-se primacialmente na documentação salvaguardada de fins de Quinhentos, relativa aos processos judiciais que nessa época travaram falsos membros da família de Colombo, com alguns verdadeiros parentes do mercenário navegador
Assim, embora ainda não tenha conseguido apurar definitivamente a localidade exacta do nascimento de Cristóvão, a tese purista crê pelo menos ter bem conhecida e documentada a sua genealogia, e o ramo dos Colombo a que pertenceu, à luz das fontes conhecidas exaradas naqueles processos judiciais passados em julgado com força de sentença, naquela época ainda relativamente próxima dos acontecimentos.” (…)
quinta-feira, janeiro 18, 2007
Para o blog PHC, o Papa não vale nada
(...) O sr. Carlos Calado ignora que Alexandre VI era castelhano... não leu bem o nosso artigo. Naturalmente também crê que o ex-Cardeal Borja, escrito sempre Borgia em Itália, escreveria pela sua própria mão as bulas (...)
isto a propósito da nossa frase:
"Porquê COLON? Porque foi assim que escreveu o Rei D. João II e foi assim que escreveu o Papa Alexandre VI em documentos absolutamente incontestáveis."
Estes rodopios do PHC começam a ser divertidos.
O PHC entende que as Bulas Papais não podem ser consideradas como prova do nome Colon porque não eram escritas pela mão do próprio Papa (que, como “agravante” era castelhano).
O Papa não vale, portanto, nada. É o escrivão quem mais ordena.
Como todos os documentos eram elaborados por escrivães, devem então ser considerados nulos. E o mesmo se aplica ao Rei D. João II, pois não deve ter sido ele a escrever aquela carta.( e assim se aplicaria a todos os Papas, Reis e Governantes até aos nossos tempos – tudo documentos sem valor. O Presidente da República que se cuide – não basta assinar, vai ter que caligrafar os diplomas).
E diz ainda que a carta pode ser falsa, ou ser falso o seu conteúdo, total ou parcialmente, e que era dirigida a um estrangeiro em Castela, daí o nome castelhanizado, e mais isto, e mais aquilo. Admitir que D. João II possa ter escrito Colon por ser esse o pseudónimo do navegador é que está, para o PHC, fora de questão.
Quanto à autenticidade da carta, obviamente que deve ser verificada, se isso for crucial para determinar a identidade do Descobridor. Mas não é crucial, trata-se apenas de mais um indício, não determinante por si próprio isoladamente.
Pelo contrário, o famigerado Documento Asseretto é um documento crucial e determinante, por ser a última réstea de esperança para manter a tese genovista oficializada como história. Porém, nunca ninguém o viu, nem foi autenticado. E os facsimiles reproduzidos inspiram tudo menos confiança.
Voltando às Bulas Papais, elas não valem nada para o PHC porque o nome que lá está escrito é Colon. Por isso argumentam que foi o escrivão (falso argumento como vimos) e que o Papa era castelhano.
Omitem, porém, um grande pormenor (por má fé, ou porque nunca viram a reprodução das Bulas em vários livros já publicados): o texto da Bula está em Latim, o nome do Descobridor é COLON (que consideram Castelhano, e sobre cuja etimologia o PHC tem “postado” longos tratados) mas o nome próprio é CHRISTOFÕM, e isto não é nem Latim nem Castelhano, era PORTUGUÊS!
Carlos Calado - Amigos da Cuba
quarta-feira, janeiro 17, 2007
Regras Para Comentários
Os comentários aqui são livres de revisão e immediatos.
Por isso esperamos que todos aqueles que queiram comentar escrevam as suas ideias e razões de Pro ou Contra expostas de modo a não ofender as pessoas que escrevem ou criticam.
Já que o site da Pseudo-História Colombina optou por censurar comentários sobre suas falácias fica o nosso blog como o único lugar de responder áquelas Pseudo-Criticas.
.
.
terça-feira, janeiro 16, 2007
NÃO SABEM ONDE NASCEU O TECELÃO COLOMBO
Descobrir qual a localidade exacta, na República de Génova, onde nasceu o tecelão Cristoforo Colombo não é um assunto que nos interesse ou preocupe especialmente.
No entanto, por especial deferência para com o blog Pseudo-História Colombina, que transcreveu e comentou o nosso post “A estátua da polémica”, atacando e injuriando, mas também pedindo ajuda, como trancrevemos abaixo
(…)uma pena que as aludidas individualidades, antes de se prestarem a cobrir publicamente teses de pseudo-história, há muito desmontadas, não tenham antes preferido subsidiar com o muito dinheiro gasto uma investigação séria. Que permitisse estabelecer com certeza em que ponto dos Estados da República de Génova nasceu esta figura(…),
às entidades que promoveram a implantação do monumento a Cristóvão Colon – Descobridor das Américas, na vila de Cuba – Alentejo, vamos tentar dar o nosso contributo.
PHC: (...)Todos os monumentos erguidos no mundo a Cristóvão Colombo foram-no, sem qualquer dúvida, ao italiano documentado natural dos Estados de Génova (não necessariamente tecelão, e decerto não nascido Colon...) mercenário passado de Portugal ao serviço da coroa de Castela,(...)
Afirma a PHC que Colombo está documentado como natural dos Estados de Génova. Ou seja, acredita que existem documentos verdadeiros que confirmam essa afirmação.
Por outro lado escreve “...Que permitisse estabelecer com certeza em que ponto dos Estados da República de Génova nasceu esta figura...”
Ou seja, esses documentos serão imprecisos, dúbios ou omissos relativamente ao local de nascimento.
Como a crónica de Ruy de Pina nos mostra “Colon bo y taliano que vinha do descobrimento...” temos de classificar este documento, por acaso o principal argumento dos defensores de que o Descobridor foi o Colombo genovês, como impreciso ou dúbio. A crónica de Ruy de Pina não serve então como prova de que o Descobridor fosse genovês.
Também o testemunho de Pietro Martir d’Anghiera, que o considerava da terra de Milão, deixa de ser aceite.
Ficamos assim reduzidos às afirmações propagandísticas e às diversas actas notariais apresentadas pelos genoveses. Por aquelas apenas se pode inferir que era genovês, e por estas se depreende que os pais do tecelão Colombo viviam na região de Génova, mudando frequentemente de casa na cidade e também para Savona. Não se conhece um único documento que refira a localidade de nascimento. Por método dedutivo também não se consegue chegar ao objectivo. Se alguns documentos apontam o ano de 1451 como provável de nascimento, não há qualquer acta conhecida, referente aos pais de Colombo que nos diga onde viviam nessa época. Dezenas de documentos, segundo consta, mas só após 1470. O resto dos vários arquivos deve ter sido devorado. A fazer fé nas estátuas e placas de homenagem afixadas, Colombo nasceu em Génova, ou em Savona, ou Cuccaro, ou Bettola, ou Pradello, ou Terrarossa de Moconesi, ou Santa Maria Ligure, ou Cogoleto, ou muitas outras, mas também não se pode excluir que tenha nascido em Calvi, na Córsega, pois lá está a placa na casa onde “nasceu”.
Só podemos tirar duas conclusões: a mentira é generalizada, ou havia tantos Cristoforos Colombos quantas as localidades que se reclamam ser a sua origem.
Perante o impasse, apenas podemos sugerir que se estabeleça anualmente uma “Localidade natal de Cristoforo Colombo”, e vai rodando entre as candidatas.
Esperamos, com este modesto contributo, mitigar uma das maiores angústias dos genovistas: acreditam em tudo o que lhes foi apresentado sobre o personagem, só não sabem, porque é impossível acreditar, onde terá nascido o tecelão.
Carlos Calado – Amigos da Cuba
segunda-feira, janeiro 15, 2007
Sobre o Titulo do Livro
“O Mistério Colombo Revelado”, obra recentemente editada em Lisboa pela Ésquilo, tem o seu título em português correcto. Existe uma razão para isso. Na realidade, quem comprará nas livrarias da Lusofonia um livro sobre um desconhecido “Colon” ou “Colón”, palavra ignorada entre nós e sugerindo imediatamente o cólon, algo que o dicionário ainda define como a “parte do intestino grosso situada entre o cego e o recto”?
O titulo do livro é uma tradução do Inglês "Unmasking Columbus" que mais correctamente seria "Desmascarando Colombo" mas que também está correcto dizer "Revelando Colombo" e que foi depois mudado para "O Mistério Colombo Revelado".
Desmascarando Colombo é mesmo isso. É tirando a máscara falsa do Colombo imposta no Colon. Revelamos que o Colombo tecedor de lã não é o mesmo homem que o Colon Almirante e Vice-rei por isso Colombo foi agora desmascarado ou revelado e quando tivermos a verdadeira identidade de Colon podemos então fazer um livro com o titulo "A Identidade de Colon Revelada".
Mais presunções pelo "historiador" Português Racional
PR: "Cristóvão Colombo foram-no, sem qualquer dúvida, ao italiano documentado natural dos Estados de Génova (não necessariamente tecelão, e decerto não nascido Colon...) mercenário passado de Portugal ao serviço da coroa de Castela, independentemente de esta figura ter sido rebaptizada em Castela como Colón, e como tal designado apenas no mundo de fala castelhana. Pois que o mercenário italiano e o almirante "castelhano" sempre se soube que são a mesmíssima pessoa."
- Senhor PR: O Colombo da Génova foi sem dúvida tecedor de lã tal igual a seu pai, e igual a seus dois irmãos. E não eram nada de especial como tecedores porque nem sequer podiam ensinar os seus. Pois o irmão Giacomo Colombo foi aceite como aprendiz tecedor de lã com um homem de fora. Leia os documentos de Génova os quais gosta muito de mencionar como suporte do Colombo ter sido Colon mas quer agora negar as partes que lhe não convêm.
- Não foi rebaptizado pelos Castelhanos. O nome foi escolhido pelo próprio Colon para esconder a sua vida passada. Assim escondeu a sua vida em Portugal aonde era tio dos mais altos nobres do reino: marqueses, condes, copeiros, majordomos, capitães, etc.
- O PR Está errado. Nunca se soube que são a "mesmissima pessoa" os cronistas apontavam para aqui e para ali como um caçador a disparar no escuro a ver se acerta nulguma fera ao calhar. NUNCA foi provado que são os dois a mesma pessoa e foi ainda esclarecido pelo filho Fernando que aqueles que diziam ele ter sido de Génova, etc... estavam a "subir ao alto". Isto é estavam a não dizer a verdade, ou seja em Português tradicional, estavam a mentir.
PR: "O Conde da Vidigueira é verdadeiramente o maior nauta da sua era, em termos simbólicos."
- Vasco da Gama foi um dos homens de D. João II e foi escolhido pelo rei para essa missão o que mostra tanto a sabedoria de Gama como a sabedoria e confiança do seu Rei D. João II. Mas Gama não é assim tanto grande como o PR pensa, mas o Sr. PR talvez nunca saiu fora de Portugal para saber que em muitos paízes não é somente Vasco da Gama não conhecido mas muitos paizes nem sequer sabem aonde ou o que é Portugal. Ao contrário do PR que diz ser o Conde da Vidigueira o maior nauta da sua era todo o mundo sabe que foi Cristóvão Colon o maior nauta dessa era. Enquanto Vasco da Gama seguia para a India verdadeira Colon tornou-se o mais famoso descobridor ao entregar ao mundo uma India falsa.
PR: "Tal como bastas vezes já aqui referido, existe apenas um único documento, não estudado cientificamente, aonde consta em sobrescrito o nome Colon, aparentemente por mão diferente da que escreveu a carta. A carta pode até não ser verdadeira, total ou parcialmente. Não lhe foi ainda estudado nem o estilo, nem o suporte, nem a tinta, nem as várias caligrafias que evidencia. E mesmo que verdadeira, há mais hipóteses de ser do escrivão que do Rei. E mesmo que fosse do Rei, era dirigida a um estrangeiro já em Castela, conforme o nome em castelhano já lhe vinha. Nada mais."
- Aqui pode-se ver quanto irracional é o Sr. Português Racional.
Embora a maioria dos documentos mostram o nome Colon ele rejeita-os. E rejeita a carta do Rei D. João II, um documento que não lhe serve, dizendo que esta nunca foi analizada ciêntificamente mas não impôe que os documentos de Itália sejam sujietos ao mesmo rigor embora esses sejam referidos espacificamente a tecedores de lã que o PR insiste não serem as mesmas pessoas!!!! Pois nas suas palavras o Colombo de "Génova (não [era] necessariamente tecelão" o que mostra que o PR NÂO aceita os documentos do Estado de Génova. - Como o PR não leu o livro O Mistério Colombo Revelado não sabe que o nome está escrito em dois lugares nessa carta e que está dentro na carta assim "Xpoval Colon Nos Dom Joham...."
- "E mesmo que fosse do Rei, era dirigida a um estrangeiro já em Castela.... Nada mais" Como se vê o Sr PR sabe "Nada mais" e não entendeu nada daquilo que é revelado no nosso livro que mostra que o Colombo é agora Revelado não ser o mesmo que o Colon. E se Colon era já um estrangeiro em Castela como é que o rei esqueceu-se tão rápidamente sobre essa pessoa "Colombo" que ele enviou ao Canadá em 1477, casou em 1479, enviou á Mina, conversou intimamente mostrando-lhe provas de terras ao Occidente, e que fugiu para Castela no meio de uma traição para o matar?
Ainda o PR insiste em dizer que o nome era trasnformado "em Castelhano" negando totalmente o facto de o nome ter sido assumido por Colon na altura quando fugiu secretamente de Portugal e que tanto o navegador como sua familia insistiram em manter o seu passado Português envolvido em mistério.
Mas o PR não entende que esse mistério em Portugal era bem conhedcido pelo Rei que o chamou não Colombo mas Colon tal como era requerido pelo Almirante Castelhano.
PR: "... em vez de confiar na historiografia séria, nacional e estrangeira".
- Pois é.
É essa uma historiografia tanto séria que o próprio PR tenta modificar-la ao seu gosto dizendo que "não era necessariamente tecelão" que é mesmo isso que a "historiografia séria, nacional e estrangeira" diz. E ignora que não há nem nunca houve consensus nessa historiografia e ele próprio mostra o seu desacordo com essa historiografia ao tentar fazer do tecelão outra pessoa.
domingo, janeiro 14, 2007
Como se chamava o Descobridor das Américas?
O que se sabe concretamente?
- sabe-se que, na sequência da 1ª viagem, em Castela-Aragão ficou reconhecido com Don Cristobal Colón. (Dom Xpõval Colón) (1493 -->)
- sabe-se que, durante os anos em que tentou convencer os Reis Católicos a patrocinar-lhe a viagem, ficou registado como Cristobal de Colomo ou Cristobal Colón. (1486-1492)
- sabe-se que, quer o Rei D. João II (em 1488), quer o Papa Alexandre VI (em 1493) escreveram Colon.
- sabe-se que, após o seu sucesso, o seu nome foi também escrito como Columbo ou Colombo, com a atribuição duma origem genovesa (embora também lhe tenham atribuído origem milanesa).
- sabe-se que, uns séculos depois, apareceram documentos referentes a Cristoforo Colombo, tecelão. <-- 1479) Várias localidades italianas, principalmente da região de Génova, reclamaram a sua origem.
- sabe-se que, foram também sendo apresentados documentos que tentavam mostrar que o tecelão Cristoforo Colombo era a mesma pessoa que Dom Cristobal Colón, Descobridor das Américas.
- sabe-se que o Descobridor das Américas nunca assinou o seu nome de forma clara e explícita. Usou uma sigla que incluía :XpõFERENS./
-sabe-se que esta sigla se prestou e presta a interpretações diversas.
Xpõ - forma abreviada de escrever Cristo em grego.
FERENS – o mesmo que vam (i.e. vão) em latim
./ - sinal de pontuação designado por colon
daqui se concluiu que a assinatura corresponderia a CristoVAM Colon
e também se concluiu que corresponderia a Salvador FERNANDES Zarco
através da seguinte interpretação:
Cristo = Salvador,
FERENS~FERNANDES,
Colon (grego)= Zarco(hebraico)
O que nunca se concluiu, porque não está escrito na assinatura do Descobridor, é que esta corresponderia a Cristoforo Colombo.
Que Xpõ seja a abreviatura de Cristo e que se interprete como Salvador, é bastante aceitável.
Que FERENS seja VAM e que possa ser interpretado como FERNANDES, é ainda aceitável.
Que ./ seja o Colon da pontuação e que em hebraico corresponda a Zarco, também se percebe.
Agora, o que ninguém pode aceitar é que esteja assinado Colombo.
O Descobridor das Américas NUNCA se assinou como Colombo.
Amigos da Cuba - Carlos Calado
Estátuas de Cristóvão Colon no mundo
Cristóvão Colon deve de ser a pessoa com mais estátuas pelo mundo sem ser uma figura de religiosa.
sábado, janeiro 13, 2007
A estátua da polémica
Que ninguém se surpreenda.
Todos os outros monumentos são dedicados ao tecelão genovês Cristoforo Colombo (sonhando que este se transformou no Almirante) ou ao Almirante de Castela Cristobal Colón (sem saber bem quais foram as suas origens).
A inauguração do monumento, numa iniciativa conjunta da Fundação Alentejo-TerraMãe (cujo Presidente, Dr. José Flamínio Roza, ofereceu a estátua de bronze), da Câmara Municipal de Cuba e do Núcleo de Amigos da Cuba (associação que desde há alguns anos tem vindo a divulgar e dinamizar a questão sobre a nacionalidade e naturalidade do Descobridor das Américas)
Porquê COLON? Porque foi assim que escreveu o Rei D. João II e foi assim que escreveu o Papa Alexandre VI em documentos absolutamente incontestáveis.
Mas isto faz irritar muita gente.
Amigos da Cuba - Carlos Calado
Cecilia Colonna
Frey Jerónimo era um descendente direito de João Gonçalvez Zarco e assim de Cecilia Colonna.